No início deste fim-de-semana os ribeirinhenses são chamados mais uma vez a se pronunciarem se pretendem uma nova igreja paroquial no novo centro da sua localidade e se estão dispostos a abraçar a causa ou se esperam que alguém lhes oferte um templo tipo "chave na mão" e claro... arriscam-se a nada ter.
Entretanto e independentemente da decisão do povo desta localidade, a pergunta em título é mais abrangente, pois o imóvel na foto não é apenas uma ruína desta freguesia deixada pelo sismo de 9 de Julho de 1998, é um testemunho da reconstrução do sismo de 31 de Agosto de 1926, é agora património de todos os ribeirinhenses, faialenses ou açorianos e a pergunta repete-se...
Que fazer com este templo?
Alguém sabe a resposta adequada e como a pôr em prática?
Entretanto e independentemente da decisão do povo desta localidade, a pergunta em título é mais abrangente, pois o imóvel na foto não é apenas uma ruína desta freguesia deixada pelo sismo de 9 de Julho de 1998, é um testemunho da reconstrução do sismo de 31 de Agosto de 1926, é agora património de todos os ribeirinhenses, faialenses ou açorianos e a pergunta repete-se...
Que fazer com este templo?
Alguém sabe a resposta adequada e como a pôr em prática?
17 comentários:
A resposta nao a sei, mas lembro-me perfeitamente de rondar essas ruinas, feitas agora ninho de pombas.
Sei que gostaria de ver esse templo reconstruido, mas esse sou eu que nao sou da Ribeirinha e nao conheco as suas gentes.
Abraco
pertinente sem duvida, o que fazer com esse eu ate tenho uma ideia, quanto a um novo ja tenho asminhas duvidas que seja para existir.
Se a primeira "investida", tivesse tido em conta a pequenez da Freguesia talvez ja estivesse em andamento a obra, mas neste momento com dinheiro que nao se tem empatado em projectos impossiveis, será que vale a pena começar tudo de novo???.
Oxalá que o S. Mateus um dia tenha casa novamente, é o desejo de um Ribeirinhense que tem estado sempre cá.
Caro Geocrusoe
Embora sejamos do continente, aqui deixamos uma simples sugestão.
Recontruir o templo, aproveitando a fachada, ou fazendo-a de raiz, mas mantendo os traços arquitectónicos, para que a memória permaneça viva.
Abraço cinéfilo
e bom fim-de-semana
Paula e Rui Lima
Parece-me obrigatório que se faça a recuperação integral deste templo, ainda que se entenda dar-lhe outra utilização diferente da que teve antes da ruina em que está transformado e independentemente de se construir um edifício de culto religioso noutro local da Ribeirinha. As entidades ligadas à Cultura têm de ser chamadas a intervir e a população da Riberinha não pode deixar morrer este processo. Façam-se abaixo-assinados, promova-se a discussão, utilizem-se as velhas e as novas tecnologias da comunicação para manter viva esta questão, até que finalmente quem de direito perceba a necessidade de fazer alguma coisa.
Renata
Olá!
A minha opinião é que devia ser mantida a fachada, tal como está sendo feito nos Flamengos, com as casas junto à Ribeira.
ao melões
a reconstrução do imóvel tornou inviável com o reordenamento da freguesia que tornou esta implantação desenquadrada da actual malha urbana devido ao abandono das zonas de risco geológico, todavia reforçar a estrutura e reabilitá-la pode ser uma possibilidade.
ao jcarlos
tornar os 2 processos separados, a nova igreja e as ruínas da antiga igreja, pode ser uma forma de viabilizar dois projectos. não vale a pena lamentar sobre erros que alguém cometeu no processo de construção da nova casa de São Mateus, boas intenções certamente houve, agora há que voltar para o caminho certo, arregaçar as mangas e ir em frente. tudo isto sem falar do farol que é um terceiro problema
à renata
não sei se será possível a recuperação integral, mas reforçar parte da estrutura, possivelmente criar alguns espaços úteis um misto entre a igreja de São Paulo em Macau e a kaiser-wilhelm gedächtniskirche em Berlim, um memorial ao sismo, um marco turístico ou mesmo um espaço de cultura, quiçá. mas útil e não em degradação contínua.
à nanda
parcialmente é aquilo que disse, mas para isso falta pressão da população faialense sobre essa possibilidade.
Não sei responder à tua pergunta, nem tão pouco sei dizer se a fachada é tão bela como a foto demonstra. Uma coisa é certa, a arquitectura parece-me ser única nos Açores. Sem dúvida que há que restaurar esse templo.
Não conheço, mas parece-me um exemplar único - mesmo no estilo do Faial- por isso acho que deve-se fazer os possíveis por manter a fachada.
Se o regresso ao culto não é viável, pode ter outros fins. Cultural é uma solução bastante viável, mas não deve ser descartada uma solução comercial. Pela europa fora, há restaurantes, bares, lojas, galerias, teatros, etc brutais em antigos templos ou em edificios similares.
Uma coisa é certa há muito potêncial ai!
Haja Saúde
Pois se o regresso ao culto não for possível porque não um espaço cultural. Pela foto a destruição foi bastante forte mas porque não um espaço para música ? Eu sei ... é uma opinião "biased".
http://grifonia.blogspot.com/2009/01/desafio.html
tens um desafio... não sei se gostas... até pela temática do blog... mas fica aqui na mesma
ao desambientado
sou suspeito, mas para mim a fachada era ainda mais bela que a foto da sua ruína consegue mostrar. representa uma obra de reconstrução religiosa do templo que foi fortemente danificado pelo sismo de 31 de agosto de 1926, cuja fachada foi totalmente feita de raíz.
ao tibério dinis
havia 3 templos com o mesmo tipo de arquitectura no Faial: ribeirinha, pedro miguel e flamengos, que foram reconstruídos na década de 20/30 do século XX devido ao sismo acima referido, esta tem miniaturas da fachada principal nas platibandas que a tornam única.
ao fernando vasconcelos
do sismo de 9 de julho de 1998 sobrou quase exclusivamente a fachada e a torre... talvez um espaço cultural no seu interior mais semelhante às ruínas do carmo, desde que o que presentemente existe seja estruturalmente refoçado e consolidado para preservar... poderia ser parcialmente rentabilizado como local de visitas turísticas da ilha.
ao grifo
vou ver o desafio e depois digo qualquer coisa...
Será testemunho de 1926 e é também de 1998 (como está ou recuperado). O importante é que seja um incremento na revitalização de uma zona (que não será a única) de inegável peso histórico e identitário na freguesia e para a qual foi decretada a proscrição.
Sendo a freguesia mais afectada, em proporção, pelo sismo de 1998, seria adequado intervir não só neste imóvel como no espaço e contexto envolventes. Não como memorial, seja da tragédia, seja da intervenção estatal que se lhe sucedeu, mas como elemento humanizador de um local presentemente descaracterizado e quase fantasmagórico, qual cenário de filme. Sendo suspeito para falar no assunto, é porém com muito gosto que o faço.
ao césar
subscrevo totalmente o que dissestes e participa sempre que quiseres em prol desta freguesia ou de outro assunto que achares por bem intervir, é da discussão que nascem as ideias que fomentam as pessoas a pô-las em prática.
Independentemente da reconstrução total da Igreja, este frontespicio não pode ir abaixo pelo que ele tem de arquitectura, cultura e sentimentos.
Que se aplique a ideia do Memorial em construção nos Flamengos, mas preservando rigorosamente a traça original (o que infelizmente não está acontecendo nos Flamengos por insensiblidade do Arquitecto e imcompetência dos pedreiros!)
Mais não seja o preservar as suas ruinas, mas esta frente da Igreja de São Mateus não pode desaparecer!
Seria criminoso, em minha opinião.
Que se sensibilize os habitantes da ridente freguesia e faialenses em geral.
Olha os nossos "ricos" deputados nomeados para zelar pelos anseios das populações.
O Governo Regional tem de ser envolvido nestas questões.
Elas são a preservação da memória dos povos.
E um povo que não tem memória, não sabe de onde, vem nem para onde vai!
E não digam q ñ há dinheiro!
Para o que querem há sempre!
ao periquito
o objectivo deste post foi começar a despertar conciências, o desafio está lançado, quem conhece o sítio, ou o viu pelas fotos, chamou à atenção o seu valor, os ribeirinhenses e faialenses que se pronunciaram mostraram-se interessados... são os primeiros passos de uma caminhada para alcançar o objectivo subjacente à mensagem. por isso julgo que se vai no bom sentido.
Tendo em conta que a freguesia da Ribeirinha vai ter, ao que tudo indica, um novo templo para o culto religioso, em substituição da igreja destruida pelo sismo de 1998, creio que seria importante preservar a memória da referida igreja, quer pelas características arquitectónicas, quer pelo testemunho material do sismo de 1998 que ela representa. Exactamente por ser uma das cicatrizes deixadas por este sismo, tal como o farol da ribeirnha, acho que seria importante mantê-la exactamente como está, consolidando-a estruturalmente, dotando-a de iluminação cénica e talvez criando um equipamento pré-fabricado de lazer que permita a população usufruir daquele espaço como um espaço de lazer ou para actividades lúdicas. Gostaria de relembrar que eventos catastróficos como os que são os sismos e os vulcões deixam sempre algumas cicatrizes nas comunidades onde ocorrem. Cicatrizes essas que cada vez desaparecem mais rapidamente, e ainda bem que assim é, mas considero essencial que se deixem alguns memoriais aos mesmos, de forma a aprendermos a conviver com essa inevitabilidade que é a de viver numa ilha com forças tão poderosas que ciclicamente provoca momentos de angústia nas populações.
Por estas razões é que não concordo com a recuperação integral da antiga igreja, mas sim fazer-se o mesmo que se fez ao farol dos capelinhos, mas sem o centro de interpretação que lá fizeram.
ao lmjv
pelo menos foi tomada a decisão de efectivamente se construir um templo na reunião do passado dia 30, embora à escala das necessidades locais e com custos suportáveis pela comunidade em vez do idealizado inicialmente.
Esta decisão torna separado os dois processos, pois a versão anterior da nova igreja incorporava estruturas da antiga, agora talvez tal não aconteça.
Claro que quem tem visto as minhas intervenções nestes comentários se apercebeu que não sou apologista de uma recuperação integral, mas sim de uma intervenção que torne aquele espaço conservado e possivelmente com alguma utilidade.
Recordo a intervenção do César para se ter em atenção a realidade da envolvente que também precisa de ser intervencionada e reabilitada.
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