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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

"O livro negro" de Hilary Mantel


O livro negro segue-se a um anterior romance "Wolf Hall" a série de obras secciona a biografia de Thomas Cromwell - um homem que vindo da pobreza ter-se-á tornado no mais influente da corte de Henrique VIII, num dos desenhadores da religião anglicana, num defensor do corte com o catolicismo e num justiceiro frio e calculista que enfrentou todos os inimigos ou os que humilharam o bispo Wolsey, de quem se sentia grato por o ter retirado da sua humilde condição de origem.
O anterior romance foi o prémio booker prize de 2009 e "O livro negro"foi o vencedor da edição de 2012. Como romance histórico o destino das personagens nesta série está condicionado aos factos conhecidos, a originalidade faz-se com a interpretação da vida do protagonista Cromwell, enquanto os Tudor e a sua corte ficam em segundo plano.
Neste novo romance Cromwell já é Primeiro-ministro e o homem, antes envolvido nas condições para fim do primeiro casamento do rei com Catarina de Aragão, prepara agora a queda da segunda esposa, a controversa rainha Ana Bolena, enquanto se vinga dos destruidores e detratores do seu benfeitor bispo, tudo isto conseguindo ainda satisfazer a vontade de Henrique VIII de casar pela terceira vez e levar ao trono Jane Seymour.
O estilo literário da obra é muito característico de Hilary Mantel. A escritora que consegue uma sequência de romances com princípio, meio e fim; de modo que a não leitura de um não inviabiliza que não nos debrucemos sobre o outro sem comprometer o essencial de cada obra. Continua a deslumbrar-me o modo como volta a retratar uma corte com uma promiscuidade como que ingénua entre religião, fé, maldade, desejos pessoais e vingança sob a sensação de se ser instrumento de Deus nesta trama.
Fico a aguardar ansiosamente o volume ainda por publicar, tal como esperei pel'O livro negro, romance que recomendo a todos, independentemente de se interessarem por história




1 comentário:

Pedrita disse...

fiquei com muita vontade de ler. anotado. beijos, pedrita