Em memória daquela madrugada em que fúrias vindas das entranhas da terra fustigaram a nossa gente e quase não deixaram pedra sobre pedra das nossas casas.
Ribeirinha e Chã da Cruz, hoje reordenadas e reconstruídas
O sismo de 9 de Julho de 1998 despojou-nos dos nossos bens, levou-nos amigos, colocou-nos à mercê da solidariedade humana, mas não nos matou a vontade de ir em frente, nem o amor pela nossa terra.
Cruz e Canto dos Espalhafatos reerguidos do mesmo chão
Insistimos, de cabeça erguida, aqui continuar a viver, de mangas arregaçadas, neste canto arrumámos as nossas ruas e tudo ficou diferente, mas continua a ser a nossa Terra.
Nova urbanização deslocalizada no Alto dos Espalhafatos
Hoje as crianças voltaram a brincar despreocupadas nas nossas ruas e parques, sem memórias do terror de uma madrugada que hoje completa 12 anos e esperemos que as suas vidas assim continue por muitas gerações de filhos desta freguesia da Ribeirinha.
4 comentários:
Nesse mesmo dia, há 29 anos, também fui assolado por um "terramoto": morreu o meu pai com quem eu contava ainda ter tanto para aprender.
@ Carlos Oliveira
Pois mais um elemento para adicionar às más memórias da data, mas nos Açores houve ainda outro terramoto a 9 de Julho, mais precisamente em 1757 na ilha de São Jorge, talvez o mais devastador e energético desde a descoberta do arquipélago.
Caro amigo:
O Blog Geopedrados publicou referência a este post e ao sismo...
@ Fernando
Eu já havia passado pelo geopedrados em silêncio, foi com gosto que vi a referência e tem toda a liberdade de de usar material daqui quando o desejar.
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