Neste livro Albert Cossery, escritor egípcio de língua francesa, através de um conjunto de cinco contos apresenta-nos personagens que sobrevivem na miséria, comunidades enraizadas na pobreza, pessoas marginais da sociedade e habituadas à situação que, embora sem a compreender, nalguns casos quase que a aceitam como que uma fatalidade e não a questionam, noutras, como que ficam imobilizadas pelo estatuto de proscrito e o cultivam ou então esboçam os primeiros passos e sonhos para a ultrapassar.
Cossery, numa linguagem que sem ser agressiva não deixa de ser dura e crítica, através da ironia, do sarcasmo e de um absurdo não kafkiano desta árdua realidade torna o peso da miséria ubíquo ao longo do texto, mas cria uma relação original com o leitor perante situação relatada.
Rico mesmo nos seus contos é a qualidade e o estilo da escrita, uma descoberta muito interessante que dá para compreender por que veio a receber o grande prémio da francofonia pela qualidade da sua obra. Cossery é sem dúvida um escritor que merece ser conhecido.
Rico mesmo nos seus contos é a qualidade e o estilo da escrita, uma descoberta muito interessante que dá para compreender por que veio a receber o grande prémio da francofonia pela qualidade da sua obra. Cossery é sem dúvida um escritor que merece ser conhecido.
2 comentários:
fiquei com vontade de ler. beijos, pedrita
Vale a pena...
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