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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ESCULTURAS SUBTERRÂNEAS

Já há muito tempo que não falava de grutas vulcânicas, apesar de ter desenvolvido alguma exploração no domínio da vulcanoespeleologia no início da década de 1990, que me deixou algumas saudades, embora não fosse um génio nas escaladas. O Geocrusoe dedicou um post às Cavidades Vulcânicas e outros dois à génese dos Tubos de Lava e dos Algares Vulcânicos, sem esquecer as ONG que conheço que desenvolvem este tipo de explorações: Os Montanheiros, Gespea e Amigos dos Açores.

Estalagmite de lava bifurcada, o relevo na superfície da estrutura resulta do acumular de pingos de lava caída sem se misturarem entre si, a bifurcação indicia dois pontos de queda do tecto.

Recentemente, o visitante deste blog, Valter Medeiros, autor do Ilha do Pico ao Natural, enviou-me fotos com estruturas típicas das grutas vulcânicas, que tenho o prazer de divulgar com a sua autorização.
As estalagmites de lava, desenvolvem-se no chão a partir da acumulação da queda de pingos deste material vulcânico ainda quente e parcialmente fundido, sobretudo, durante a formação de tubos de lava.

Estalactites de Lava e Pingos de Lava, as formas alongadas resultou da distensão provocada pela gravidade quando o material ainda estava ligeiramente fluido mas que não atingiu a rotura e posterior queda.

As Estalactites de lava, quando pouco desenvolvidas são designadas apenas por Pingos de Lava, correspondem à escorrência do tecto de lava ainda com alguma fluidez, mas já com consistência e viscosidade suficiente, devido à solidificação parcial com oarrefecimento, que impede que as "gotas" caiam no chão, ficando assim penduradas no tecto da gruta.

PS: Penso que há problemas de segurança no link do Gespea, motivo porque não o coloquei no post .

5 comentários:

Valter Medeiros disse...

Obrigado por publicar as minhas fotos.
Entretanto ja descobrimos uma nova gruta que, quer em dimensões, quer em quantidade e qualidade de formações, já está na minha lista de favoritas. Foi descoberta na quarta-feira por mim, o Nilton Nunes (Montanheiros, empresa Cume 2351)e o famoso Pardal (Fernado Pereira - Os Montanheiros, GESPEA).
A referida gruta ainda não foi baptizada, e não conseguimos explora-la por completo, mas promte!
Existem lá estalactites que ultrapassam os 50cm de comprimento e com menos de 3cm de diâmetro!Quando tiver oportunidade de lá voltar tiro algumas fotos e envio-lhe.

Bom Fim de Semana

Valter Medeiros disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carlos Faria disse...

ao valter
Obrigado.
Se estiveres com o Pardal envia-lhe cumprimentos meus, ele era um dos líderes das expedições que fiz no começo da década de 90, no início dos apoios ao potencial vulcanoespeleológico do pico.

Maria Fernanda disse...

O Pico é riquíssimo em grutas. Perto da minha casa há uma, não muito grande.

Carlos Faria disse...

à nanda
sim eu sei, explorei muitas dezenas delas, algumas muito pequenas, outras enormes como a que se tornou publicamente conhecida por Gruta das Torres.