Ao nível dos riscos geológicos, uma das perguntas mais frequente que me fazem prende-se com as diferentes escalas com que os meios de comunicação social descrevem a dimensão dos sismos.
Em primeiro lugar importa saber que os sismos tectónicos correspondem aos efeitos de movimentos bruscos que por norma ocorrem ao longo das falhas geológicas, próximo da superfície da Terra, mais frequentemente junto dos limites das Placas Tectónicas, tal como acontece nos Açores, Portugal Continental e também em parte na Madeira.
No momento da ocorrência do sismo liberta-se muita energia e a descrição das dimensão dos sismos tende a seguir dois tipos de escalas:
Em primeiro lugar importa saber que os sismos tectónicos correspondem aos efeitos de movimentos bruscos que por norma ocorrem ao longo das falhas geológicas, próximo da superfície da Terra, mais frequentemente junto dos limites das Placas Tectónicas, tal como acontece nos Açores, Portugal Continental e também em parte na Madeira.
No momento da ocorrência do sismo liberta-se muita energia e a descrição das dimensão dos sismos tende a seguir dois tipos de escalas:
Escalas de intensidade, que procuram descrever os efeitos e o modo como o homem sentiu sismo nos vários locais em torno do fenómeno. São qualitativas, ou seja, cada grau é representado por um número romano e corresponde a um conjunto de efeitos. Assim o grau do sismo varia de local para local, em função da distância superficial ao fenómeno ocorrido - epicentro -, onde por norma se verifica a intensidade máxima. Neste tipo a escala, a mais conhecida é a de Mercalli.
Escalas de Magnitude - Procuram quantificar a energia que se libertou durante o sismo no local onde ocorreu em movimento no planeta Terra, a maior ou menor profundidade - hipocentro - embora existam variações de pormenor, o grau é descrito por um algarismo árabe, com pelo menos uma casa decimal e é único para um dado sismo e não varia com o local da medição, pois resulta de uma fórmula matemática que é independente do modo como as pessoas sentiram o sismo, a escala mais conhecida deste tipo é a de Richter.
Por ser a mais fácil vou começar por apresentar a escala de Mercalli que tem XII graus:
Grau | Descrição |
---|---|
I. Muito fraco | Nenhum movimento é percebido. |
II. Fraco | Algumas pessoas podem sentir o movimento se estiverem em repouso e/ou em andares elevados de edifícios. |
III. Leve | Diversas pessoas sentem um movimento leve no interior de prédios. Os objectos suspensos mexem-se. No exterior, no entanto, nada se sente. |
IV. Moderado | No interior de prédios, a maior parte das pessoas sentem o movimento. Os objectos suspensos mexem-se, e também as janelas, pratos, armação de portas. |
V. Bastante moderado | A maior parte das pessoas sente o movimento. As pessoas adormecidas acordam. As portas fazem barulho, os pratos partem-se, os quadros mexem-se, os objectos pequenos deslocam-se, as árvores oscilam, os líquidos podem transbordar de recipientes abertos. |
VI. Forte | O terramoto é sentido por todas as pessoas. As pessoas caminham com dificuldade, os objectos e quadros caem, o revestimento dos muros pode rachar, as árvores e os arbustos são sacudidos. Danos leves podem acontecer em imóveis mal construídos, mas nenhum dano estrutural. |
VII. Muito forte | As pessoas têm dificuldade de se manter em pé, os condutores sentem os seus carros sacudirem, alguns prédios podem desmoronar. Tijolos podem desprender-se dos imóveis. Os danos são moderados em prédios bem construídos, mas podem ser importantes no resto. |
VIII. Destrutivo | Os condutores têm dificuldade em conduzir, casas com fundações fracas tremem, grandes estruturas como chaminés e prédios podem torcer e quebrar. Prédios bem construídos sofrem danos leves, contrariamente aos outros, que sofrem danos severos. Os ramos das árvores partem-se, as colinas podem abrir fendas se a terra estiver úmida e o nível de água nos poços artesianos pode modificar-se. |
IX. Ruinoso | Todos os edifícios sofrem grandes danos. As casas sem alicerces deslocam-se. Algumas canalizações subterrâneas quebram-se, a terra abre fendas. |
X. Desastroso | A maior parte dos prédios e suas fundações são destruídos, assim como algumas pontes. As barragens são significativamente danificadas. A água é desviada de seu leito, largas fendas aparecem no solo, as linhas de comboio entortam. |
XI. Muito desastroso | Grande parte das construções desabam, as pontes e as canalizações subterrâneas são destruídas. |
XII. Catastrófico | Quase tudo é destruído. O solo ondula. Rochas podem deslocar-se. |
(Fonte do quadro: Wikipédia)
Por norma chama-se terramoto aos sismos que num dado local atinjam o Grau VII ou mais da escala de Mercalli.
Também como é qualitativa e muitas vezes as pessoas descrevem o sismo cheias de emoção, por vezes se diz que um sismo num dado local se situou entre dois graus diferentes, como por exemplo, de V a VI.
Porque a tipologia e qualidade das construções vão evoluindo com os conhecimentos, houve a necessidade de fazer correcções descritivas em função desses dados, por isso, muitas vezes se diz escala de Mercalli Modificada, tendo uma das adaptações mais significativas sido feita em 1956, e por isso abreviadamente aparece escrito como MM56.
Na Europa procedeu-se a uma adaptação muito mais recente, que envolveu a colaboração de muitos cientistas deste continente e resultou numa escala de intensidades que cada vez é mais citada nos Açores, Portugal e outros países da União Europeia que apresentarei proximamente.
Por norma chama-se terramoto aos sismos que num dado local atinjam o Grau VII ou mais da escala de Mercalli.
Também como é qualitativa e muitas vezes as pessoas descrevem o sismo cheias de emoção, por vezes se diz que um sismo num dado local se situou entre dois graus diferentes, como por exemplo, de V a VI.
Porque a tipologia e qualidade das construções vão evoluindo com os conhecimentos, houve a necessidade de fazer correcções descritivas em função desses dados, por isso, muitas vezes se diz escala de Mercalli Modificada, tendo uma das adaptações mais significativas sido feita em 1956, e por isso abreviadamente aparece escrito como MM56.
Na Europa procedeu-se a uma adaptação muito mais recente, que envolveu a colaboração de muitos cientistas deste continente e resultou numa escala de intensidades que cada vez é mais citada nos Açores, Portugal e outros países da União Europeia que apresentarei proximamente.
2 comentários:
Sabes que mais? essa coisa de 1º aniversário, parece-me que te deves ter enganado nas contas. Lembro-me como se fosse ontem :)
A cor, para mim, está perfeita.
Eu sei que para ti e os teus conterrâneos, a divulgação dos eventos locais pode ser mais interessante. Mas eu gostaria muito mais se transmitisses os teus conhecimentos de melómano. (Este pode ficar na caixa dos pedidos)
Entretanto, aguardo ansiosamente notícias sobre a nova escala sísmica.
Bem, se tens mesmo a certeza, então parabéns pela persistência, pela paciência e por conseguires manter o nível, o bom ambiente, neste espaço.
Ah! E quando passas por cá? O Filipe diz que tem saudades. (Ele anda numa onda de saudades de tudo quanto vive rodeado de mar, coitado)
à ana rita
achei estranho não teres comentado o aniversário, aliás, devido ao messenger, fostes a primeira pessoa a visitar o blog, a testar a caixa dos comentários, ou seja, quem assistiu ao nascimento do geocrusoe e como só se conseguistes comentar no dia 3 de Março, o aniversário durou 2 dias.
Quanto a música, espreita calmamente o link no meu blog "guia da música clássica" e terás muito por explorar, conhecer e quiçá ter acesso a eventos que por aí acontecem... sobre opera tens o link opera per tutti.
Eu também tenho saudades de ver o Filipe e daquelas amenas cavaqueiras, mas deixar as ilhas não ia ser só vantagens...
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