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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Arquitectura contemporânea e gostos

Apesar de algumas pessoas considerarem os meus gostos bastante herméticos, a verdade é que a minha admiração por obras musicais ou de pintura, arquitectura e mesmo de literatura é bastante eclética, tanto posso apreciar uma peça da antiguidade, como algo contemporâneo e de marcas bem arrojadas.

Igreja da Almagreira: na Freguesia/Vila das Lajes do Pico

Reconheço que é bem mais difícil lidar com os extremos: o muito antigo ou o vanguardismo contemporâneo, mas se as obras do passado já lá vão, as actuais podem levantar grandes polémicas e, nalguns casos, só o futuro as poderá ajuizar convenientemente, com uma distância e frieza suficiente para as paixões estarem enterradas e se chegar a uma conclusão mais consistente do real valor de cada uma.

Ampliação do Museu dos Baleeiros na Vila/Freguesia das Lajes do Pico

As fotos mostram duas obras que embora distem alguns quilómetros, fazem parte da arquitectura contemporânea da área Lajes dos Pico: a primeira despertou ódios e protestos, a segunda alimentou elogios e aplausos. Não conheço o interior do templo, mas o exterior é pouco alinhado com a traça tradicional, a ampliação museológica procura uma continuidade estética sem deixar de ser actual. Na paisagem admiro a duas, para escândalo de alguns, mas cada época teve as sua querelas artísticas e nem sempre cada uma das opções era pior que a outra, vejam o papel de Wagner e Verdi na música.

(clique nas fotos para as ampliar)

5 comentários:

Pedrita disse...

eu tb tenho gosto bastante eclético. digo sempre que gosto do q é bom e bem realizado, seja música, arquitetura, literatura. precisa ter qualidade, não importa a época. beijos, pedrita

Anónimo disse...

No caso do museu, quantas mais torrinhas,cores e linhas oblíquas... mais releva a solidez,a harmonia, a funcionalidade das (afinal)... 3 "casas de botes".

Carlos Faria disse...

@ Pedrita
Além da qualidade, a sensibilidade pessoal também conta.

@anónimo
Não estou tão seguro disso ou da ironia disso.

Fernando Vasconcelos disse...

Por acaso até me parece que a Igreja está bastante bem integrada na paisagem e que sendo diferente da traça tradicional não deixa de estar integrada nela ou seja parece uma evolução "normal" digo eu. Eu gosto sinceramente. O museu é mais convencional na forma de expansão. Acho que o arquitecto da Igreja correu mais riscos mas parece-me que foi muito bem sucedido.

Carlos Faria disse...

@ F Vasconcelos
Penso que de alguns ângulos laterais a integração foi menos bem conseguida, mas quando tirei esta foto foi por achar que este ângulo mostrava que o projecto tinha aspectos de grande qualidade e que afinal não era tão desenquadrado quanto alguns diziam.