Uma nota final que só um açoriano entende, a mística que pode resultar de um trio formado por um clarinete, um piano e um coro de cagarros ao luar, numa simbiose perfeita em termos harmónicos e melódicos... aconteceu no Varadouro.
impressões de um geólogo amante de livros e música erudita que vive numa ilha vulcânica bela e cosmopolita
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
RECITAL BRILHANTE EM NOITE MEMORÁVEL
Uma nota final que só um açoriano entende, a mística que pode resultar de um trio formado por um clarinete, um piano e um coro de cagarros ao luar, numa simbiose perfeita em termos harmónicos e melódicos... aconteceu no Varadouro.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
HISTÓRIA GEOLÓGICA DO FAIAL III - O Complexo vulcânico dos Cedros
Tudo aponta que ao longo de quase 400.000 anos, até cerca de 30.000 anos atrás, aquele vulcão continuou a crescer, a derramar lavas, inicialmente pouco evoluídas e conhecidas por basalto, depois mais ricas em sílica e sódio. O magma foi então tornando-se mais viscoso, ocorreram períodos de alguma explosividade, outros de emissão de escoadas e momentos de dormência, que representam uma evolução natural deste tipo de vulcões com o tempo: os basaltos passaram a havaítos, depois sucessivamente a mugearitos, benmoreítos e traquitos; nomes estranhos, mas que apenas indicam que, tal como os homens, os vulcões poligenéticos também nascem, crescem e amadurecem, e a ilha continuou a crescer em largura e altura, talvez pouco mais de dezena e meia de quilómetros em diâmetro e 1300 m de altura.segunda-feira, 27 de agosto de 2007
DESGASEIFICAÇÃO VULCÂNICA SUBMARINA? - Ponta da Espalamaca Faial
EXPLICAÇÃO DO VÍDEO ABAIXO
O magma, além da sua fracção líquida mais ou menos viscosa, possui uma fracção gasosa muito importante, a qual é mesmo um dos principais motores das erupções.
Em virtude de microfissuras nas rochas, os gases vulcânicos tendem a ascender até à superfície da Terra, sendo esta desgaseificação mais evidente em pontos onde a saída dos gases é concentrada como nas fumarolas (predomínio da água), sulfataras (enxofre) e mofetas (dióxido de carbono = CO2).
Menos conhecida da população é a libertação de gases difusa através do solo, cujas quantidades, variações espaciais e temporais podem ser medidas com equipamentos próprios, bem como interpretadas geologicamente.
Na última década de 90 acompanhei, num semirígido, o Prof. José Madeira, da Faculdade de Ciências da UL, num reconhecimento da geologia costeira do Faial, tendo então verificado da existência de um local na Ponta da Espalamaca onde saía grande quantidade de bolhas do fundo do mar.
Em 2002 o tema da minha tese, de que resultou um mapa colocado no post "Faial cortado à faca" teve como base um extensa cobertura geográfica sobre a desgaseificação difusa de CO2 na zona leste do Faial, não encontrei na área da Espalamaca manchas de libertação de CO2 anómalas.
Em 2007 foi muito noticiado o facto de se ter detectado uma emissão de CO2 dentro de uma casa situada na Praia do Almoxarife, sobre a escarpa de uma falha geológica. Acompanhei parte do processo, coordenado pelo CVARG, onde foi confirmada a situação, que levou ao realojamento da família num outro local.
Em conversa sobre este tema com o meu colega Marco Aurélio Robalo Santos, biólogo marinho, na semana passada, este confirmou a mancha de libertação de bolhas submarina junto à Ponta da Espalamaca, próximo da casa mencionada, mostrou-me inclusivé o filme que efectuara em apneia, no ano de 2005 e o mesmo foi colocado no post para todos constatarem o fenómeno.
Não foram feitas análises, não confirmo que seja CO2 (até porque vejo muitos peixes por perto), mas a falha geológica está na zona, a desgaseificação foi detectada numa casa em terra... fica o trabalho para mais geólogos trabalharem e confirmarem o que ali se passa, pois existe outro local na área embora com menos intensidade de bolhas
Comparado com a zona de emissão submarina na Queimada (ilha de S. Jorge) de onde já colhi amostras e rica em CO2, esta zona é duma intensidade fenomenal, senão vejam e impressionem-se com o filme do Marco Santos!
sábado, 25 de agosto de 2007
RIBEIRINHA - Um vulcão extinto?
A Geologia não é uma ciência exacta e muitas das classificações em vulcanologia implicam rótulos respeitantes a um intervalo de características ou classe de parâmetros que usamos para comunicar. Mas muitas vezes existem dúvidas em atribuir a um vulcão uma etiqueta, pois na natureza encontram-se todos os elementos de transição entre as várias classe que criámos.
A USGS classifica os vulcões, em relação à actividade como activos, adormecidos (dormentes) ou extintos.quarta-feira, 22 de agosto de 2007
HISTÓRIA GEOLÓGICA DO FAIAL II - a chaminé vulcânica da Ribeirinha
Hoje apenas através do estudo das inclinações das escoadas com a determinação dos pontos prováveis da sua origem, da estruturas pertencentes àquele vulcão é possível suspeitar o local provável da chaminé vulcânica. Vários elementos apontam para que esta se encontrasse próxima desta calma, bucólica e bela paisagem na zona entre os Matos da Ribeirinha e os principais pastos de Pedro Miguel. (clique sobre as fotos para as aumentar)
Com tanta flor, gado, calma e ar puro, dá para imaginar que neste local parece ter-se situado a boca principal do grande vulcão por onde a ilha do Faial começou?segunda-feira, 20 de agosto de 2007
HISTÓRIA GEOLÓGICA DO FAIAL I - O início
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
REDE NACIONAL DA QUALIDADE DO AR - a estação
Esta estação mede em contínuo a concentração de óxidos de azoto, ozono, dióxido de enxofre e poeiras, a baixa altitude e em zonas afastadas de grandes centros urbanos. Transmite a cada 3 horas os dados para centros de controlo. Os resultados ficam acessíveis na página da Agência Portuguesa do Ambiente e permitem avaliar a qualidade do ar, estimar a sua evolução no tempo e ser integrados noutras redes da Europa e do Mundo.quarta-feira, 15 de agosto de 2007
FILARMÓNICA DA RIBEIRINHA - 83.º Aniversário
Fundada a 15 de Agosto de 1924, este Filarmónica mantém viva a cultura musical na Ribeirinha, sendo esta a única das freguesias pouco populosas do Faial que mantém uma filarmónica em actividade. Certo que com dificuldades... mas resiste e persiste no tempo em que a televisão, a internet e outros meios de diversão, pouco a pouco, parecem tirar os jovens das nossas tradições.
Recentemente, a Filarmónica da Ribeirinha estabeleceu um regime de cooperação com a Artista Faialense, a mais antiga da ilha, o que permite não só o intercâmbio de músicos, experiências e saberes, como ainda colmatar algumas lacunas sentidas em vários instrumentos. Com isto, não só ambas ganham, como o Faial também.
De criança, recordo-me da invasão em minha casa dos jovens - então pareciam-me uns homens grandes! - para aprender o solfejo nas longas noites de inverno em torno de uma mesa sob uma lâmpada incandescente a petróleo, mais tarde, meu pai entregava os seus alunos a instrutores dos vários tipos de instrumentos, para eles se iniciarem na execução. Mais tarde chegou a minha vez e hoje ainda vejo alunos de então neste pequeno grupo. Posso admirar grandes orquestras, excelentes cantores líricos, mas o meu carinho por esta banda é vitalício e apoiar esta pequena escola é uma obrigação.segunda-feira, 13 de agosto de 2007
FILARMÓNICAS DOS AÇORES
Até há poucos anos, as Bandas estavam quase limitadas à execução de obras relativamente simples, muitas vezes marchas e arranjos de músicas populares.
O Faial, com cerca de 15 mil habitantes, possui sete (7) Filarmónicas, algumas com um número de tocadores que quase não atinge as duas dezenas de pessoas, outras rondam a centena de elementos. Umas, mesmo de pequena dimensão, procuram explorar novos caminhos da música, outras mantêm os programas de cariz mais tradicional e algumas maiores primam mesmo pela excelência de todas as componente mencionadas.quinta-feira, 9 de agosto de 2007
SEMANA DO MAR - Reordenamento do Porto da Horta
Uma oportunidade a não perder para se conhecer o que se propõe para aquele espaço fundamental à cidade da Horta
As obras no porto da Horta tem uma particularidade relativamente à da maioria de outros portos no arquipélago. Estas não são feitas para possibilitar o desenvolvimento turístico futuro da infraestruturas, mas sim para responder as exigência mínimas da procura que já existe naquele Porto na actualidade.Semana do Mar: programa
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
SEMANA DO MAR - Passeios e aventuras no Mar
Muitos outros iates, pertencentes aos abundantes marinheiros amadores que por cá existem e a alguns visitantes de além-mar, também convidam pessoas, com quem travam conhecimento na zona das actividades náuticas ao longo da semana, para integrarem as suas tripulações nas várias regatas em que participam. Muitas destes convidados não necessitam de qualquer conhecimentos de navegação, pois a única função é fazerem distribuições de pesos para equilíbrio da embarcação durante as manobras do desenrolar das provas.Ver programa da Semana do Mar
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
SEMANA DO MAR 2007 SEA WEEK : Feira do Livro
O meu gosto por visitar livrarias, perder-me no tempo a folhear potenciais candidatos à compra ou a inspeccionar os novos títulos (para ver os assuntos que estão na moda), normalmente não pode ser saciado na cidade da Horta. Onde as lojas que vendem livros não têm dimensão e diversidade suficiente que justifiquem o nome de livraria, embora me sustente com as frequentes saídas a outras terra. Por cá resta-me, sobretudo, a feira do livro da Semana do Mar.
Este ano a iniciativa da Casa da Cultura da Horta foi levada a cabo pela editora Calendário das Letras, a qual trouxe à Semana do Mar propostas de setenta editoras nacionais, vários milhares de livros, alguns deles mesmo em saldo e ainda uma vasta escolha de edições regionais. Estes últimos tanto podem mostrar obras literárias de autores locais, como ensaios e trabalhos de pesquisa sobre tradições, culinária, usos e costumes das ilhas ou uma divulgação mais profunda sobre a história e dados científicos sobre os Açores.quinta-feira, 2 de agosto de 2007
SEMANA DO MAR - 2007 - SEA WEEK

Mar, marina, iates de todo o mundo, vista do Pico e muita alegria são os ingredientes destas festas anuais da cidade da Horta.

