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terça-feira, 6 de outubro de 2009

UMA LIÇÃO DE ALBERTO CAEIRO

Imagem de Lilly M tirada daqui

Quem me dera que eu fosse o pó da estrada
E que os pés dos pobres me estivessem pisando...

Quem me dera que eu fosse os rios que correm
E que as lavadeiras estivessem à minha beira...

Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio
E tivesse só o céu por cima e a água por baixo...

Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro
E que ele me batesse e me estimasse...

Antes isso que ser o que atravessa a vida
Olhando para trás de si e tendo pena...

4 comentários:

Pedrita disse...

que lindo e adorei a foto. beijos, pedrita

Carlos Faria disse...

Contudo os dois últimos versos são uma importante mensagem para a vida

Maria Fernanda disse...

Infelizmente, a estima falha muito nas relações entre as pessoas. O modo de vida dos últimos anos promoveu o individualismo.

Bom fim de semana

Carlos Faria disse...

Mas penso que compete às pessoas mudarem isso, as relações humanas dependem sobretudo de cada um e não de terceiros.