Páginas

quinta-feira, 5 de março de 2015

"Todos os contos de Edgar Allan Poe



Acabo de ler uma coletânea de todos os contos de Edgar Allan Poe, escritor americano da primeira metade do século XIX, um total de 69 estórias curtas, como se diria em inglês, sendo que a última até tem dimensão para ser considerada um pequeno romance ou novela.
Tendo em conta a quantidade de contos, não é de estranhar que não tenha gostado igualmente de todos eles, até porque um dos aspetos mais interessantes deste grande livro, cerca de 950 páginas, é a diversidade de géneros temáticos dos textos: desde terror, gótico, policial, ficção científica, fantástico, ironia, até tocar a poesia, Poe também é famoso como poeta, são áreas que entram nesta coletânea.
Os contos de ficção científica e os relatos associados à descrição de paisagens e viagens por vezes pecam por ser demasiado pormenorizados nas suas explicações e base técnica, acrescendo o facto, tal como poderá acontecer a alguma ficção científica que hoje se escreva, soam a ridículo quando lidos num futuro temporal afastado, tal é o desfasamento entre a previsão com o mundo real ou o saber científico. Sendo Poe o fundador deste género e no início da revolução das ciências do século XIX, não é de estranhar algum incómodo ao ler as justificações que propõe.
Todavia são geniais alguns dos contos policiais, de terror e góticos, outros géneros em que é considerado por muitos como o pioneiro e fonte de inspiração literária de nomes mundialmente famosos.
Saliento a qualidade do literária dos contos, comparável ao dos grandes nomes de escritores marcantes da época e a diversidade de géneros, sabendo que entre tanta quantidade, mesmo preservando o nível de escrita, existem alguns de que não gostei e outros que adorei e anotei para serem relidos.

4 comentários:

Pedrita disse...

adoro poe. li alguns contos dele. ai, mais um blogueiro amigo meui lendo o pintassilgo. o terceiro agora. preciso ir atrás do livro. beijos, pedrita

Carlos Faria disse...

Há muita gente em Portugal a recomendar O Pintassilgo. É estreia na escritora.

Pedrita disse...

terminei de ler a máquina de fazer espanhóis, falei no meu blog e mencionei o seu post sobre o livro.

Carlos Faria disse...

Obrigado pela citação e já comentei o post da Pedrita.