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quarta-feira, 18 de julho de 2007

FAIAL ILHA AZUL

Bem sei que por razões ambientais não deveria elogiar a Hortência. É uma flor importada dos impérios do oriente, que compete com a flora endémica e deve-se optar pela nossas plantas para embelezar os Açores, pois o azul nada tem a ver com as nossa flores naturais (por norma são amarelas a minha cor preferida no jardim). Mas cada um tem as suas fraquezas e viajar entre a Caldeira e a Ribeirinha em Julho deixa qualquer um boquiaberto perante tanta azul das hortências que delimitam as propriedades. Devido a isto, o Faial tem o cognome de Ilha Azul e eu considero a estrada que passa pelos matos da Ribeirinha a mais bonita da ilha, ora vejam o puro prazer para os olhos que ali passam. (clique para aumentar)
Os pastos da freguesia de Pedro Miguel e os Matos da Ribeirinha

Vista dos Matos da Ribeirinha para os pasto de Pedro Miguel

Matos da Ribeirinha

Ao longo dos Matos da Ribeirinha obtêm-se magníficas panorâmicas para o mar e as ilhas do Pico, São Jorge e Graciosa (esta última não visível na foto) além da vista relaxante das vacas a pastar livremente.

12 comentários:

Anónimo disse...

É engraçado...

Durante os anos da minha adolescência, chegava ao Pico em Agosto e de hortênsias...apenas restos secos..."Em Maio é que estão bonitas", diziam-me.

Hoje em dia, em Agosto, aí estão elas, floridas e espectaculares.

"Mudam-se os tempos..."

E mudaram mesmo.
As alterações climáticas bem representadas pelas belas hortênsias.

spring disse...

olá geocrusoe!
adoramos o azul, seja ele o azul do mar ou o azul do céu, hoje aqui descobrimos um novo azul... o azul das hortênsias a invadir a paisagem da ilha.
um abraço cinéfilo
paula e rui lima

Desambientado disse...

Bem me parecia que te tinha visto ao longe no cimo da Rua do Galo, quando passei para a Secundária...fiquei na dúvida. As tuas fotos são simplesmente fantásticas.

Carlos Faria disse...

Para José Quintela Soares: ao nível das hortências não dei por grandes alterações no tempo da floração: a menores altitudes elas surgem mais cedo (finais de maio e junho) a maiores altitudes(como acontece nas fotos acima dos 400 m) elas surgem mais tarde. Até porque tendo em conta os modelos que li das alterações climáticas nos Açores teriamos invernos mais curtos, logo a hortência surgiria mais cedo. Todavia os junquilos, que em criança recolhia para o altarinho do Menino Jesus no Natal, agora só aparecem lá para o final de Janeiro, efectivamente algo está a mudar.

Carlos Faria disse...

à Paula e Rui Lima: confirmo que é um azul diferente mas espectacular... talvez optimo para alguns cenários de filmes onde a paisagem e a fotograia são ingredientes principais.

ao meu amigo desambientado: nessa zona tirei fotos ainda à igreja da Conceição e ao Palacete Silveira e Paulo. Como deves ter reparado no post sobre o Pico impressionaste um jornalista com a tua sensibilidade literária, ainda não percebi porque julgam que ciência e bom-gosto não casam perfeitamente.

Teresa disse...

Que beleza! Adoro hortênsias, sejam elas azuis ou cor-de-rosa.E as fotografias são lindas.

E pensar que nunca fui aos Açores!

Tenho um querido amigo que não vejo há longos anos (apesar de mantermos contactos regulares) que é justamente do Faial, apesar de agora viver em S. Miguel. É bem possível que o conheça.

Um beijo.

Anónimo disse...

A indução da floração terá mais a ver com o fotoperíodo, e este não mudou, que com a temperatura, não?
Relativamente aos junquilos, bem quando somos criança e temos que fazer um altarinho encontramos junquilos nem que seja em Novembro, não?
Não quero dizer que não haja alterações climáticas, mas às vezes penso que desejamos que tudo aconteça na nossa escala, em 20 ou 40 anos, e não em milhares ou milhões de anos.
Bem, contudo, apesar de não acreditar em bruxas, que as há, há.
Gostei do teu post, apesar de gostar mais do nosso Faia(l) do que a Ilha Azul.

Carlos Faria disse...

à Teresa: volto afirmar que vale mesmo a pena visitar as ilhas... com calma porque o ritmo acelerado não é compatível com esta natureza. Provavelmente posso conhecer o seu amigo, mas há muitos faialenses em S. Miguel.

Ao Basalto Negro:concordo com o que refere sobre o fotoperíodo, mas sabe que não é o único factor, humidade e temperatura também incluenciam algumas espécies. Relativamente aos junquilos é mesmo observação no terreno e é um facto que nos terrenos que eu ia recolhê-los em criança eles agora surgem mesmo mais tarde, mas pode haver outros factores que expliquem. Sobre alterações climáticas não sou fanático como os ecologistas do The State of Fear e podem haver outras causas mas que há alterações há.

Teresa disse...

O meu amigo chama-se José Pracana.

Um beijo.

Carlos Faria disse...

Não conheço a pessoa e nunca ouvi esse apelido de família por cá... se calhar um faialense acidental e não de ascendêcia

Teresa disse...

Nascido no Faial, viveu muitos anos em Lisboa, sempre manteve aí casa. Julgo que só em anos mais recentes mudou para S. Miguel!
Afinal a ilha deve ser maior do que eu pensava! :)

Lc disse...

Lindas fotos