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sexta-feira, 23 de abril de 2021

23 de Abril - Dia Mundial do Livro - Os escolhidos de um ano de leitura

Todos aos anos escolho esta data para expor aqueles que foram os meus livros predilectos desde o anterior Dia Mundial do Livro. Nos últimos 12 meses li obras excelentes e a escolha não foi fácil nas várias categorias habituais. Como sempre a seleção final teve peso o momento da escolha, talvez pudesse haver uma ou outra substituição, mas ficou assim:

Melhor Livro de Ficção em Língua Original Portuguesa

Penso que é a primeira vez que não consigo optar, por isso vão duas obras bem diferentes, sendo que a segunda coloca a escritora dois anos consecutivos nesta lista e categoria


A Casa Grande de Romarigães - Aquilino Ribeiro
 
Mais informações neste blogue sobre esta grande saga de vários séculos da história de Portugal aqui.

Fanny Owen - Agustina Bessa-Luís

Pouco extenso e por isso esta talvez seja uma das obras mais fáceis para entrar nesta escritora que aqui não tem complexo de expor o lado pouco simpático de um dos maiores escritores da literatura portuguesa: Camilo Castelo-Branco. Mais pormenores sobre este livro neste testo de Geocrusoe.

Melhor Romance Histórico

Os sete pilares da Sabedoria de T. E. Lawrence

Um misto de memórias e romance histórico narrado pelo próprio autor e ele mesmo como protagonista da narrativa, mas não é uma livro de ficção, embora seja romanceado, a obra que deu origem ao filme Lawrence das Arábias. A informação e o estilo de narrativa são constroem uma obra única de excecional interesse, informação histórica e prazer de leitura. Mais impressões em Geocrusoe aqui.

Melhor livro de memórias


O Mundo de Ontem de Stefan Zweig

Neste caso foi lido em formato ebook, mas o retrato da Europa desde o final do século XIX até à II Grande Guerra Mundial feito por Stefan Zweig, quer pelo conteúdo, quer pela qualidade da escrita e ainda pelos pensamentos e reflexões do autor e de grandes homens comm quem se cruzou, torna-o numa obra magnífica que merece uma leitura para quem gosta de história e boa escrita. A análise desta obra no blogue pode ser lida aqui

Melhor Obra de Ficção Canadiana

MaddAddam - Margaret Atwood

Não foi difícil a escolha, pois foi o único livro do meu país natal que li ao longo deste, penso que ainda não está traduzido em Portugal, tem a importância de fechar uma trilogia e de ser um especulação futurista do presente, onde o homem pode ser o gerador da sua própria destruição, neste caso, por uma pandemia intencional o que o torna muito pertinente nestes tempos. Mais dados aqui.

3 comentários:

Pedrita disse...

ah, não li nenhum, bela relação. beijos, pedrita

Joaquim Ramos disse...

Bom dia Carlos. Obrigado pela sua lista que anotei como habitualmente. Estranhei não ver este ano a categoria de Melhor Livro de Ficção Estrangeiro e que se pode dever a não ter lido nada em especial ou esquecimento.
Vejo que é um grande apreciador de Agustina, da qual nunca li nada, mas tenho cá em casa Os Meninos de Ouro em espera.
Devo ter lido talvez um terço da obra de Aquilino Ribeiro, e esse é realmente muito bom, juntamente com a novela O Malhadinhas.
Este ano li bastante, mas não faço listas nem tenho blog, e assim de repente se tiver que eleger dois, sob pena de ser injusto para aí com uma dezena de escritores, seria As Leis da Fronteira do espanhol Javier Cercas. Foi um livro que já tinha em espera há bastante tempo, mas não dava nada por ele. Às vezes acontece assim...
O outro foi Coração Impaciente de Stefan Zweig, mas neste caso já sabia ao que ia, pois foi recomendado por si.
Sobre O Mundo de Ontem talvez seja a minha próxima compra, mas nunca li nada em ebook, gosto muito do contacto físico com o livro e o Carlos habituou-se ao digital?

Carlos Faria disse...

Boa Tarde Joaquim
Foi mesmo lapso, havia 3 em reflexão: Meio Sol Amarelo, O Doutor Jivago e O Caso do Camarada Tulaev, o primeiro é o que tem melhor histórica mais consistente e fala da guerra do Biafra. Os outros dois tratam do tema da perseguição das pessoas no regime soviético. Não cheguei a decidir-me no momento e depois esqueci-me.