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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

HORTA DOS CABOS SUBMARINOS

O aparecimento das telecomunicações no século XIX tornou a Horta no maior nós de cabos submarinos entre as várias potências da Europa, os Estados Unidos, o Canadá e países da América do Sul.
Um aspecto da sala com expositores e paineis explicativos


Esta realidade não só trouxe para o Faial numerosos trabalhores especializados das empresas de telecomunicações dos vários países com estações na Horta, com a suas línguas e tradições culturais, como ainda deu emprego e formação a muitos habitantes locais, com o consequente intercâmbio.


Equipamentos de uma época onde o telégrafo e o código morse eram reis

Tal dinamismo socio-cultura e económico levou à construção de vários edifícios residenciais, de apoio técnico, de serviços e infraestruturas sociais e lazer para criar condições dignas a tão grande número de pessoas envolvidas nesta revolução do século XIX. A Horta tornou-se um centro de actividades desportistas das elites europeias: futebol, ténis, remo, hipismo, vela, etc., pois de tudo um pouco fervilhava nesta cidade cosmopolita.

Vários tipos de cabos submarinos que uniam o Atlântico pela Horta

Esta realidada modificou-se a partir da década de 1960 com os novos avanços tecnológicos, mas o legado deixado pela posição geoestratégica da Horta no apoio às telecomunicações no hemisfério ocidental é enorme, está em exposição na Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça e merece ser visitado por todos os que cá hoje residem ou que por aqui passem. Tudo repleto de explicações, para melhor conhecerem e perceber este período áureo da economia e vida social desta cidade que por isso ficou tão aberta ao mundo.

A não perder!

6 comentários:

Anónimo disse...

Preservar este património, tão rico,
é uma atitude correcta e digna.Deste modo, os mais jovens e os vindouros, conhecerão um pouco de uma realidade que transformou esta cidade, dando-lhe nome e "dinheiro". Hoje, ainda muitos, goza dessas benesses.
Seria interessante que também não fossem esquecidas e recuperadas as casotas junto ao Monte Queimado onde eram ligados os Cabos submarinos.Mas,ainda julgo que há mais a ser assinalado.
LA

Carlos Faria disse...

@ LA
Sim concordo com a generalidade do que disse e já ouvi que existem a intenção de preservar as pequenas casas que se encontram na dunas entre-montes e por onde os cabos entravam em terra, mas não sei se efectivamente existe algo mais concreto.

Pedrita disse...

tenho uma amiga que foi para portugal trabalhar em funções relacionadas ao mar, ela é oceanógrafa. ela é da bélgica. beijos, pedrita

Carlos Faria disse...

Mas não sabendo qual a terra onde foi, não sei se estará no departamento de oceanografia na Horta ou noutro local em Portugal, temos pouca terra, mas uma grande área marinha nacional

amg disse...

visitei a exposição quando estive aí. Excelente!
Oxalá não se perca todo esse acervo e se arranje um local para que a mesma seja permanente

Carlos Faria disse...

Plenamente de acordo, lembro-me de ter dito que a havia visitado.