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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

BOM TEMPO NO CANAL AO NASCER DO SOL

Atravessar o canal do Faial com bom tempo, ao contrário do título do excelente livro do grande escritor açorianoVitorino Nemésio, é sem dúvida uma experiência maravilhosa.
O nascer-do-sol por detrás do Pico, a sombra da montanha e o contorno dos relevos , sempre diferentes conforme a nossa posição no canal, fazem-nos entrar num reino fantástico cheio de luz e cores.
Foi o que aconteceu nesta viagem de trabalho, realizada muito recentemente...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Tipos de Actividade vulcânica Submarina II - SURTSIANO ou CAPELIANO

Outra grande erupção basáltica submarina, ocorrida nos Açores ao longo do século XX, foi a dos Capelinhos, a oeste da costa do Faial. Já descrita neste blog nos vários post com a etiqueta do mesmo nome. Neste tipo de actividade, o topo da chaminé do vulcão situa-se a pequena profundidade (metros a escassas centenas de metros abaixo da nível do mar), assim a pressão da coluna de água é reduzida, o que permite a projecção em altura dos materiais expelidos pelo vulcão e a formação de grandes explosões com o contacto do magma quente com a água fria.

Fase inicial da erupção dos Capelinhos. [Foto publicada em: Machado, F. e Forjaz, V. H. - in Actividade Vulcânica do Faial - 1957-67 (1968) Ed. Com. Reg. Turismo Distrito da Horta]

Assim, formam-se colunas eruptivas de grande altura, constituídas de cinzas vulcânicas (formadas a partir de gotículas de lava) e vapor, que ao caírem constroem pequenas ilhas... este modo de actividade vulcânica, já pormenorizado neste post, foi estudado e descrito cientificamente pela primeira vez com rigor durante a erupção dos Capelinhos que durou 13 meses, iniciados em Setembro de 1957, infelizmente não passou a ser conhecido por tipo Capeliano.

Fase inicial da erupção de Surtsey em 1963 onde é evidente a semelhança com os Capelinhos em 1957. Imagem daqui

Cinco anos depois, a sul da Islândia, surgiu uma erupção submarina basáltica, pouco profunda e semelhante à do vulcão dos Capelinhos, que originou a nova ilha de Surtsey. Nesta segunda descrição dos mesmos fenómenos observados nos Capelinhos, nasceu o nome que caracteriza este modo de actividade vulcânica, que passou a designar-se por Actividade do Tipo Surtsiano (sustseyan activity). Desde então, a descrição científica da primeira fase dos Capelinhos é sempre feita com referência a um vulcão que ainda nem existia à data do termo da erupção nos Açores.
Desenho esquemático de uma erupção do tipo surtsiano que poderia ter sido baptizado como do tipo capeliano. Legenda (tradução adaptada): 1- Nuvem de vapor de água; 2- Jactos de cinza; 3 - Cratera; 4- Água; 5- Camadas de cinzas e lavas do vulcão; 6- Estratos da crosta e do fundo oceânico; 7- Chaminé vulcânica; 8- Câmara Magmática; 9- Filões profundos. Esquema proveniente daqui.


Os edifícios vulcânicos construídos durante as erupções do tipo surtsiano são essencialmente constituídos por cinzas vulcânicas desagregadas, mais tarde, com a circulação de água os grãos podem ficar cimentados formando uma rocha popularmente conhecida por tufo vulcânico, embora no meio científico seja também conhecido por tufo hialopiroclastito.

O edifício vulcânico do vulcão dos Capelinhos, onde predominam as cinzas vulcânicas ainda não consolidadas.


A ilha de Surtsey veja-se que a semelhança com o edifício dos Capelinhos cinco anos mais velho é enorme. Imagem com origem daqui.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

CARNAVAL DOS MAIS PEQUENOS

Depois de uma noite de folia dos pais mesmo aqui ao pé de casa, eis que chegou a tarde da Terça-Feira Gorda para os mais pequenos, alguns com escassos meses: Príncipes, Princesas, Tarzans, Feiticeiras, Índios, Sevilhanas, Mosqueteiros, Chineses e várias espécies de animais animaram a tarde.
Ser júri de tanta diversidade e dezenas de concorrentes não é fácil, mas é gratificante saber que nesta Ribeirinha, uma pequena freguesia do campo e envelhecida, ainda se houve com força a algazarra das crianças, indiferentes ao ruído, descontraídas e sem se preocuparem com as personagens que os adultos as fizeram encarnar.

E enquanto assim for... há esperança no futuro!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

BOM CARNAVAL

Chegou o Carnaval...
Quer em grupos de expressão artística tradicional, como nas danças de Carnaval...

Quer nos bailaricos com maior ou menor dimensão, públicos ou em assaltos particulares...
Quer libertando toda a energia interna de modo fantasioso, exuberante ou discretamente...
Quer aproveitando toda a doçaria da época como fofas, coscorões e filhóses...

Aproveitem e gozem o Carnaval para relaxar de outros males que permanentemente nos torturam!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Tipos de actividade vulcânica submarina I - SERRETIANO

As erupções vulcânicas tanto podem ocorrer com o topo da sua chaminé em terra (subaéreas) ou no mar (submarinas), estas últimas são menos bem observadas, porque muita da sua actividade se situa abaixo do nível das águas, logo impossível de ser vista directamente pelos vulcanólogos.

Nos Açores duas importantes erupções vulcânicas do século XX situaram-se no mar e a profundidades diferentes, a última, situada a noroeste da ponta da Serreta da ilha Terceira, com evidências de actividade desde do final de 1998 até ao início de 2000: o Vulcão Submarino da Serreta.

Manifestações vulcânicas da Serreta à superfície do mar, foto de (Forjaz, et al., 2000, ver nota 1)

O vulcão da Serreta tinha o topo da sua chaminé a uma profundidade entre 400 e os 600 m abaixo do nível do mar, deste modo a pressão da coluna de água (o peso da própria água) impedia o desenvolvimento de vários fenómenos eruptivos típicos das erupções submarinas pouco profundas, como os jactos de piroclastos e lava, colunas de vapor e algumas explosões típicas .
Esquema de formação dos Balões de Lava, desenho de (Forjaz, et al., 2000, ver nota 1)

Todavia, detectou-se a ocorrência de um fenómeno nunca descrito antes pelos cientistas: a projecção, a partir de certa profundidade, de blocos de lava quente, cujo exterior solidificava, enquanto o interior permanecia parcialmente fundido, estes insuflavam ao subir, surgindo internamente espaços ocos e com gases vulcânicos. Estas características reduziam a densidade global dos blocos e tornava-os temporariamente flutuantes. Depois à superfície, estes esfriavam, perdiam os seus gases sob a forma de fumos brancos, por vezes explodiam e, por fim, afundavam-se. Tais blocos estão a ser designados por balões de lava.
Cortes esquemáticos e foto de balões de lava proveniente de (Forjaz, et al., 2000, ver nota 1)

O nome dado pelos cientistas a um tipo de actividade vulcânica baseia-se em modelos de erupções que foram bem estudados, descritos pela primeira vez com grande pormenor e com características específicas.

Assim, tendo sido a primeira descrição científica deste fenómeno vulcânico, vários geólogos portugueses propuseram que se passe a chamar às erupções submarinas, basálticas, relativamente profundas e onde se formem balões de lava como tendo ACTIVIDADE ERUPTIVA DO TIPO SERRETIANO (Serretyan activity).
Bibliografia e origem das fotos

(1) Forjaz, V. H.; Rocha, F. M.; Medeiros, J. M.; Meneses, L. F. & Sousa, C. (2000) "Notícias sobre o Vulcão Oceânico da Serreta, Ilha Terceira dos Açores" Ed. OGVA

(2) http://serreta-creminer.fc.ul.pt/index3ced.html?sectionid=3&menuid=3

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

EVENTOS CULTURAIS - Divulgação

A pedido do pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Horta, aproveito para divulgar os seguintes eventos culturais:

FORUM EQUIDADE, JUSTIÇA SOCIAL e PAZ

Conferência Dr. Ávaro Laborinho Lúcio

Por motivos meteorológicos, que impediram as ligações aéreas da Horta com Lisboa e o transporte do conferencista Dr. Laborinho Lúcio na data anteriormente agendada, informa-se que a referida conferência deste Fórum foi reagendada para:
Dia 18 de Fevereiro, às 21:30 h;
Local - Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça.

Tema: "Equidade e Justiça Social, a importância do político"

EXPOSIÇÃO DE PINTURA E CONCERTO DE PIANO

EXPOSIÇÃO: Meteorologia para Piano, duplicidade e cumplicidade
Autor - Manuel D'Olivares
Dia e hora - 19 de Fevereiro, às 20:45
Local - Sociedade Amor da Pátria.

CONCERTO: "Meteorologia para Piano", duplicidade e cumplicidade
Pianista - Miran Devetak
Fiae hora - 19 de Fevereiro, às 21:30
Local - Auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça.
Devido à dificuldade de leitura do programa da imagem apresenta-se o conteúdo proposto:

L. v Beethoven
Sonata quasi una fantasia op. 27 n.º 2 (Clair de lune)

F. Lizt
Nuages gris
Chasse-neige (Études Trascendantes)
Orage (Années de Pèlerinage)

G. Ligeti
Arc en Ciel (Études)

O. Messiaen
Un reflet dans le vent... (Préludes)
Île de feu I (Études)

C. Debussy
Brouillards (Préludes)
Ce qu'a vu le vent d'Ouest (Préludes)
L'isle joyeuse
Les jardins sous la pluie (Estampes)

Conhecendo eu a grande maioria das obras, considero interessante observar como o programa cobre a música de piano desde o início do romantismo, passa pelo auge, deste estilo prossegue com um catalogado impressionista e vem até compositores que chegaram ao século XXI. Aproveite e descubra esta viagem no tempo da música para piano.


domingo, 15 de fevereiro de 2009

Canditura de Rodolfo Vieira à Orquestra do YouTube

O canal Youtube deverá formar a sua 1º Orquestra Sinfónica que irá actuar em Abril/2009 no Carnegie Hall em Nova Iorque.
Após uma 1ª fase, estão na final cerca de 30 violinistas, cujos vídeos já estão disponíveis no Youtube e entre eles está Rodolfo Botelho Vieira, natural da Ribeira Grande - Açores e a estudar nos Estados Unidos, o qual já foi apresentado neste post do blog Geocrusoe.

Segundo informação da mãe deste violinista, os músicos estão a ser seleccionados por todo o mundo através do envio de gravações das peças obrigatórias.

A selecção dos finalistas que irão integrar a referida orquestra está aberta e todos podem votar entre os dias 14 e 22 de Fevereiro no canal Youtube.

Para apoiar o Rodolfo nesta candidatura pode entrar em

http://www.youtube.com/symphony

clicar em Vote

Na página seguinte, na janela associada a Search, escrever mscd000 e clicar em Go (pesquisar). Clicar na foto pequena e igual à que se encontra abaixo, para abrir à esquerda a foto grande do Rodolfo e clicar na mão verde para votar.

(clique na imagem para ampliar)

Post baseado no texto do blog "Magia do crochet" da mãe de Rodolfo Vieira e foto retirada do mesmo local.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

SAUDADES DA TERRA

Cada vez mais este blog é visitado pela comunidade de emigrantes dos Açores, que aqui passam muitas vezes sobretudo para matar saudades da paisagem da terra que os viu nascer.
Ribeirinha vista de Trás-da-Serra (clique na foto para aumentar)

Vários faialenses, sobretudo ribeirinhenses cujo conhecimento pessoal permita um maior contacto, têm-me feito chegar pedidos de imagem da sua terra. Ora sendo eu um filho da emigração açoriana que regressou às raízes da terra de partida dos pais, mas que não deixou de ser natural da terra de destino dos que de cá saíram, compreendo melhor que muitos o que é saudades da terra.
Ribeirinha vista da Chã da Cruz (clique na foto para aumentar)

Assim, aqui vão duas prendas para essa comunidade da qual eu sou filho e que mostram a Ribeirinha do início de 2009. Sei que gostariam de estar cá, tal como eu muitas vezes desejava estar aí, afinal é mesmo muito difícil gerir os sentimentos quando temos duas terras no coração.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

200 ANOS DO NASCIMENTO DE CHARLES DARWIN

Parabéns ao corajoso naturalista revolucionário da ciência.

Charles Darwin (nascido a 12 de Fevereiro de 1809)
Para saber mais e origem da imagem consulte aqui

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

CURIOSIDADE PAISAGÍSTICA: Igreja dos Espalhafatos

Por vezes o relevo prega-nos partidas sobre aquilo que nos deixa ver na paisagem, o que permite ilusões ou falsas interpretações da realidade e demonstra que o conhecimento, resultante directamente dos nossos sentidos, nem sempre corresponde à realidade.

Clique para aumentar a foto

A Igreja de Santo António, localidade dos Espalhafatos, na freguesia da Ribeirinha, apesar de possuir diversas casas ao seu redor e situar-se junto a uma das estradas mais movimentadas da ilha do Faial, quando observada do local da foto parece a sair da terra e estar perdida no seio de pastagens. Tal resulta do facto da sua torre ser mais elevada que as cristas dos relevos envolventes e a estrada estar encaixada num vale. Assim, ser como São Tomé - "ver p'ra crer" - nem sempre assegura a verdade e más interpretações das observações levaram mesmo a teorias falsas na história da ciência. Lembra-se de alguma?

domingo, 8 de fevereiro de 2009

TEATRO POPULAR: O grupo "Nós Outros"

Recordo-me de quando criança que uma das actividades culturais que mais envolvia as pessoas no Inverno era o teatro de cariz popular. Cada peça era pretexto para representações na freguesia e nas localidades vizinhas, os casos de maior sucessos percorriam toda a ilha e às vezes lá davam um saltinho ao Pico. Depois, à semelhança de outras tradições, o teatro foi-se tornando cada vez mais raro, com menos público e quase desapareceu na totalidade.

Há quatro anos nasceu na Ribeirinha o Grupo de Teatro "Nós Outros", com a participação de jovens e idosos. O qual todos anos leva à cena uma peça original, escrita por uma pessoa do grupo, que em tom de comédia popular envolve alguma crítica social, envolvências locais, muita ficção e alguma liberdade de texto aos actores que interpretam as personagens da obra.

Este ano não foi excepção e lá surgiu a peça "Mulheres Enganadas" que pelo interesse despertado nos anos anteriores, conseguiu que a sede da sociedade filarmónica tivesse mais uma vez a sua lotação esgotada, perante um público que se deixou contagiar pelo humor das peripécias de um jardineiro galanteador de mulheres que relaxavam no seu local de trabalho pelo que as gargalhadas não faltaram ao longo da representação.

Este grupo, com a sua forma original de trabalhar, consegue assim reanimar uma tradição tão importante das nossas terras, estabelecer relações entre gerações de idades distantes que raramente interagem, cativar público há muito considerado escravo da televisão e terminar com uma letargia cultural que parecia conduzir ao fim do teatro típico dos meios rurais. Por tudo isto, o "Nós Outros" está de Parabéns!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

POETAS E POEMAS ESCOLHIDOS V - Roberto de Mesquita


AR DE INVERNO

Aves do mar que em ronda lenta
Giram no ar, à ventania,
Gritam na tarde macilenta
A sua bárbara alegria.

Incha lá fora a vaga escura,
Uiva o nordeste aflitamente.
Que mágoa anónima satura
Este ar de Inverno, este ar doente?

Alma que vogas a gemer
Na tarde anémica, de vento,
Como se infiltra no meu ser
O teu esparso sofrimento!

Que viuvez desamparada
Chora no ar, no vento frio,
Por esta tarde macerada
Em que a esp'rança se esvaiu!...

In: "Almas Cativas e Poemas Dispersos", Edições Ática

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

DESAFIO - Princípios de vida

O jovem blogger Grifo, habitual frequentador desta página, um eventual futuro homem de ciências e em permanente procura de um ideal de vida, desafiou-me a indicar 8 objectivos para a minha vida. Apesar deste tipo de desafios públicos e correntes não serem o meu género, nem o da linha editorial deste blog, pelo respeito que ele merece, porque os adultos também devem assumir objectivos e mostrar a sua permanente luta aos mais novos, aceitei o repto e aqui vão:

1 - Seguir o meu lema de vida "Reflecte a luz que recebes", este surgiu deveria ter eu a idade actual do Grifo, prendeu-se-se com o facto de ter aprendido que a luz mais forte da noite era o reflexo do Sol a partir da Lua que assim iluminava as trevas e na mesma época a mensagem de Cristo obrigava-me a ser a luz do mundo... com maiores ou menores variações, este tem sido sempre o meu lema. Passar aos outros aquilo que de bom recebo e a divulgação de conhecimentos geológicos neste blog enquadraram-se nesse lema.

2 - Seriedade e isenção na minha actividade profissional, todos dizem que este deve ser o caminho, mas reconheço que nem sempre é fácil e para manter este princípio eu próprio já senti na pele as suas consequências, mas ainda não abandonei a caminhada.

3 - Procurar e agarrar-me os aspectos positivos nos períodos tempestuosos da vida, quando as dificuldades surgem, o desânimo costuma apresentar-se também à mesa. Vária intempéries já passei, a mais evidente aos olhos de todos foi o sismo de 1998 e não fosse este método de olhar à volta, mais a ajuda de alguns, julgo que teria sucumbido.

4 - Dar sempre a hipótese de alguém recuperar de um erro, parece muito bonito, mas confesso que por vezes é bem difícil.

5 - Defender as minhas ideias sem desrespeitar as ideias dos outros, num mundo onde a intolerância existe, por vezes as críticas e a diferença são difíceis de suportar.

6 - Ler muitos livros e ouvir muita música, não só livros técnicos, também de arte, poesia, ficção e descobrir os valores inerentes às obras e compreender cada vez mais a arte dos sons ao longo da história.

7 - Viajar para conhecer outras culturas e línguas (inglês, francês e alemão, o castelhado já é compreensível a qualquer um de expressão lusa), visitar museus, ouvir óperas, explorar cidades, ver paisagens.

8 - Ser capaz de olhar o próximo e estender-lhe a mão quando necessita, é bonito, mas muito difícil de saber por em prática e agir de modo conveniente.

Talvez houvessem mais... mas fico-me por aqui Grifo.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

FAYAL SPORT CLUB - 100 anos PARABÉNS

Os fundadores do Fayal Sport Club, autor desconhecido, digitalização Tribuna das Ilhas


A 2 de Fevereiro de 1909, faz hoje precisamente 100 anos, ou seja um século, que 21 faialenses: Adolfo da Silva Goulart; Alberto Eduino Goulart; Carlos Ennes da Costa Ramos; Domingo Augusto de Lemos; Eduardo Guiod Dart; Eduardo Ventura de Bem; Florêncio José Terra Júnior; Franklin Dutra; Henrique Dário César da Silva; Henrique Stattmiller Saldanha e Albuquerque; Jaime Leal Páscoa; João Silva Vila Lobos Menezes; José António Laranjo; Luciano António da Silveira; Luís Carlos da Lacerda Antunes; Luís Lopes Pimentel; Luís Morisson de Oliveira; Manuel de Medeiros Tânger; Manuel Stattmiller Saldanha e Albuquerque; Thiers de Lemos; e Tomás Pereira Soares Júnior(ribeirinhense); fundaram o clube desportivo mais antigo dos Açores e um dos mais antigos de Portugal, precisamente na cidade da Horta na ilha do Fayal (grafia da época).



Desde então, o decano dos clubes desportivos açorianos e o sexto mais antigo de Portugal, ultrapassado apenas pelo Boavista, Benfica, Sporting, Porto e Leixões, nunca mais cessou a sua actividade, presentemente apenas possui equipas de basquetebol feminino e de futsal e futebol masculino, incluindo vários escalões de formação destas modalidades, aspecto em que sempre investiu. Mas este clube já formou e integrou milhares jovens, de ambos os sexos, na prática de modalidades como voleibol, hóquei-em patins, atletismo, ciclismo, remo, natação, pólo-aquático, ténis, patinagem, equitação entre outras. É uma colectividade que marcou todas as gerações desde há um século a esta parte na ilha do Faial e sem dúvida tem o seu lugar no pódium da história do desporto faialense e açoriano.



Este Fayal Sport Club é um dos frutos que resultou do intercâmbio social entre os faialenses e as comunidades estrangeiras residentes na Horta no início do século XX, nomeadamente a inglesa, que aqui viviam em virtude da necessidade de estações de apoio no seio do Atlântico Norte para as redes de cabos submarinos de telecomunicações entre o velho e o novo mundo, só que as suas sementes de clube germinaram e continuam ao fim de um século a dar novos frutos, uns dias mais viçosos, outros menos, mas sempre com força suficiente para continuar.


Recorde-se que a equipa inicial do Fayal Sport Club, praticava sobretudo futebol e com os "teams" das Companhias telegráficas Inglesa, Americana e Alemã, responsáveis por este desabrochar do desporto no Faial, além do importante legado patrimonial imobiliário que deixaram.
No seu historial, este clube também teve grupos de teatro e de música, bem como uma pequena biblioteca, pois desenvolvia paralelamente uma singificativa actividade cultural na cidade da Horta.


Este clube possui hoje boas condições para a prática do futebol no Estádio da Alagoa , situado na Avenida Machado Serpa, inaugurado em 1954, e desde 1978 passou a ter a sua Sede e Gimnodesportivo no terreno contíguo, os quais, durante décadas, serviram de abrigo a várias modalidades desportivas, foi palco de diversos eventos culturais e recreativos e espaço de encontro de forças políticas, embora hoje necessite de intervenções de engenharia significativas ou de substituição por outro mais adaptado às exigências do século XXI, cujo o estudo prévio foi nas comemorações do centenário dado a conhecer aos sócios.


Neste dia do centenário do Fayal Sport Club, toda a família verde, da qual sou membro de alma e coração, está de parabéns. Como adepto, sócio ou ex-dirigente, na sua casa e a acompanhar várias provas prestadas noutras ilhas, já passei momentos inesquecíveis, umas vezes com os amargos das derrotas, outras com o delírio alegre das vitórias, mas sempre na esperança de um futuro promissor para que o Fayal Sport Club pois, tecendo sonhos de glória, temos por um único ideal, colher as palmas da vitória, p'ra o nosso lindo FAYAL.


Para acompanhar as cerimónias comemorativas do centenário veja o blog



PARABÉNS FAYAL SPORT CLUB, extensivo a todos os seus actuais desportistas, membros de órgãos sociais, equipas técnicas, colaboradores, sócios e adeptos
a família verde



Post com informações junto de Pedro Rodrigues responsável do blog do Fayal Sport Club e da coluna de Fernando Faria "Retalhos da Nossa História -XLIII" publicado no semanário Tribuna das Ilhas "Nos 100 anos do Fayal Sport Club", jornal cuja página on-line apresenta esta semana uma entrevista com o seu actual presidente.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O JOGO E O MEMORIAL DO CENTENÁRIO

Neste domingo ocorreu a inauguração do Memorial do Centenário do Fayal Sport Club e o jogo do campeonato da Associação Futebol da Horta classificado como Jogo do Centenário, ficam as imagens para recordar.

O Memorial do Centenário coberto pela bandeira do Fayal Sport Club e ao lado alguns descendentes de fundadores do clube.

O Memorial do Centenário do Fayal Sport Club, defronte do Estádio da Alagoa: uma coluna de blocos de lava com o nome dos fundadores, uma espiral de aço a simbolizar o tempo passado e futuro do clube, um passeio de rocha a indicar a caminhada já percorrida.

A equipa de futebol sénior do Fayal Sport Club no jogo do Centenário, com os respectivos técnicos e directores.

As várias equipas intervenientes no início do jogo do Centenário, Prainha do Pico, equipa de arbitragem e Fayal Sport Club.

O troféu Armando Amaral, levantado pela equipa da Prainha, a vencedora do jogo do Centenário por 3-2.

Armando Amaral, o desportista do Fayal Sport Club vivo mais idoso, 88 anos e o actual Presidente da Direcção Horácio Goulart.

Para mais pormenores das celebrações visite a página do
Centenário do Fayal Sport Club