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terça-feira, 11 de março de 2008

TIPOS DE ESCALAS SÍSMICAS 3

A partir das ondas sísmicas registadas em sismogramas na Califórnia, Richter e Gutenberg descobriram uma fórmula matemática que combinava as amplitudes das ondas (afastamento provocado pela vibrações face à linha central e onde o traço estaria se não houvesse sismo) e a distância ao epicentro de modo a medir a quantidade de energia libertada durante o sismo naquela zona dos Estados Unidos. Mais tarde o método sofreu adaptações para permitir que o cálculo fosse fiável para qualquer ponto do Mundo.

Fonte: Wikipédia (adaptado): O fim do sismo é assinalado de modo aproximado, pois há sempre vibrações à superfície da terra, devido a tráfego, circulação animal, água dos rios, etc.

A quantidade de energia libertada no hipocentro é um valor único, não depende da distância da medição. Imagine uma lâmpada de 100 Watt, se tiver a poucos metros fica bem iluminado, se tiver a 1 quilómetro apenas verá um ponto de luz no escuro, mas a lâmpada continua a ser de 100 Watt. O que Richter e Gutenberg possibililaram foi o cálculo da energia associada ao sismo.
Todavia, cedo verificaram que, entre microssismos, pequenos sismos e grandes terramotos, a quantidade de energia libertada variava milhares de milhões ou mesmo biliões de vezes. Por isso adoptaram uma escala logarítmica, um método matemático que permite em poucos números representar variações muito grandes.
Assim, na escala de Richter, um sismo de grau 2 é cerca de 31 vezes maior que outro de grau 1, mas o de grau 4 já é mil vezes maior que o de 1. Sismos menores que 2 Richter, por norma são microssismos não sentidos pelo homem
Dada a complexidade desta escala e para melhor se entender o seu significado, compara-se a magnitude de um sismo com a quantidade de TNT para gerar uma explosão de dimensão semelhante.

SISMO NA ESCALA DE RICHTER VERSUS INTENSIDADE DE UMA EXPLOSÃO

0,5 Richter - 5,5 kg de TNT, semelhante uma grande granada de mão;
1,0 Richter - 32 kg TNT;
2,0 Richter - 1 tonelada (ton) de TNT;
5,0 Richter - 32 mil ton de TNT, a bomba atómica em Nagasaki;
6,0 Richter - 1 milhão de ton de TNT, o sismo da Ribeirinha em 1998;
7,0 Richter - 50 milhões de ton de TNT, o maior teste núclear até hoje;
9,3 Richter - 114 mil milhões de ton de TNT, o tsunami após o Natal de 2004;
12,0 Richter - 160 biliões de ton de TNT, a energia que recebemos diariamente do sol.

Fonte da escala comparativa: Wikipedia

N. A.: 1000 milhões e bilião em Portugal = a 1 bilião (bilhão) e 1 trilião (trilhão) no Brasil respectivamente.

3 comentários:

José Quintela Soares disse...

Muito interessante.
Sempre a aprender por estes lados.
Obrigado.

Pedrita disse...

conheço bem pouco de escalas sísmicas. beijos, pedrita

Carlos Faria disse...

ao josé quintela soares
como já referi um dos objectivos deste blog é divulgar a geologia dos açores, primeiro do faial e depois das outras ilhas; em paralelo não deixarei de falar das minhas outras paixões, onde se inclui a música e o cinema, gostos que sei que partilhamos.

à pedrita
eu não sou as conheço por razões profissionais, como por experiência pessoal, sobretudo quando toda a minha comunidade foi destruída por um sismo que neste local atingiu VIII-XIX na escala de mercalli e agora já pode compreender como foi isto aqui lendo um dos últimos posts.