Torre Eiffel
A minh'Alma fugiu pela Torre Eiffel acima;
- A verdade é esta, não nos criemos mais ilusões -
Fugiu, mas foi apanhada pela antena da T.S.F.
Que a transmitiu pelo infinito em ondas hertzianas...
(Em todo o caso que belo fim para a minha Alma!...)
Mário Sá-Carneiro, Paris, 1915
2 comentários:
É bom relembrar a poesia do nosso Mário de Sá-Carneiro, poeta de uma
sensibilidade complexa, atraída pelo mistério e pelo medo, e, sempre fascinado por temas como a loucura e o suicídio, vindo a suicidar-se a 26 de Abril de 1916, depois de uma vida de boémia entre Lisboa e Paris.
Pois a sua poesia torna-se estranha pela forma como fala ou brinca sobre a morte e loucura e esta vida louca.
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