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sábado, 25 de agosto de 2007

RIBEIRINHA - Um vulcão extinto?

Ao falar do Complexo Vulcânico da Ribeirinha, declarei este vulcão extinto. Mas então o que leva a considerar um vulcão nesta categoria?
A Geologia não é uma ciência exacta e muitas das classificações em vulcanologia implicam rótulos respeitantes a um intervalo de características ou classe de parâmetros que usamos para comunicar. Mas muitas vezes existem dúvidas em atribuir a um vulcão uma etiqueta, pois na natureza encontram-se todos os elementos de transição entre as várias classe que criámos.


A USGS classifica os vulcões, em relação à actividade como activos, adormecidos (dormentes) ou extintos.


Vulcão extinto é aquele que os cientistas consideram improvável que ele volte a entrar em erupção, mas a incerteza para dizer isto é grande, por isso, utilizam-se vários critérios para o vulcão classificar deste modo, nomeadamente: não ter qualquer erupção há várias dezenas de milhares de anos, não lhe ser conhecida uma actividade sísmica, emissões de gases vulcânicos e deformações à superfície da terra ou outras que indiciem a existência ainda de magma em profundidade... mas por vezes há excepções e porque não admitir mesmo erros?


Apesar do Vulcão da Ribeirinha ser considerado extinto e tudo aponta para isso, incluindo cerca de 500.000 anos a "dormir" e o seu aparelho tão intensamente destuído que já nem se determina com exactidão a sua chaminé principal, tal não foi o fim do vulcanismo poligenético do Faial e a ilha continuou a crescer com um segundo vulcão que para uns está dormente e para outras activo, mas isso fica para um próximo episódio.

5 comentários:

Anónimo disse...

Tema interessante.
Prefiro-os bem extintos. Mas haverá a certeza absoluta?
Os registos das últimas erupções existem?

Desculpe as perguntas de leigo.

Um abraço

Carlos Faria disse...

Sim acredito que o mais velhinho vulcão central do Faial está extinto. O registo das últimas erupções é mesmo deixado pelo próprio vulcão, recolhendo rochas nós podemos saber a idade aproximada da sua formação, logo cada camada de lava, bagacina ou tufo dá-nos sempre a data da erupção. Existem margens de erro e recolhas em locais dispersos que podem dar resultados diferentes, mas quer optando pelos dados indicados pelo meu professor Serralheiro (usados nesta história), quer os outros, a pior das hipóteses seria 400.000... mas há outros vulcões que mostram sinais da sua actividade e isso será tema de um post muito em breve e que julgo interessante se tudo correr bem.

Anónimo disse...

Se o sr doutor não me dissesse que esse amontoado de escombros era um vulcão, eu não acreditava. Parece que Deus deu beleza a umas ilhas e pessoas instruídas a outras, c’um catano...

Anónimo disse...

o meu nome é Joana e até agora tenho procurado na net o que dizem sobre o vulcão da ribeirinha e os seus mais recentes pequenos sismos, até porque eu lá habito, gostava que me esclarece-se mais sobre o que se está passando com estes sismos, porque tenho visto na net que o epicentro é na caldeira e tem freguesias bem mais proximas dela mas só a ribeirinha os sente, tenho algum receio de o "fantasma" de 98 voltar

desculpe estar a pedir explicasoes mas acho que é a pessoa que tem mais capacidade para me responder até porque desde 98 a comunicação social dos açores e as pessoas evitão um pouco esse assunto até parece que é quase TABU.


agradecia se me podesse mandar um mail porque eu só vi esta pagina hoje e não entendo muito de "internetes"


joanacamilo88@hotmail.com

obrigado

Anónimo disse...

esse vulão é o maior vulão do mundo