O Vulcão do Pico e o Vulcão da Caldeira do Faial, apesar de estarem muito próximos um do outro, dezenas de quilómetros e no mesmo sistema de falhas, tem aspectos muito diferentes devido apresentarem estilos eruptivos muito distintos.
Efectivamente, as erupções não são todas iguais, umas libertam lava suavemente, outras são muito explosivas e existem as situações intermédias. Assim, os geólogos atribuem tipos eruptivos diferentes e função das características com que o vulcão manifesta a sua actividade vulcânica.
O estilo eruptivo de um vulcão depende, essencialmente, da composição química do magma, este, armazenado na câmara magmática, tende ao longo do tempo a enriquecer-se em sílica.
A sílica que permanece líquida a menor temperatura, aumenta a viscosidade ao magma, pelo que esta evolução conduz a uma maior dificuldade de libertação dos gases vulcânicos do interior do fluido o que faz crescer o caracter explosivo das erupções.
Ao longo de próximos tempos irão ser apresentados no Geocrusoe os vários tipos eruptivos, em terra ou subaéreas, por ordem crescente de explosividade, tendo sempre em conta que, tal como foi dito aqui, grandes intensidades, magnitudes e explosividades eruptivas são coisas diferentes e as suas escalas não coincidem com as escalas sísmicas de intensidade e magnitude.
7 comentários:
Grato pela explicação e pelas excelentes fotos.
eu acho a natureza fascinantes. vulcões em regiões próximas que tem características diferentes. parecem os filhos. beijos, pedrita
Confesso que não sabia dessas 3 escalas... :)
ao josé quintela
vai-se fazendo os que se pode...
à pedrita
pelo menos para os vulcanólogos temos um sentimento algo paternalista para com os vulcões que estudamos.
ao grifo
então os post relativos às escalas das erupções tinham-te passado ao lado? deve ter sido nalgum momento em que andavas menos na net
Não devo ter assimilado bem a informação... pois depois de os ver lembrei-me de os ler...
Já várias vezes participei neste blogue a alertar para a falta de precisão ou mesmo incorrecção com que o autor apresenta os temas.
Invariavelmente este post tem mais umas pérolas. Para não acharem que sou um "xico esperto" que só critica o trabalho deixo aqui as correcções sobre o assunto.
Ao invés do que o autor apresenta, são quatro as escalas, a saber:
ÍNDICE DE DESTRUIÇÃO que é o logaritmo da área coberta pela lava (rocha fundida), escoadas piroclásticas, surges ou tefra;
INTENSIDADE é a taxa de efusão (kg/s);
MAGNITUDE massa (o peso é na lua!! na terra é massa!) de material expelido pelo vulcão, expressa-se em Kg, e;
VEI (Volcanic Explosivity Index) ou IEV (Indice de Explosividade Vulcânica) é a classificação mais utilizada para descrever a dimensão de uma erupção e baseia_se na massa ejectada pelo vulcão ou volume do deposito.
De referir que esta classificação tem 8 graus e contempla o volume máximo de tefra e a altura da coluna eruptiva.
Se querem saber mais sobre o VEI consultem Newhall and Self, 1982
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/01/VEIfigure_en.svg (esquema do VEI)
Espero ter elucidado sobre o tema.
Cumprimentos,
João Fontiela
ao João Fontiela
Em primeiro lugar quero-lhe informar que é a primeira vez que encontro um comentário seu, provavelmente foram feitos outros sobre post passados e como não tinha activado o sistema de notificação (como agora) nunca os observei anteriormente. Por isso, para mim, este é primeiro comentário.
Relativamente às suas correcções tenho a referir 2 coisas:
Este blog pode ter algumas imperfeições científicas na terminologia, os post são feitos no momento e destinam-se ao grande público, as simplificações podem inadvertidamente conduzir a algum vocabulário ou frase menos precisa (o que não é intencional e quando detecto corrijo), todavia tenho a referir o seguinte:
A partir das suas informações há a adicionar o "índice de destruição", não referi no post que só existiam 3 escalas, mas confesso que nos livros que li, quando estudei e onde me baseei, não estava mencionada como escala "índice de destruição", mas considero um contributo positivo a sua informação.
ao nível da sua precisão de intensidade, eu menciono "massa libertada em gramas por segundo" no post de apresentação da escala, você vem precisar com: kg/s e "taxa de efusão", a primeira é 1 preciosismo do sistema de medidas a que um blog pessoal não está sujeitoe em nada altera a informação retirada de outro livro, a segunda é um preciosismo que em nada esclarece ao grande público menos habituado a termos técnicos.
Li o post sobre magnitude, não encontrei a palavra "peso" mas sim massa, mas pode estar inadvertidamente colocada, este é daqueles alunos que os professores mais alertam os alunos, talvez tenha sido por isso que tenha pessado nele, mas não está no post de magnitudes.
Mas como disse podem existir no texto outras imprecisões menores ainda.
Terminando, venha sempre, tem o meu e-mail no blog se quiser colaborar pessoalmente ou de modo delicado prestar algum contributo ou correcção. Não tenho preconceitos contra geólogos, nem este blog pretende entrar em guerrilhas com nenhuma facção. Quem vier por bem esteja em casa.
Obrigado
Carlos Faria
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