Como é do conhecimento geral, as arquitecturas regionais, ao longo dos tempos, tendem a utilizar as rochas disponíveis na área, pelo que é normal que nos Açores os edifícios sejam construídos por vários tipos de lava e..., mais raramente, por tufo vulcânico. (clique nas fotos para as ampliar)
Imóvel no interior do Castelo de São Sebastião, base e cantarias em basalto negro, alvenarias em tufo castanho
O tufo vulcânico, como resultado da cimentação de grãos que estiveram soltos, é uma rocha relativamente fácil de cortar e de esculpir, só que, como se forma apenas em erupções submarinas pouco profundas e sujeitas a erosão inicial, é relativamente raro. Assim, o seu uso no Faial quase se limita a edifícios militares: fortes ou castelos.
Castelo de Santa Cruz com a sua base feita em lava e construído sobre os basaltos das escoadas junto à antiga grande praia da baía da Horta,
Os fortes e castelos nas ilhas são, por norma, construídos junto à costa, os inimigos de que a população necessitava de se defender então surgiam do mar. Paralelamente, o tufo vulcânico é encontrado também na zona litoral.
Mesmo assim, os edifícios de tufo, por norma, possuem a base e a cantaria em lava. Talvez por ser mais resistente à erosão e difícil de fracturar, logo preferida para as zonas mais expostas a esforços e ao peso dos blocos colocados por cima.
Complexo de edifícios nas baía de Porto Pim na base do Monte da Guia, o corte vertical no terreno é uma antiga pedreira de tufo vulcânico
No Faial, os edifícios antigos construídos no Monte da Guia: casa de praia do Cônsul Dabney, fábrica velha da baleia, rampa varadoura da nova fábrica e o abrigo de barcos; embora não militares, são feitos de tufo, por ser a rocha mais disponível no local e encontrar-se uma pedreira mesmo atrás destes imóveis.