Terminei a leitura do romance de suspense e policial "A verdade sobre o caso Harry Quebert" do suíço francófono Joël Dickers. Um livro vencedor de numerosos prémios literários: Prix de la Vocation Bleustein-Blanchet, o Grande Prémio do Romance da Academia Francesa, o Prémio Goncourt des Lycéens e o prémio da revista Lire para Melhor Romance em língua francesa. Na generalidade está-se perante uma obra essencialmente de entretimento, mas com uma trama bem elaborada, uma escrita literária cuidada além da investigação criminal. Em paralelo mostra a pressão que por questões de mercado o mundo editorial atual exerce sobre os escritores, as angústias do autor e as táticas de promoção em que estes se veem embrulhados por quem coloca os livros no mercado. Assim, estamos perante um livro que discute as angústias dos escritores com obras de sucesso.
Em 1975 Nola é vista a ser perseguida e pouco depois dá-se o homicídio da testemunha e o desaparecimento da moça. Mais de trinta anos depois Marcus, um jovem escritor cuja primeira obra foi um sucesso que se atolou no gozo da fama, sente-se sem inspiração e é pressionado pelo editor pela obrigação de fazer um segundo livro. Decide socorrer-se do seu antigo professor, Harry Quebert, que já teve uma obra de sucesso e o ensinou a ser autor, mas de repente algo leva a que o seu mentor se torne suspeito de ser o criminoso de Nola. Parte então para a cidade de Aurora para demonstrar a inocência do seu amigo, mas o caso não é simples: uma antiga relação amorosa com uma menor, o envolvimento de um grandes empresário, provas contraditórias que apontam para Harry, além de muitas feridas de relações de ódios e ciúme antigos e investigações policiais viciadas complicam tudo. Em paralelo a comunicação social propaga estes escândalos a todos os Estados Unidos. Marcus vê-se com a ajuda de um polícia estadual numa sucessão de descobertas chocantes e reviravoltas que nos vão surpreendendo até ao final do romance, enquanto a editora quer o máximo proveito da situação com a exposição pública de Marcus só sanável com o cumprimento contratual de escrita de um livro que deverá explicar toda a verdade e descobertas. A pressão da investigação e da publicação cruzam-se num universo de escritores modelos que também são capazes de atos condenáveis.
A obra deixa-nos quase sempre em suspense e a ser surpreendido até ao fim e apesar do género policial está cuidadosamente escrita e pontuada com numerosas reflexões sobre a escrita literária e as ambições editoriais que desrespeitam a arte e o interesse público. Fácil leitura e recomendo a qualquer tipo de leitor.
Em 1975 Nola é vista a ser perseguida e pouco depois dá-se o homicídio da testemunha e o desaparecimento da moça. Mais de trinta anos depois Marcus, um jovem escritor cuja primeira obra foi um sucesso que se atolou no gozo da fama, sente-se sem inspiração e é pressionado pelo editor pela obrigação de fazer um segundo livro. Decide socorrer-se do seu antigo professor, Harry Quebert, que já teve uma obra de sucesso e o ensinou a ser autor, mas de repente algo leva a que o seu mentor se torne suspeito de ser o criminoso de Nola. Parte então para a cidade de Aurora para demonstrar a inocência do seu amigo, mas o caso não é simples: uma antiga relação amorosa com uma menor, o envolvimento de um grandes empresário, provas contraditórias que apontam para Harry, além de muitas feridas de relações de ódios e ciúme antigos e investigações policiais viciadas complicam tudo. Em paralelo a comunicação social propaga estes escândalos a todos os Estados Unidos. Marcus vê-se com a ajuda de um polícia estadual numa sucessão de descobertas chocantes e reviravoltas que nos vão surpreendendo até ao final do romance, enquanto a editora quer o máximo proveito da situação com a exposição pública de Marcus só sanável com o cumprimento contratual de escrita de um livro que deverá explicar toda a verdade e descobertas. A pressão da investigação e da publicação cruzam-se num universo de escritores modelos que também são capazes de atos condenáveis.
A obra deixa-nos quase sempre em suspense e a ser surpreendido até ao fim e apesar do género policial está cuidadosamente escrita e pontuada com numerosas reflexões sobre a escrita literária e as ambições editoriais que desrespeitam a arte e o interesse público. Fácil leitura e recomendo a qualquer tipo de leitor.
4 comentários:
ah, a editora q publicou obras desse autor no brasil promove mensalmente sorteios e eu participo de todos. e já peguei uns livros dele nas mãos. q maravilha q agora vou ter uma opinião sua. maravilha, vou atrás de uma das obras dele. obrigada. beijos, pedrita
é um policial de muito suspense e surpresa, bem escrito, daí os prémios e não perde o seu cariz de ser uma obra sobretudo de entretenimento.
finalmente li. genial! sim, é muito bom. e realmente a parte editorial, da construção de livros, da pressão por publicação e sendo precipitada. muito inteligente. ótima resenha.
No género de suspense e investigação é de facto um livro muito bom
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