"Memória das minhas putas tristes" é o último romance que Gabriel García Marquez escreveu. Um exame de consciência na velhice feito na velhice com uma reflexão sobre se aproveitou a vida. O protagonista no dia dos seus 90 anos decide oferecer a si mais uma noite de sexo com uma mulher jovem, mesmo demasiado nova, e descobre que nunca é tarde para se apaixonar e amar, desde que o seu corpo e mente o permitam.
Num tom ora com a nostalgia do tempo ido, ora com a amargura do tempo desperdiçado, ora com a ânsia de recuperar ainda o tempo perdido, mas sempre com uma ternura triste temperada com ironia e humor, é uma obra do ocaso da vida de Gabriel García Marquez, sem a pujança e o maravilhoso dos "Cem anos de solidão" ou a paixão do "Amor em tempo de cólera", mas sente-se que lhe sobreviveu o estilo e a vontade de continuar a escrita, contudo chegara a hora de concluir uma carreira brilhante.
Pequeno, agradável, agridoce, divertido, nostálgico e num estilo característico do escritor, é um beijo ou um abraço de despedida de Gabriel Garcia Marquez que sabe bem aos seus admiradores, mas deixa aquele amargo de fim de carreira e aquele prazer de que ainda teve o cuidado de nos dizer a tempo um Adeus.
3 comentários:
Quando comecei a ler senti a obra do Kawabata "A CASA DAS BELAS ADORMECIDAS"...
Como não li a obra que refere, pelo menos estava impossibilitado dessa sensação.
ou desde que a imaginação permita. é muito bonito mesmo. eu falei do autor no meu blog. bem diferente da capa aqui no brasil. aqui é um senhor de cabelos brancos andando de costas. e os tons laterais e das letras são laranja. beijos, pedrita
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