Acabei de ler Jesusalém de Mia Couto, considerado uma das obras principais deste escritor, confesso que mergulhei num entusiasmo inicial que depois de meio foi esmorecendo.
Uma estória que leva a pensar se vale rompermos com o mundo para esquecermos as nossas culpas e desilusões geradas na nossa vida em sociedade, sobretudo a feridas abertas nas relações com os que nos estão mais próximos.
Na sua escrita cheia de neologismos provavelmente inventados no momento e outros regionalismos, com um estilo algo fantástico e enraizado nos mitos, cultura e ambiente africano, tem um início cheio de criatividade e de imagens escritas e de pensamento brilhante para depois ter uma passagem mais dolente que se vai compreendendo e me levou à reflexão sobre se é possível fugir às desilusões com o que tropeçamos e causamos com o nosso modo de viver.
Gostei, até por ter a dimensão suficiente e adequada para o género e ritmo do livro, uma medida que nem todos os escritores sabem usar.
1 comentário:
fiquei com muita vontade de ler esse, gosto desse autor e a sinopse é bem interessante. eu não li esse do hemingway q está mergulhando. beijos, pedrita
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