Acabei de ler um livro policial nórdico da sueca Camilla Läckberg, uma autora de suspense suave que contrasta com outros escritores violentos da Escandinávia: "Gritos do Passado", onde se mistura investigação de crimes a partir de uma esquadra e o ambiente familiar dos protagonista. Este é o segundo romance da autora que leio e a história decorre, como parece ser o seu cenário habitual, na sua pequena cidade natal, turística e costeira Fjällbacka e com a investigação pelo casal formado pelo polícia Patrick e sua esposa Erica.
No presente caso, uma criança encontra um corpo de uma jovem numa cavidade que se vem a descobrir estar junto dos esqueletos de duas desaparecidas há mais de duas décadas atrás, entretanto, uma outra jovem desaparece na cidade e tudo aponta para ser um crime perpetrado por membros de uma família local que mistura elementos de fanatismo religioso e outros de delinquência, mas onde o suspeito do passado entretanto morreu e os parentes atuais vivem numa rivalidade de acusações e defesa que tudo baralha, paralelamente as novas tecnologia de ADN também vêm lançar novas confusões. Entretanto Erica está grávida e o calor de verão e hóspedes oportunistas vêm perturbar os raciocínios do casal numa toada onde alguns mais velhos não são bons cooperantes na investigação.
Bem escrito, num tom um pouco intimista que mistura trabalho e sentimentos familiares e com colegas laborais, o livro começa num ritmo lento para depois a tensão aumentar com o decorrer da história e acelerar. Gostei, embora sem o brilhantismo dos grandes génios do policial é uma leitura relaxante, em ambiente quase provinciano e sem levantar perturbações no leitor.
3 comentários:
ando com vontade de ler livros policiais, mas acabo indo pra outras obras. eu tb li um livro essa semana e comentei no meu blog. nunca li nada dessa autora, fiquei curiosa. beijos, pedrita
http://mataharie007.blogspot.com/2021/05/a-bastarda.html
Carlos tenho que dizer que o seu blog é uma das influências que está me fazendo ler mais livros policiais. Ainda que ainda não li muito autores que você leu. Essas resenhas acabam me incentivando a ler os que já tenho do gênero.
Kelly
Eu quando de criança a adolescente comecei a ler livros de aventuras, sobretudo Enid Blyton e depois Emilio Salgary, na juventude a leitura passou a ser essencialmente de policiais, eram baratos e havia um grupo entre nós no liceu com quem trocávamos os nossos livros, só a seguir entrei na literatura reconhecida pelo mundo culto e levei anos nesta realidade. Acontece que a octogenária minha mãe gosta de policiais e comprei muitos para ela, neste momento em que ela ficou retida em cadeira de rodas e eu tenho de me dedicar a cuidar dela quase sempre nos meus tempos livros, preciso de obras relaxantes, se não entro em depressão, por isso vai surgir aqui uma série de policiais que lhe havia comprado e quase todos pouco violentos e de "bons costumes" que é o gosto dela.
Enviar um comentário