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quarta-feira, 22 de agosto de 2007

HISTÓRIA GEOLÓGICA DO FAIAL II - a chaminé vulcânica da Ribeirinha

Como todos os grandes vulcões, o da Ribeirinha teve a sua chaminé principal por onde saíram muitos dos seus materiais, deve ter tido uma grande cratera e até... talvez uma pequena caldeira, mas após a sua inactividade, a chuvas, os sismos com os movimentos das falhas e os produtos de outros vulcões posteriores foram desmantelando e cobrindo o grande edífício então construído.

Hoje apenas através do estudo das inclinações das escoadas com a determinação dos pontos prováveis da sua origem, da estruturas pertencentes àquele vulcão é possível suspeitar o local provável da chaminé vulcânica. Vários elementos apontam para que esta se encontrasse próxima desta calma, bucólica e bela paisagem na zona entre os Matos da Ribeirinha e os principais pastos de Pedro Miguel. (clique sobre as fotos para as aumentar)

Com tanta flor, gado, calma e ar puro, dá para imaginar que neste local parece ter-se situado a boca principal do grande vulcão por onde a ilha do Faial começou?

2 comentários:

Anónimo disse...

Retirei esta informação de um esquema que já não sei bem donde veio. Ora bem, as idades indicadas são: Corvo 0,71 Ma, Flores 2,16 Ma, Faial 0,73 Ma, Pico 0,25 Ma, S. Jorge 0,55 Ma, entre outros. Concordas?

Carlos Faria disse...

Não! Discordo, as referências devem ser as de Azevedo e indicam 1 amostra no Porto da Casa com 0,71 + ou - 0,4 Ma, ou seja, além da grande margem de erro, também o local é afastado do corpo do Caldeirão. Os dados da sua conterrânea França apontam que o núcleo da ilha deva ter início entre 1 e 1,5 Ma. Por coincidência a margem de erro de Azevedo é compatível com aquele intervalo. E pelo que vi da ilha, França provavelmente estará mais próxima da realidade, mas como verá no próximo post, a incerteza faz parte da geologia.