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segunda-feira, 14 de outubro de 2019

"Um Estudo em Vermelho" de Arthur Conan Doyle

Acabei de ler aquele que terá sido a obra em que o escritor inglês Conan Doyle criou a personagem do investigador Sherlock Holmes que se tornou na principal referência mundial de detetive na literatura policial. "Um Estudo em Vermelho", é assim não só a obra do aparecimento deste investigador, como também da apresentação deste ao seu futuro e fiel companheiro de aventuras Dr. John Watson, sendo este o principal narrador do livro.
John Watson estabelece-se em Londres após ser ferido na guerra do Afeganistão, procura um alojamento condigno ao nível dos seus rendimentos, então um amigo apresenta-o a um conhecido que pretende partilhar as despesas do seu apartamento: Sherlock Holmes, um assíduo do laboratório por interesse de segredos de medicina legal e venenos. Após se conhecerem aceitam viver no mesmo domicílio, este impressiona-o pelas suas deduções e explica-lhe a sua metodologia de análise de crimes. Eis que pouco depois um inspetor policial pede-lhe ajuda na resolução de um homicídio ocorrido numa casa vazia, sem marcas de violência sobre a vítima mas em que este espelha o terror de quem sabe que está a ser morto. Logo Sherlock convida-o ao acompanhar e a assistir ao seu trabalho e troca com Watson as suas induções e deduções, enquanto o polícia e um seu rival da esquadra esgrimam esforços de obtenção de louros em parte à custa dos trabalho de Holmes, mas eis que um segundo assassinato vem destruir todas as teorias dos agentes oficiais e o nosso detetive brilha com a captura do criminoso. Dá-se então um salto no tempo onde se conhece as causas distantes no EUA para o ato de vingança agora perpetrado em resultado de uma injustiça gerada na época do estabelecimento dos mórmones no Utah e edificação da sua capital Salt Lake City que sem dúvida Sherlock conseguiu induzir através das suas pesquisas.
Mesmo não sendo uma obra de plena maturidade de Conan Doyle, gostei do romance, é de fácil leitura e já todas as premissas do que foi a sua obra literária no campo policial surgem enunciadas neste romance, que vale ainda por se conhecer ao nascimento desta dupla e a apresentação do seu estilo único.


2 comentários:

Pedrita disse...

ah, nunca lembro quais q li. ganhei alguns e de vez em qd penso em ler. gosto muito do gênero. ah, vai ler cisnes selvagens, é impressionante. beijos, pedrita

Carlos Faria disse...

Pois gosto do género, mas tenho lido pouco, como minha mãe com 84 anos adora e ainda ocupa parte do seu dia lendo, comprei um conjunto de livros policiais para ela, entretanto vou lendo alguns deles.
Sim, depois do seu post e da recomendação de um amigo das redes sociais escritor conhecido me ter recomendado pessoalmente obras dela quase em simultâneo, comecei por aquele que estava já cá em casa. Ainda vou nas primeiras páginas mas já a gostar.