impressões de um geólogo amante de livros e música erudita que vive numa ilha vulcânica bela e cosmopolita
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
LiDAR - Uma técnica de avaliação de riscos geológicos
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Pico Nevado em tarde solarenga
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Arma Secreta - António Gedeão
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha recta
mais longe que os foguetões.
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de ergóis de furalina.
Erecta, na noite erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se AMOR, simplesmente.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Curiosidades: Marina da Horta
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
CURIOSIDADES: Motos na Horta
sábado, 15 de janeiro de 2011
Enxurradas no Rio e Movimentos de Massa nos Açores
As imagens das enxurradas e resgate no Estado do Rio de Janeiro comovem quem as vê, como geólogo que visitou Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e a Serra dos Órgãos, a comoção e a compreensão do que aconteceu aumenta.
Petrópolis é uma Sintra, cidade serrana com um palácio real ou imperial, cresceu perto da capital e tornou-se num centro cosmopolita de nobres. Teresópolis é uma cidade vizinha, o nome homenageia a mulher do imperador do palácio. Nova Friburgo foi uma colónia de emigrantes suíços mais a norte e na mesma cordilheira. Todas eram pequenas cidades com temperaturas mais amenas para europeus que as do Rio de Janeiro e estão cercadas por morros de grandes declives, cobertos de densa vegetação e cumes desnudados devido ao arraste do solo nas chuvas intensas. Pequenos burgos não muito distantes do Rio que a modernidade aproximou e a suas belezas transformaram-nos em pólos turísticos que atraíram muitas gente que ocuparam densamente margens de rios e morros num solo húmido, exposto a chuvas intensas e instável. A armadilha montou-se com o crescimento demográfico sem ordenamento territorial.
Vastas inundações como na Austrália, em zonas planas e de baixa densidade humana, são pouco mortíferas, as correntes não encontram tanta gente num curto espaço de tempo e a demora a atingir as cidades permite o aviso atempado das pessoas. Em regiões montanhosas densamente povoadas a subida das águas nos pontos de concentração é rápida, as correntes encontram muitas gente no trajeto, os solos dos declives perdem consistência, tornam-se lamas que escorrem e tudo arrastam e o tempo é escasso para alertas adequados à proteção das pessoas. Contra isto, havendo espaço, só há o ordenamento do território e retirada da ocupação humana dos locais de maiores riscos para viverem em zonas mais seguras, mas baixar o risco não é anulá-lo.
Os Açores têm zonas declivosas, períodos de chuvas intensas, sismos, ribeiras torrenciais e locais de maior risco de densidade urbana alta. A prevenção é a melhor via de evitar catástrofes, mesmo que as pessoas digam que há muito conhecem um local e não se lembram de ali ter ocorrido algo de grave, a memória das gentes é outra armadilha: raramente sobrevive um século e a terra tem 4600 milhões de anos, muito tempo para escolher quando decide atacar um local que reúna as condições para a catástrofe e a explosão demográfica torna-nos mais vulneráveis por favorecer a ocupação de locais inseguros.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
RECORDAR SOL DE INVERNO
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Júniores B do Fayal Sport Club - Campeões açorianos
domingo, 9 de janeiro de 2011
Universidade dos Açores - 35 Anos - Parabéns
Nenhum País ou Região se desenvolve sem a base do conhecimento, sem possuir uma elite bem alicerçada e onde o saber-fazer seja o motor do progresso de uma terra. O dinheiro e os recursos podem ser escassos, mas se houver capacidade de encontrar soluções um povo pode avançar, o inverso é inviável.
Nesta Universidade existem vários campos de investigação adequados à realidade dos Açores: oceanografia e pescas no centro de uma vasta área marítima; ciências agrárias em ilhas onde a pecuária e os lacticínios são um dos seus principais recursos; geologia e biologia, numa terra onde a ecologia e as crises sismovulcânicas necessitam de um acompanhamento permanente; economia numa região onde os constrangimentos obrigam a uma análise de pormenor para se conseguir ultrapassar as dificuldades; letras numa terra onde a cultura tem raízes e ramos frondosos, entre outras áreas do conhecimento. Um potencial para os Açores alimentado a partir desta casa
Nesta Universidade tirei o meu mestrado em vulcanologia e riscos geológicos, a ela continuo ligado e sempre disponível para com ela colaborar a favor das ciências da terra e dos Açores.
PARABÉNS UNIVERSIDADE DOS AÇORES
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
PRESÉPIOS 2011 - 3: Praia do Almoxarife
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
PRESÉPIOS 2011 - 2: Salão e Pedro Miguel
No Salão Henrique Escobar estrutura o seu presépio em anfiteatro virado para um espaço disponível ao visitante, se à primeira vista parece meramente tradicional, um olhar atento descobre que as representações de afloramentos rochosos foram substituídas por troncos e cascas de árvores, pelo que a lava quase não existe no presépio, o qual, apesar do seu aspecto recorre a um material bem menos comum neste tipo de representações.
Além da recordação da tradição, só para reparar o cuidado tido com as texturas das cascas de árvore para expressar diferentes tipos de rochas vale a pena visitar este presépio.
Na freguesia de Pedro Miguel, Carlos Bettencourt expõe um presépio tradicional, onde abundam pormenores sobre as actividades rurais mais comuns no passado.
Recorreu aos materiais tradicionais, nomeadamente numerosas figuras de porcelana com trajes típicos do país, sementes e verduras.
Em próximo post um presépio que mistura o tradicional e inovação situado noutra freguesia da zona leste do Faial.