Acabei de ler o romance "Memórias Póstumas de Brás Cubas" de Machado de Assis, o escritor brasileiro que para a mesma época se encontra em termos de importância ao nível de Eça de Queirós.
Na estrutura é um romance autobiográfico em estilo de memórias pessoais de Brás Cubas com a originalidade literária deste as escrever após a sua morte, embora sem referências à sua vida no além. Em termos de estilo e forma, apesar de anterior em cerca de 20 anos, este romance tem uma construção semelhante ao "Dom Casmurro" do mesmo autor já postado neste blogue, diferindo pelo seu maior distanciamento ao mundo religioso, maior proximidade à realidade política e pelo facto de agora o protagonista não ser a vítima de traições mas sim assumir o papel oposto.
Um romance cheio de ironia e humor, brilhantemente escrito, com retratos e algumas reflexões sobre o estilo de vida na cidade do Rio de Janeiro no último quartel do século XIX, cujo texto se presta sobretudo ao prazer e entretimento suave do leitor. Gostei, mas não tem a riqueza e a imaginação criativa e de análise do comportamento humano de "O alienista".
O livro prossegue com outro romance de Machado de Assis: "Quincas Borba", personagem que já aparece em "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e que agora penso descobrir nesta obra escrita 10 anos mais tarde.
5 comentários:
confesso que achei estranha a capa. esse livro é muito divertido. por isso estranhei a capa. tem um filme com reginaldo farias como brás cubas que é uma delícia tb. beijos, pedrita
Pois, como não li o segundo romance não sei, mas até agora a capa é demasiado séria para um livro de entretimento.
Sim, também acho a mesma coisa que a Pedrita escreveu.Li o livro e Eu adoro o filme que vi tres vezes....
Respondi ao seu cometário no meu blog.
O filme nunca ouvi falar dele ter passado nos cinemas ou TV em Portugal.
Já percebi a capa: chama-se o retrato de Sofia, embora seja uma obra de um pintor brasileiro do século XX, há um retrato de Sofia em Quincas Borba.
Enviar um comentário