Páginas

domingo, 31 de agosto de 2008

NOITE DE MÚSICA ERUDITA NO VARADOURO

Na próxima quarta-feira, dia 3 de Setembro, pelas 21 horas, integrado nas festas do Varadouro e com a direcção artística do tenor Kurt Spanier, realiza-se mais uma noite de Música Erudita na ermida de Nossa Senhora da Saúde, localizada naquela zona de veraneio.

Nessa noite, além de outros músicos, a soprano Elena Zhuravska será acompanhada ao piano por Olga Gorobets, ambas em cima na foto durante um sarau dado no salão nobre da Câmara Municipal da Horta.
Se a professora Olga Gorobets é há muito conhecida dos melómanos faialenses, a soprano Elena Zhuravska, residente na ilha Graciosa, para mim foi uma descoberta recente e que me deixou agradavelmente surpreendido, não só pela sua voz mas, sobretudo, pela forma como interpretou canções de Francisco Lacerda e a 5.ª Bacchiana de Heitor Villa-Lobos, uma artista a ouvir nos Açores.

NOTA: Segundo informação de Kurt Spanier, no caso de as condições meteorológicas serem desfavoráveis à hora do concerto, devido à reduzida dimensão da ermida do Varadouro, o mesmo será transferido para a igreja do Capelo.

ORQUESTA SINFÓNICA JUVENIL - fim do estágio

A Orquestra Sinfónica Juvenil terminou o seu estágio com um simpático concerto no Salão Nobre dos passos do concelho da Horta. Fica aqui apenas um curto excerto da última peça interpretada nesta ilha; uma forma de despedida e de agradecimento por seleccionarem o Faial para este trabalho de aperfeiçoamento musical e pela oportunidade de troca de experiência que possibilitou aos estudantes de música dos Açores.



Já agora, votos de Boa Viagem e voltem sempre.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

ENERGIA GEOTÉRMICA I - A origem

Em crise de preços de petróleo, as economias pesquisam novas fontes alternativas de energia. Nos Açores, as potencialidades da geotermia são então alvo de maiores investimentos económicos e científicos.
Por coincidência, tanto no petróleo, gás natural e carvão, como na alternativa da geotermia, o conhecimento geológico está na base da descoberta e exploração destes recursos que suportam a moderna economia.

Central Geotérmica da Ribeira Grande, ilha de São Miguel

Os recursos geotérmicos tem como princípio a exploração do calor existente no interior da Terra, tendo em conta que as rochas tendem a aquecer com o aumento da sua profundidade.
Este crescimento térmico é consequência das partes internas do planeta arrefecerem mais lentamente que as zonas à superfície, retendo parte do calor associado à formação da Terra, e também devido à presença de elementos químicos radioactivos que libertam energia que aquece as zonas mais profundas.

Estrutura associada a um poço geotérmico da mesma Central

A variação de temperatura com a profundidade chama-se Gradiente Geotérmico. Nos locais onde este é maior - anomalia geotérmica positiva -, as zonas mais quentes encontram-se a menor profundidade, pelo que, através de perfurações torna-se possível alcançar rochas a temperaturas muito elevadas.

Tubagem de ligação ao mesmo poço de abastecimento geotérmico

Nos Açores, devido à existência do limites de placas tectónicas, com ascensão de material profundo e gerador de vulcanismo, ocorre a subida de magmas quentes para zonas mais superficiais, o que origina anomalias geotérmicas positivas em várias áreas, estas, quando reunidas com outras particularidades geológicas originam os jazigos geotérmicos que podem ser explorados para a obtenção de energia.
O modo como se formam este jazigos fica para o próximo post desta série dedicada à Geotermia.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

CONTRASTES

(clique nas fotos para as ampliar)

Sem comentários... só para reflectir!

Marina de Ponta Delgada, Agosto de 2008


Marina da Horta, Agosto de 2008

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

CAPELINHOS: as escoadas lávicas de Agosto

Tal como já referido anteriormente, desde da crise sísmica da noite de 12/13 de Maio de 1958 o erupção dos Capelinhos, deixou de ser surtsiana e passou a ser essencialmente subaérea e do tipo estromboliano, devido à menor quantidade de água do mar a entrar dentro da chaminé vulcânica.

Neste período, além de repuxos de lava e de várias explosões, que conduziram à construção na zona central do cone de cinzas vulcâncias de um outro cone de escórias vulcânicas (bagacina e bombas vulcânicas), ocorreram também várias escoadas de lava, sendo de salientar as ocorridas a partir do dia 23 de Agosto.

Estas escoadas surgiram na zona sudeste do edifício construído pela erupção, onde meses antes se verificara uma intumescência progressiva, talvez devido à acumulação de magma subterraneamente (intrusão) que conduzia ao "inchaço" tendo a 23 de Agosto finalmente rompido à superfície.

[fonte e fotos publicadas em: Machado, F. e Forjaz, V. H. (1968) "Actividade Vulcânica do Faial - 1957-67" Ed. Com. Reg. Turismo Distrito da Horta]

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

FIM DE SEMANA EM SÃO JORGE

(clicar nas fotos para as ampliar)

Este fim-de-semana vou em viagem a São Jorge, ver familiares e matar saudades desta paisagem da freguesia das Manadas.

Deslumbrar-me ao balcão da minha casa, debruçado sobre as ilhas do Triângulo (Pico à esquerda e Faial ao fundo) e a ver o pôr-do-sol.

Tomar banhos nos portos das Manadas, onde as suas águas concorrem em transparência com as da Ribeirinha do Faial.

Recordar as belas fajãs desta ilha, encalhadas entre o mar e as arribas de proporções descomunais...
Enfim... aproveitar o Verão açoriano e a beleza destas ilhas!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

ORQUESTRA SINFÓNICA JUVENIL: no Faial e Pico

A Orquestra Sinfónica Juvenil, dirigida pelo maestro e compositor luso-britânico Christopher Bochmann, encontra-se a efectuar um estágio de duas semanas nas ilhas do Faial e Pico. Durante este período a orquestra integra, no seu conjunto de músicos, jovens estudantes açorianos, que assim têm mais uma oportunidade de desenvolver os seus conhecimentos.

Nestas semanas, a orquestra sinfónica efectuará diversos concertos em várias igrejas do Faial e pelo menos um na das Lajes do Pico. Fui assistir ao primeiro na igreja da Praia do Almoxarife, onde executaram um programa agradável, alegre e acessível ao público em geral; com músicas de Mozart, Haydn, Beethoven, Leal Moreira e Tressler.
Saliento aqui a magnífica acústica desta igreja, onde eu nunca assistira a um concerto deste género, que projecta a música no seu todo e com uma tal nitidez permite uma distinção clara dos timbres dos vários instrumentos em execução.

Antes de cada obra o Maestro Christopher Bochmann efectuou uma nota explicativa sobre a música a executar, de modo a salientar os aspectos mais importantes aos ouvintes presentes.

Assim, se se encontra no Faial ou no Pico, aproveite esta oportunidade para ouvir pelo menos um concerto, pelas 21 h (sujeito a confirmação individual) e apoiar não só os jovens músicos do continente, mas também dos Açores (pelo menos 8). Não sei se os programas variarão, mas o tipo de música e a estrutura deve-se manter, abaixo fica o calendário e foto retirados da página da Orquestra Sinfónica Juvenil.


Orquestra

Dia 20 de Agosto - Praia do Almoxarife - ILHA DO FAIAL
Programa a anunciar
Direcção - Christopher Bochmann

Dia 21 de Agosto - Igreja das Angústias - ILHA DO FAIAL
Programa a anunciar
Direcção - Christopher Bochmann

Dia 23 de Agosto - Igreja de Castelo Branco - ILHA DO FAIAL
Programa a anunciar
Direcção - Christopher Bochmann

Dia 24 de Agosto - Igreja do Capelo - ILHA DO FAIAL
Programa a anunciar
Direcção - Christopher Bochmann

Dia 26 de Agosto - Lages do Pico - ILHA DO PICO
Programa a anunciar
Direcção - Christopher Bochmann

Dia 29 de Agosto - Cedros - ILHA DO FAIAL
Programa a anunciar
Direcção - Christopher Bochmann.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO VULCÃO DOS CAPELINHOS 2

As áreas de exposições interpretativas procuram mostrar a história dos Capelinhos, a importância do seu farol no passado, os vários tipos de erupções, a origem do Universo e dos vulcões e a geo-história dos Açores.

Intencionalmente, neste blog, não serão mostradas as componentes multimédia que suportam as exposições, que compreendem: um filme tridimensional sobre a origem do universo e vulcões, um holograma sobre o vulcão dos Capelinhos, numerosos filmes em televisores e nas paredes, projecções esféricas sobre a meteorologia global, os planetas do sistema solar, a evolução da superfície terrestre, o universo, entre outros temas e cujas informações são actualizadas com grande frequência através do ciberespaço, bem como ainda computadores com ligações a páginas da internet para se saber mais sobre os temas expostos no Centro Interpretativo.

Painéis informativos na sala relativa à geologia das várias ilhas dos dos Açores.

Filmes multimédia e exemplos de rochas na sala da geologia das várias ilhas dos Açores.

Vulcões do mundo e os diferentes tipos de actividade eruptiva, com painéis e filmes didácticos.

Sala dedicada a mostrar a evolução da actividade do vulcão dos Capelinhos com apoio de várias novas tecnologias multimédia.

Sala dedicada à origem e evolução dos faróis e exposição dos faróis dos Açores.

Mapa em relevo da topografia do Faial na sala especialmente dedicada à geologia desta ilha.

Sala da Ilha do Faial: quadros explicativos da geologia da ilha.


A evolução da formação do edifício construído pelo Vulcão dos Capelinhos na sala da geologia da ilha do Faial.

Pelo rigor, qualidade de imagens, diversidade e tecnologias de ponta utilizadas, as exposições do Centro Interpretativo do Vulcão dos Capelinhos estão ao nível do que melhor visitei em vários museus de história natural e centro interpretativos em diferentes países e grandes cidades do mundo.
O Centro encontra-se aberto ao público de Terça-feira a Domingo e possui visitas guiadas em Português ou Inglês.

domingo, 17 de agosto de 2008

CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO VULCÃO DOS CAPELINHOS 1

A caminho do Vulcão dos Capelinhos...

Mesmo defronte do vulcão e do ex-libris do farol...

E, por debaixo daquele chão... esconde-se o grande e moderno Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, onde neste momento está a decorrer a cerimónia de inauguração.

Um edifício arquitectonicamente arrojado no seu interior, mas dissimulado externamente para se fundir com a topografia e as cinzas do vulcão, que aproveita ainda as estruturas soterradas do farol e respectivos anexos.

O Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos alberga uma enorme sala de acolhimento, zonas de serviços, locais de aquisição de lembranças e, ainda: um anfiteatro de conferências, áreas de exposições temporárias e vários espaços de exposições permanentes interpretativas, estas últimas repletas de dinamismo devidos à intensa utilização de tecnologia multimédia.

A imponente sala de acolhimento, no seu centro uma grande estrutura a recordar uma coluna eruptiva dum vulcão.

Área de exposições temporárias, onde vários temas mudarão com o decorrer do tempo.

Uma das amostras de rocha vulcânica presentemente em exposição.

O anfiteatro de conferências e para palestras das visitas guiadas ao Centro de Interpretação.

Sala de aquisição de lembranças do Vulcão dos Capelinhos.

Todas as imagens foram recolhidas durante os trabalhos preparatórios da inauguração, amanhã espero prosseguir com fotografia sobre os espaços das exposições permanentes, didácticas e altamente enriquecidas pela tecnologia multimédia...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

BELEZAS AÇORIANAS III - PONTA DAS CONTENDAS

Profissionalmente tenho a sorte de conhecer todas as freguesias, vilas, cidades e ilhas dos Açores, pelo que por norma raramente encontro uma paisagem desconhecida, só que pontualmente sou surpreendido por uma nova beleza ou uma curiosidade paisagística que me era totalmente estranha. (clique nas fotos para as ampliar)

A mais recente ocorreu com a minha última deslocação à ilha Terceira, calmamente, em viagem pelo litoral sul da ilha, passo pela Ponta das Contendas e eis que de repente me deparo com esta estranha formação geológica. Por motivos de agenda não me foi possível explorar a área, pelo que a sua génese não me é completamente clara. Poderá resultar de erosão marinha diferencial sobre uma escoada lávica que avançou sobre o mar numa zona que foi coberta por níveis piroclásticos ou restos de um cone formado por uma erupção submarina costeira do tipo surtsiano. Ver explicação deste tipo de actividade eruptiva aqui ou aqui.

Ser geólogo não implica ter sempre a resposta na ponta da língua e sem estudo prévio da zona. Todo o saber implica trabalho de preparação, mas mesmo na incerteza, estou correcto ao afirmar que a formação geológica exposta nas fotos, além de curiosa, é bonita e disso não tenho dúvidas. Uma prova das inúmeras pequenas belezas que a geodiversidade oferece à paisagem em todas as ilhas dos Açores.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

SEMANA DO MAR 2008: O CORTEJO ETNOGRÁFICO

No último dia da Semana do Mar decorreu o designado Corso relativo aos 175.º Aniversário de elevação da Horta a cidade, mas quis a sabedoria popular, talvez inconscientemente, transformá-lo mais num cortejo etnográfico sobre as memórias desta terra, do que numa desfile de carros alegóricos decorados com escassos meios económicos.
Assim, exibiram-se retratos das actividades, profissões e tradições da ilha, bem como se distribuiram ensinamentos, nomeadamente: identificação de famílias nobres associadas ao povoamento desta terra e descrições de vários momentos marcantes do passado das várias comunidades locais, pelo que, deste modo, se ganhou muito mais em prol da preservação da história do Faial.



Alguns momentos do último dia da Semana do Mar

Seguiu-se um magnifico fim de tarde na baía da Horta que parecia pela sua beleza associar-se ao fim dos festejos brilhantemente arrematados com o bem interpretado concerto da Orquestra de Música Ligeira da Câmara Municipal da Horta e o habitual Fogo de Artifício.

domingo, 10 de agosto de 2008

ESTOU ALI NA FESTA, VOLTO MAIS TARDE

Como já disse, Verão Açoriano não combina mesmo com a produção de mensagens na blogosfera... a que se associam agora as noites da Semana do Mar...

Horta à noite, local da Semana do Mar, vista do miradouro da Espalamaca

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

SEMANA DO MAR 2008: FOLCLORE

Depois de ouvir o grupo Margens, eis que ao mesmo palco subiu o Grupo Folclore e Etnográfico dos Flamengos, não sei se é este o nome oficial, mas é como o conheço.

Confesso que fiquei surpreendido pelo grande número de novas modas e cantares resultantes da pesquisa deste grupo pelo cancioneiro popular da ilha e na memória dos mais idosos, trazendo à vida coreografias, poemas e músicas quase totalmente esquecidas e em vias de desaparecer.

No passado desinteressei-me por esta forma de expressão cultural, apesar de já ter pertencido a um grupo do género em tempo de estudante, devido à repetição de temas do reportório folclórico do Faial, indiciando uma pobreza que estranhava existir, a grupo foclórico dos Flamengos, após o seu trabalho, mostrou um património faialense ao nível da cultura popular muito mais rico, não sei se os outros grupos têm desenvolvido trabalho semelhante, se sim, é de louvar a iniciativa.

O mesmo grupo preocupa-se igualmente em mostrar os trajes tradicionais da ilha, embora sem recuar muito no tempo, na foto a Mulher de Capote na sua variante faialense, um toque original a este tipo de peça de vestuário, que o torna exclusivo perante as outras ilhas dos Açores e regiões da Europa. Uma exibição magnífica, apesar dos comentários orais do grupo pouco moderados.

Flamengos, a única freguesia da ilha sem linha de costa e onde o contacto com a água se centrou na sua ribeira com a maior bacia da ilha e com o mesmo nome da localidade.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

SEMANA DO MAR 2008: Música Popular Portuguesa

A minha primeiras descobertas da Semana do Mar 2008 começaram pela Festa do Livro, a decorrer na Biblioteca Pública da Horta e responsável pelas primeiras despesas da festa, depois a exploração das feiras e seguiu-se primeiro concerto da noite, coincidência, pelo grupo de Música Popular Portuguesa "MARGENS" da Ribeirinha do Faial .


Com pouco mais de uma dezena de anos, este grupo resistiu ao sismo e à pequenez da sua terra de origem. Tem um CD gravado, possui um reportório que tem sabido diversificar e ampliar ao longo dos anos, interpreta não só músicas tradicionais dos Açores e do país em geral, como ainda divulga as obras dos actuais compositores regionais de música popular portuguesa, com temáticas frequentes sobre o mar, as baleias e a poesia inerente a esta ilhas.
O MARGENS, integrado na Casa do Povo da Ribeirinha, tem mostrado ao longo dos anos um trabalho profícuo na sua área e esforçado por assegurar uma qualidade de interpretação cheia de alegria que, por norma, contagia o público presente. Já percorreu várias ilhas dos Açores e representou culturalmente os Açores em celebrações do Dia da Comunidades Portuguesas no Canada (Vancouver), com um desvio então aos Estados Unidos (Califórnia).


Freguesia da Ribeirinha no Faial, terra de origem do Grupo Margens, ao fundo o Pico e São Jorge (as outras duas ilhas do Triângulo).


Em próximo post espero mais uma viagem pela cultura popular do Faial, se possível, passando pela freguesia dos Flamengos.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

SEMANA DO MAR 2008: FESTIVAL NÁUTICO

A porta da Semana do Mar na Horta é a marina e porto da cidade, a partir de onde se desenrolam todas as actividas ligadas a este festival náutico.

Entre o trabalho e casa, ao final do dia, não resiti em registar a imensa actividade na baía da Horta.

Pormenor sobre a quantidade de participantes, não sei, nem as classes de velas na imagem, mas sei que é bela esta baía cheia de velas e botes baleeiros.

Outra classe das provas de vela a decorrer em simultâneo...

Amanhã espero entrar nas actividades terrestres, com uma amostra de uma representação da Ribeirinha.