Páginas

terça-feira, 15 de junho de 2010

Moinhos de São Jorge

Nos Açores há uma grande diversidade de moinhos, frequentemente de influência flamenga, mas a tipologia dos da ilha de São Jorge é muito distinta da das restantes parcelas deste Arquipélago.

Sempre me impressionou que numa ilha de paisagem tão forte e agressiva como São Jorge, os seus moinhos se destacassem pelo seu aspecto frágil e tímido.

Apresentam uma base de pedra, onde deverá situar-se o mecanismo de moagem, e um topo de pequena dimensão em madeira, muitas vezes de cor vermelha, de onde saem duas ou quatro palhetas.

A parte de madeira parece rodar em conjunto sobre a base de pedra, para deste modo se posicionar na direcção necessária para acolher a energia do vento e assim poder laborar convenientemente.

Apesar do desaparecimento da profissão de moleiro, verifica-se que alguns externamente estão bem conservados, uma forma de preservar o património, embora desconheça se alguns engenhos estejam ainda em condições de funcionar como acontece noutras ilhas dos Açores.

8 comentários:

Anónimo disse...

Do património construido nos Açores, os moinhos de vento são as estruturas que tem merecido menos atenção.
Impressionam-se de sobremaneira os moinhos do Faial, pelo perfil flamengo inconfundível e os da Graciosa, pela imponência.

Pedrita disse...

é um costume de vcs realmente, aqui raramente vemos moinhos. beijos, pedrita

Periquito disse...

Confesso que em pequenino certa vez fui com meu pai a São Jorge e estes moinhos amedrontaram-me e exatamente pela sua pequenez!

Quanto aos do Faial, causa-me uma grande amargura terem deixado perdê-los quase todos!

E era tão fácil...

Carlos Faria disse...

ao anónimo
Não sei se são a estruturas patrimoniais que mereceram menos atenção, mas penso que estamos de acordo no seguinte: mereciam muito mais, antes que seja demasiado tarde para o que ainda resistiu.

Carlos Faria disse...

@ Pedrita
Mas confesso que muitos Portugueses e Europeis têm um carinho especial por moinhos e na paisagem emprestam uma grande beleza.

@Periquito
Mas ainda temos alguns preservados, dói-me sempre quando vejo que um dos da Espalamaca era da Lomba da Ribeirinha e lembro-me sempre do dia em que de cá o tiraram por razões turísticas e o colocaram junto à Horta.

Tonico Machado disse...

Olá caro geocrusoe, foi com muita alegria que vi o seu comentário, em relação à sua dúvida, sim o blog ficará apenas como espécie de arquivo, vamos tentar mudar os post's para o site o que será um pouco difícil mas não impossível, espero que nos continue a visitar, apesar de estar em fase de criação o site terá brevemente uma secção para cada um dar a sua opinião. Qualquer coisa não hesite em contactar-nos!

Abraços,
António Machado

Anónimo disse...

Olá geocrusoe, gostaria de saber qual dos moinhos da lomba era da ribeirinha, tenho indicação de já nos anos 50 antes do vulcão serem 5os em cima da lomba, só 3 permanecem.

E já agora de onde foi retirado na ribeirinha.

Obrigado
Miguel

Carlos Faria disse...

É o moinho que só tem varetas radiais e não tem o quadriculado para fixar as velas e pertence à direcção regional do turismo, pois foi esta que o comprou e o transportou para a Espalamaca.
Se conhece a Ribeirinha quando vai para farol pouco depois de passar a última ruína de casas existe um entroncamento à esquerda com um caminho inclinado por onde agora passam tractores com dificuldade é o "caminho do moinho" e este ficava perto do cimo desta via já na outra estrada perto de um sítio onde houve uma pista de motocross... ainda lá estão as ruínas da base dele