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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Freguesias rurais do Faial 11 - Ribeirinha/ESPALHAFATOS

Igreja de Santo António

Ao começar a série das freguesias rurais do Faial, comecei pela casa deste blogue, a Ribeirinha, e prometi então terminar na mesma, só que agora na sua outra localidade, os Espalhafatos. Fica cumprida a promessa e atendido o pedido de emigrantes que aqui passam para matar saudades e saber novas da sua Terra.

Rua Principal dos Espalhafatos

Enquanto a povoação da Ribeirinha se localiza no extremo nordeste do Faial, numa vertente virada a Nascente, os Espalhafatos desenvolvem-se num vale virado a Poente, a cerca de 2 Km da anterior a partir do Alto dos Espalhafatos.

Canto dos Espalhafatos

Assim, ao longo do seu desenvolvimento a povoação estendeu-se linearmente do Alto dos Espalhafatos até ao limite oeste da freguesia: o Canto, onde o vale se alarga e se funde com a vertente norte da ilha do Faial. A meia distância destes locais está a Arramada/Cruz onde se instalou a igreja dedicada a Santo António.


Canto e Alto vistos da freguesia do Salão
A povoação foi parcialmente destruída durante a crise sísmica da noite de 12/13 de Maio de 1958 e depois na sua quase totalidade em 9 de Julho de 1998, onde a igreja de construção recente e sismo-resistente foi um dos raros imóveis com danos pouco significativos e com possível reabilitação. Hoje a comunidade foi reconstruída reordenada para resistir melhor aos riscos geológicos

Zona central dos Espalhafatos vista no acesso ao Mato

Uma das curiosidade desta localidade está na origem do seu nome. No século XV a zona elevada chamava-se Alto da Ribeirinha, mas após um ataque de piratas às populações, comum na época, estas conseguiram emboscá-los e atacá-los na parte estreita do vale. Os inimigos abandonaram os seus despojos e roupas e o sítio ficou famoso por ser onde foram espalhados os fatos, daí passou a Alto dos Espalhafatos.

Nova urbanização do Alto após o sismo de 1998

Envolvido por altos relevos, que permitiam pastagens de altitude, e zonas costeiras planas com terrrenos férteis, os seus residentes viveram essencialmente da agricultura e da agropecuária, que hoje ainda subsiste, mas a grande maioria dos mais jovens desenvolve a sua actividade no sector secundário e terciário na cidade da Horta, que dista cerca de uma dúzia de quilómetros.

2 comentários:

Delia disse...

Muito obrigado por enviar estes fotos e historia. Gostei muito. Espalhafatos esta muito mudado.

Carlos Faria disse...

Compreendo a mudança e de vez em quando trago imagens ou notícias da ilha para as pessoas que cá viveram possam matar saudades. Por isso tenho gosto que passa aqui pelo blog Geocrusoe