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domingo, 26 de abril de 2020

"O segredo de Chimneys" de Agatha Christie

Acabei de ler o romance policial "O Segredo de Chimneys" escrito pela inglesa mestre do género Agatha Christie.
Propositadamente escolhi um romance sem nenhuma da duas personagens mais conhecidas da autora, para a ler num outro registo e vejo que a imaginação não depende do detetive ou da sua velhinha observadora 
Anthony Cade está a exercer o papel de guia turístico de uma excursão inglesa a África cruza-se com um conhecido que lhe pede, a troco de uma recompensa, o regresso à Inglaterra e a entrega das memórias de um nobre de um reino das Balcãs a uma editora e a devolução de cartas privadas a uma aristocrática alvo de chantagem. Em Londres descobre grandes interesses em torno da obra, partidos do País das Balcãs não a desejam publicada pelo incómodo político e prejudicar acordos com ingleses que envolvem o ministério dos negócios estrangeiros a celebrar na mansão de Chimneys, mas as cartas são-lhe roubadas e conhece a dama a ser chantageada. Logo a seguir o chantagista e o herdeiro do trono são assassinados. Tem então um convite para Chimneys onde todos os interesses em jogo estão a ser discutidos na presença do inspetor Battle, detetives de França e América, a suspeita de ser vigiados por um ladrão internacional de jóias da corte e ainda da impressionante viúva alvo das cartas. Tudo isto gerará a descoberta da intriga internacional, onde Anthony acumulará o papel de suspeito e de investigador e ainda se apaixoná.
O romance desenvolve-se quase sempre em diálogo, poucos parágrafos descritivos e é sempre atravessado pelo ambiente aristocrático, por vezes em sardónico. A obra mistura amor, intriga política, investigação criminal e é temperado com a boa vida da elite inglesa. Lê-se muito bem, tem momentos de suspense, um excelente carácter lúdico e um final inesperado típico das obras de Agatha Christie. Gostei.

4 comentários:

Pedrita disse...

eu li faz muito tempo. agatha christie é a autora responsável pela minha paixão pela leitura. li muito na infância e adolescência. beijos, pedrita

Carlos Faria disse...

Quando adolescente e jovem li muitos policiais, mas sempre fui muito eclético nas minhas leituras, também lia obras densas e romances de referência na literatura portuguesa e aventuras de E Salgari a J Vernes. Curiosamente li muito pouco Agatha Christie, alguns poucos.

Joaquim Ramos disse...

Bom dia Carlos, também me acontece a mim por estes dias, ler coisas mais ligeiras, embora no seu caso, os livros policiais são por causa de sua mãe, como nos contou.
E estou a ler um livro leve de John Grisham, um thriller de nome A Firma, sobre os meandros da advocacia e com um tema infelizmente actual de branqueamento de capitais, fuga aos impostos e "offshores" e claro está com homicídios à mistura.
Um abraço e boas leituras.
PS: também registei a sua indicação do "A lebre de olhos de âmbar", parece que a opinião é unânime.

Carlos Faria disse...

Estou a intercalar obras mais de entretenimento com outras de valor literário e de conteúdo mais elevado, aproveitando a grande quantidade de obras policiais que vou adquirindo para minha mãe e de modo a aligeirar este confinamento de facto.
Sim, aquela lebre está a um nível elevado de literatura.