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segunda-feira, 26 de março de 2007

O FIM DO CABEÇO VERDE


A extracção de escória vulcânica (bagacina) na foto foi efectuada através do desmantelamento, do topo para a base, do cone vulcânico denominado Cabeço Verde, assim baptizado devido à sua intensa cobertura arbórea.

Este cabeço atingia, há cerca de uma década, uma altitude sensivelmente igual à do cone ao lado: o Cabeço do Fogo, apenas separado pela mancha de criptomérias. Este foi formado durante a erupção do vulcão da Praia do Norte, em 1672, e ainda está fracamente revestido de vegetação.

Hoje o Cabeço do Fogo assiste, impávido e sereno, ao desaparecimento do seu irmão mais velho, cuja cicatriz presentemente já é apenas visível de zonas mais altas (se bem que de forma bem marcante) mas, futuramente, não restará qualquer vestígio da sua existência na paisagem.

Nas novas cartas topográficas e geológicas menos um cone vulcânico será implantado e alguém andará perdido à procura da origem das escoadas lávicas que do Cabeço Verde brotaram.

2 comentários:

Anónimo disse...

É uma das vergonhas das nossas ilhas. De todas elas.

Carlos Faria disse...

neste caso não considero... esta exploração resultou no encerramento muitas outras explorações de bagacinas na ilha... ou seja, no Faial, em vez de termos dezenas de extracções ditribuídas,há apenas uma de maiores dimensões e gerida por uma entidade pública que fornece bagacina a todos... embora talvez haja pouca preocupação em não esbanjar o recurso por parte dos utilizadores