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segunda-feira, 17 de março de 2008

ARRIBA FÓSSIL: Fajã da Praia do Norte

O pequeno relevo que se vê ao fundo corresponde ao Cabeço do Fogo, formado durante a erupção da Praia do Norte, em 1672 e descrita neste post.


A escoada de lava que se dirigiu para norte chegou à arriba litoral, desceu-a e prosseguiu o seu caminho mar adentro, alimentada pelos materiais que durante meses continuaram a ser expelidos pelo vulcão, originando um vasto campo de nova terra na base da arriba então fóssilizada.



A arriba fóssil, nas zonas não cobertas pela grande quantidade de lava da escoada, possui nalguns locais um desnível impressionante.


Assim se 0riginou uma vasta área de terra aplanada entre o mar e a arriba fóssil, hoje ocupada por casas de veraneio e por vinhedos. Este é um dos típicos aproveitamentos açorianos para os solos incipientes e pobres em início de formação sobre a lava recentes, tema que originou o post de Maio último: Pedras que brotam vinho.


O telhado das tradicionais adegas sobre a baía da Praia do Norte. Um património construído que urge ter atenção para evitar a sua descaracterização.

2 comentários:

RJ disse...

Sou grande apreciador de vinho, nomeadamente tinto e desconheço os néctares açoreanos. Há algum(ou alguns) que se recomende e que consiga arranjá-lo cá no rectângulo?

Carlos Faria disse...

ao rj
para mim os locais de venda que conheço no rectângulo situam-se em Lisboa... mas havia produtos ilhéus quando estudante num mercearia mesmo no fim da alexandre herculano, à entrada do largo do rato e por vezes existem alguns produtos especiais no gourmet (pingo doce)... mas tintos açorianos não são os meus favoritos, o clima é húmido. Gosto mais de alguns brancos, mas o melhor é mesmo o verdelho, um vinho aperitivo quer o dos biscoitos (terceira) quer o do pico. Os ilhéus consomem com alguns pratos vinho morangueiro, eu por norma só bebo deste tipo mesmo esporadicamente e a acompanhar alguns pratos regionais.