"Noites Brancas" de Dostoievski é mais um conto do que uma novela, uma de muito menor extensão que os seus famosos romances e num estilo romântico muito diferente do realismo a que me habituara neste escritor. Todavia a luta psicológica típica do autor está presente no protagonista que é um sonhador extremo e que vive os os seus sonhos solitariamente.
Apesar das suas escassas 100 páginas, é uma obra tocante, passado no equinócio de verão de São Petersburgo, quando as noites são diminutas e a luz quase sempre presente, por isso denominadas brancas. Apenas quatro noites deste sonhador em que encontra uma mulher que se sente rejeitada da promessa de regresso do seu prometido e se apaixona por ela, mesmo assim o altruísmo do seu amor o leva a ajudar de forma a ela ser feliz em prejuízo da sua paixão, assim se desenrola um diálogo de um lirismo e despojamento extremo com um final simbólico do amor que se dá plenamente em favor da pessoa amada.
Muito romântico e uma lição de amor, um pequeno livro com uma enorme mensagem sobre o que é amar. Fácil leitura e acessível a qualquer pessoa. Altamente recomendável e um pérola literária.
3 comentários:
leu de forma breve realmente. há uns anos teve uma peça desse texto que quis muito ver, mas o livro ainda não li. já está anotado faz tempo para ler. tb falei de livro no meu blog. nunca li nada do klay. beijos, pedrita
Li-o há uns anos (é um dos muitos da fantástica "Colecção Livros de Bolso Europa-América", infelizmente já extinta) e gostei bastante.
Sou suspeito sobre Dostoiévski, mas gostei de tudo o que tenho lido dele, este é sem dúvida o mais sentimental, num romantismo saudável e moralizante.
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