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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

"O Rouxinol e a Rosa" de Oscar Wilde


O livro corresponde a um conjunto de nove contos de Oscar Wilde, o primeiro é o que dá o nome à coletânea, unidos pela escrita poética, o relato fantástico e moralizante do tipo fábulas, ilusões de príncipes e personificações de crenças religiosas para denunciar problemas de justiça.
Como típico do período romântico, muitas vezes as situações são expostas de forma extremada, até mesmo pontualmente de forma exaustiva e cansativa, quer ao nível dos sentimentos das personagens, como da descrição da beleza, da fealdade e do património. Interessante o facto de que mesmo quando se pretende uma lição moral nem sempre o resultado final do conto é o mais lógico, Wilde tende como que, em paralelo à denúncia da injustiça, passar a ideia que a realidade nem sempre acaba do modo desejado e correto, deixando um desconforto que leva à reflexão.
Gostei da maioria dos contos, alguns podem ser clássicos pela sua moral e capacidade de entretimento, mas é evidente que Wilde não se rendia a todas as crenças e tradições morais e religiosas da sociedade em que vivia e aproveitou a escrita para uma denúncia subtil de vícios instalados nos vários tipos de poderes e cobertos por valores que o autor considera falaciosos.

2 comentários:

Pedrita disse...

eu não me animei tanto com esse livro. beijos, pedrita

Carlos Faria disse...

Esta frase "muitas vezes as situações são expostas de forma extremada, até mesmo pontualmente de forma exaustiva e cansativa" mostra que se gostei do livro, houve partes e aspetos que desgostei.