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sábado, 27 de fevereiro de 2010

NEVE REGRESSA AO FAIAL

Num dos Invernos mais rigorosos que a memória dos açorianos têm, após intermináveis chuvas, ventos e frios, raramente intercalados por dias de sol, eis que hoje a neve visitou várias ilhas, no Triângulo era possível vê-la no Faial, Pico e São Jorge. Ficam algumas fotos para memória.

Novas imagens tiradas no local por um amigo meu neste site:
http://picasaweb.google.com/fcardigos/20100227Faial#

Já há vários anos que não via o Cabeço Gordo e o bordo da Caldeira coberto de neve.

Neste Sábado de manhã, o céu estava cinzento, mas com abertas e por onde era possível observar as antenas de emissões de rádio e televisão entre o branco cinza das núvens e o branco fluorescente da neve.
Este ano afazeres impediram-me de ir ao topo e a chuva voltou pelo que fica a memória de uma acordar com uma paisagem de cor diferente no Faial.
Claro, se o Faial tinha neve, não é difícil perceber que entre estratos nebulosos e abertas o pico possui um extenso manto de neve.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

BONITAS TERRAS AÇORIANAS 2

(clique na imagem para a ampliar)

Água de Pau, em São Miguel, não é dos aglomerados urbanos que melhor conheço nesta ilha, mas sempre me impressionou o modo como surge na paisagem na estrada que vai no sentido Ponta Delgada para Vila Franca do Campo.
Num repente, entramos num aglomerado denso de casas, na sua grande maioria brancas, acomodadas na base de um cone vulcânico e algumas ruas empoleiradas como curvas de nível na vertente do cabeço, é como se já não coubessem junto das restantes, tudo isto à sombra de uma ermida que parede desafiar a igreja no centro da freguesia.
A animação comercial e do largo na estrada que a atravessa também merece uma paragem para observar e compreender um pouco da vida desta comunidade.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

FREGUESIAS RURAIS DO FAIAL 8: Feteira

Situada na costa sul do Faial e a confrontar a leste com a cidade da Horta, a freguesia da Feteira, fruto deste enquadramento demográfico e das suas boas aptidões agrícolas, é a comunidade rural mais populosa da ilha com pouco mais mais de 1600 habitantes, mas nunca perdeu o seu encanto bucólico e rural.

A freguesia de Feteira, uma das mais antigas da ilha e já referenciada no século XVI, possui uma beleza discreta que um visitante menos atento à primeira vista não descobre, mas se calmamente percorrer algumas das suas ruas, irá ser presenteado com lindos e amplos cenários paisagísticos que surpreendem pelo seu encanto e parecem dialogar com o Mar e abrir-se ao Pico.

O facto de se desenvolver numa vertente muito suave exposta a sul, circundada por vários cones vulcânicos e cortada por várias ribeiras, associado à proximidade à Horta, tornou-a desde o início numa das principais regiões agrícolas da ilha. Se no passado se evidenciavam os campos de cereais dourados, hoje não são menos belos os seus pomares, campos e floricultura e os verdes pastos por onde se dispersa o gado bovino encaixados numa malha de ruas de casario predominantemente branco.
Apesar de ser atravessada por um eixo de união porto-Horta-aeroporto, de algumas ruas terem tido um intensificação urbanística recente e da freguesia possuir zonas industriais e de armazéns de comércio por grosso, a Feteira nunca ficou descaracterizada, mostrando que é possível conciliar investimento urbano e económico sem se perder a sua identidade.

A sua Igreja do Divino Espírito Santo, próxima do mar e da sua área de lazer costeira é o edífício que mais se destaca na paisagem, mas disperso pelas várias ruas da Feteira numerosos impérios e algumas moradias tradicionais são imóveis muito interessantes na arquitectura tradicional da ilha... sem dúvida esta é uma freguesia a descobrir e com um interessante potencial turístico ainda por explorar.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

INUNDAÇÕES NO FUNCHAL - VÍDEOS

Nem como geólogo da área de riscos preciso de falar, palavras para quê?













Vídeos recolhidos através da net, sobretudo compilados através do twitter de @brunomoniz

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

POETAS LUSÓFONOS 1 - Brasil

imagem daqui

Vôo

Alheias e nossas as palavras voam.
Bando de borboletas multicores, as palavras voam
Bando azul de andorinhas, bando de gaivotas brancas, as palavras voam.
Viam as palavras como águias imensas.

Como escuros morcegos como negros abutres, as palavras voam.


Oh! alto e baixo em círculos e retas acima de nós, em
redor de nós as palavras voam.

E às vezes pousam.

Cecília Meireles

Série dedicada a todos para quem a sua pátria é a língua portuguesa independente das suas variantes e nacionalidades.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

CARNAVAL DA PEQUENADA na Ribeirinha

Hoje aconteceu a tradicional matiné para a pequenada, várias dezenas de crianças transformadas em cupidos, morangos, médicos, madeirenses, princesas, polícias, piratas, cowboys, sevilhanas, zorros, cozinheiros e outros heróis do cinema encheram de novo o salão de festas da Casa do Povo.

Não foi fácil ser júri, nem sei quem mais se divertiu, se os pais, se os filhos, mas no meio de tanta música e correrias duas coisas eram evidentes: a importância destes convívios para fortalecer os laços da comunidade e o elevado número relativo de crianças, um sinal de esperança no futuro da Ribeirinha e dos Espalhafatos.

Carnaval da Ribeirinha: Fantasias, mascarados e bailes

Tudo é caseiro, não envolve grandes verbas, mas as gentes da Ribeirinha e dos Espalhafatos gostam da folia carnavalesca e por isso fantasias, críticas sociais, mascarados e bailes pontuam estes dias nesta terra rural do Faial.

O polícia de Carnaval conseguiu mesmo fazer-se obedecer a alguns condutores menos atentos e vindos do exterior para ver o Corso entre os Espalhafatos e a Ribeirinha...

Claro que em terra de agricultores os cavalos nunca faltam ao Carnaval, inclusive montados por egípcios de outras épocas...

Polícias modernos e ladrões fardados à moda antiga convivem alegremente nestes dias em plena liberdade.

A crítica de acontecimentos e a pessoas locais também se habituou à vir à folia e ninguém leva a mal nestes dias.

Há já algum tempo que os mascarados locais optaram por encarnar objectos e outras situações, assim desde uma sanita...

...a um anão, entre outros muitos tiveram lugar nos bailes da Ribeirinha...

Apesar da crise, alegria não faltou, apenas escasseou espaço para tantos foliões, fantasias, mascarados ou simplesmente aqueles que vieram nos trajes do dia-a-dia, mas despidos das preocupações quotidianas.

Esta foi uma amostra, nunca é possível mostrar tudo, hoje o Carnaval da Ribeirinha prossegue com a festa para a pequenada...

domingo, 14 de fevereiro de 2010

DOCE E CALÓRICO CARNAVAL RIBEIRINHENSE

Simples, alegre, divertido, familiar, satírico e calórico são alguns atributos do Carnaval da freguesia da Ribeirinha na ilha do Faial.

Tanto em casa com os doces típicos do Carnaval Faialense: Fofas, Coscorões (estaladiços ou de massa mais tenra) e Filhoses...

Como nas festas mais ou menos públicos dos Assaltos, Corso Carnavalesco com desfile de Carros Alegóricos, Cavalos e Burros.

A comida está presente e enquanto se participa ou se observam as manifestações carnavalescas, em pouco tempo... todos juntam o prazer do riso ao prazer de comer!

É literalmente doce o Carnaval na Ribeirinha e nos Espalhafatos.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

CARNAVAL NA RIBEIRINHA

O Carnaval está aí e a Ribeirinha do Faial nunca deixou de ter umas actividades muito próprias.

Clique no programa para ampliar

Mas, esteja onde estiver:
- Em Corsos Carnavalescos de espírito rural ou urbano, com a sátira política dos escândalos do momento;
- Em bailes tradicionais, cheios de fantasias e mascarados de gosto variado;
- Em matinés para a pequenada, onde muitas vezes os pais mostram mais orgulho que as crianças encarnam as suas personagens;
- Nas danças e bailinhos da Terceira;
- Em batalhas de água mais ou menos pacíficas;
- Devorando os doces de Carnaval típicos do Faial: fofas, filhoses ou coscorões;
Ou noutras coisas que esta época de folia procura fazer esquecer as mágoas com que muitos levam o seu dia-a-dia;
a todos BOM CARNAVAL E DIVIRTAM-SE!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

BONITAS TERRAS AÇORIANAS


Este blogue tem-se concentrado no Faial e nas outras duas ilhas do Triângulo dos Açores: Pico e São Jorge, aquelas que me são mais póximas e de grande beleza, mas o Arquipélago possui 9 ilhas, cada uma cheia de especificidades encantadores, com povoações que possuem um ar bucólico, arranjado, imponente na paisagem ou acolhedor, que me ficam muito tempo na memória depois de uma visita.

Esta série de terras Açorianas bonitas, começa hoje pela pequena vila do Nordeste, a sede do concelho mais distante de Ponta Delgada na ilha de São Miguel, por isso raramente vou lá, mas é sempre um prazer ir.

Pequena, é verdade, mas a sua limpeza, os numerosos pequenos canteiros ajardinados, as molduras desenhadas em lava vulcânica nos vãos dos edifícios e ponte e o arranjo das suas ruas, dão um ar imensamente acolhedor ao centro da vila do Nordeste e deixam-me sempre vontade de lá voltar.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

PORTAS DO MAR

Portão do Porto das Velas

Nas principais povoações viradas ao mar nos Açores, por vezes, o porto era o principal e mais digno acesso à ilha, por isso não admira que à semelhança das cidades muralhadas, também existissem portas de entrada como magníficas obras de arte, só que estas não tinham um caracter defensivo e transformavam-se em autênticos arcos de triunfo.

Portas da cidade em Ponta Delgada no centro de uma praça e sem nenhum cais por perto

No século XX fizeram-se aterros sobre o mar que cobriram cais de entrada e realizaram-se ampliações de portos que despromoveram os antigos, assim as portas do mar foram deslocadas ou ficaram cercadas de terra.
Hoje estes imóveis já não cumprem a sua missão de bem acolher, ficou a penas a memória de arcos desenquadrados das suas funções iniciais, mas de grande beleza na arte de trabalhar o basalto.
Não me lembro de outros arcos de mesmo tipo, mas é provável que ainda existam ou tenham exisitido muitos mais.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

VISITA DE ESTUDO A TORONTO EM PROJECTO DE ESCOLA


Porque conheço a Escola e a Professora, disponibilizo este meio para divulgar o apelo da turma abaixo identificada.

Actual edifício e largo da Câmara Municipal de Toronto

Somos um grupo de nove alunos do 11º ano, turma F e de dois professores de Geografia, da Escola Secundária Manuel de Arriaga, cidade da Horta, ilha do Faial, Açores, que gostariam de visitar Toronto na primeira quinzena de Setembro de 2010.
Temos um projecto aprovado pelo Conselho Pedagógico da nossa Escola.
Precisamos em Toronto de apoio de associações, instituições ou particulares que nos recebam na nossa visita por Terras da Diáspora.

Agradecendo desde já a vossa disponibilidade e atenção, aguardamos com ansiedade a vossa resposta para
mf_silva1@hotmail.com

Com os melhores cumprimentos

A Professora

Maria Fernanda Serpa Silva

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

CONCERTO DE SOLIDARIEDADE COM O HAITI

Na próxima sexta-feira, dia 5 de Fevereiro, pelas 21h, realiza-se um concerto para angariação de fundos em prol dos sinistrados do sismo de 12 de Janeiro no Haiti.
A entrada é livre e cada um doará o que puder e desejar, sendo os montantes obtidos entregues à delegação local da Cruz Vermelha Portuguesa que os fará chegar às missões humanitárias em curso no Haiti.
Saliento que este concerto é uma iniciativa de uma turma do curso de carpintaria da Escola Secundária Manuel de Arriaga, uma prova que a nossa juventude tem espírito empreendedor e coração solidário.


Neste momento associaram-se aos estudantes: a Ouvidoria da Horta, a PSP e a delegação do Faial da Cruz Vermelha. O espectáculo conta já com a presença do Grupos Corais de Santa Catarina e da Horta, a Orquesta do Conservatório da Horta, a pianista Carla Seixas e a soprano Alla Lanova.

Desejos de um bom concerto, boas angariações de fundos com igreja cheia...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

FAYAL SPORT CLUB: 101 ANOS


Fundado em 2 de Fevereiro de 1909, o Fayal Sport Club, além de ser o mais antigo clube desportivo dos Açores, é um dos legados deixados por um período em que a cidade da Horta possuía um estilo de vida muito avançado para a sua época, em virtude do cosmopolitismo devido ao seu porto e da convivência com comunidades vindas dos dois lados de Atlântico e aqui residentes por motivos profissionais.

Hoje terminam as comemorações do centenário de existência deste clube e se nos últimos tempos alguma dificuldades de diversas índoles têm ofuscado o brilho do seu palmarés histórico desportivo e cultural, a verdade é que o Fayal Sport Club se mantém vivo e assim será enquanto o discernimento dos seus gestores subsistir e o nosso lema fayalista estiver no coração dos sócios e adeptos: CRER E QUERER

Parabéns Fayal Sport Club!
Muitos anos de vida e colham muitas palmas de vitórias pelo nosso lindo Fayal!