A intensidade de uma erupção, contrariamente às escalas de itensidade sísmica, não representam uma avaliação qualitativa de estragos, mas sim a quantidade de massa, sobretudo lava e cinzas, embora também se devam quantificar os gases, que sai pelas bocas de um vulcão por segundo.
Cratera do vulcão Puu Oo com um lago de lava, num momento de muito baixa intensidade eruptiva - imagem daqui
Assim, à semelhança de um rio, onde é possível deduzir o caudal numa dada secção do seu percurso ou na foz, cuja quantidade é expressa em litros por segundo, ou noutras unidades de volume/tempo; na intensidade do vulcão tenta-se estimar os quilogramas libertados por segundo pelas suas chaminés. Quanto mais é ejectado por unidade de tempo, mais intenso é a erupção.
A escala de intensidade tem a vantagem de ser aplicável à erupções efusivas, medindo o caudal das escoadas de lava e gases saídos das bocas do vulcão, ou explosivas, a quantidade de cinzas, piroclastos e vapores libertados da chaminé.
Os valores mais baixos estão pouco associados a actividade explosiva, enquanto os mais elevados estão menos relacionados com actividade efusiva, mas não é condição obrigatória.
A escala de intensidade tem a vantagem de ser aplicável à erupções efusivas, medindo o caudal das escoadas de lava e gases saídos das bocas do vulcão, ou explosivas, a quantidade de cinzas, piroclastos e vapores libertados da chaminé.
Os valores mais baixos estão pouco associados a actividade explosiva, enquanto os mais elevados estão menos relacionados com actividade efusiva, mas não é condição obrigatória.
Grandes volumes de lava em emissão pelo vulcão Mauna Loa no Havai, um momento de elevada intensidade eruptiva - imagem daqui
Na escala de intensidade, atribui-se o grau igual à potência de base 10 representativa do número de gramas de massa libertados por segundo, ou seja numa linguagem simples, o número de zeros necessários para representar a grandeza de massa libertada em gramas por segundo.
Para valores abaixo de 3 é demasiado pequena a erupção para ser notícia, assim podemos resumidamente começar em 3.
- Intensidade 3, o vulcão liberta 1000 (3 zeros) g de massa por segundo, ou 1 quilograma por segundo;
- Intensidade 4, o vulcão liberta 10.000(4 zeros) g/s, ou 10 kg/s;
Para valores abaixo de 3 é demasiado pequena a erupção para ser notícia, assim podemos resumidamente começar em 3.
- Intensidade 3, o vulcão liberta 1000 (3 zeros) g de massa por segundo, ou 1 quilograma por segundo;
- Intensidade 4, o vulcão liberta 10.000(4 zeros) g/s, ou 10 kg/s;
- Intensidade 5, 100.000 g (5 zeros) /s, ou 100 kg/s;
...assim sucessivamente, as maiores intensidades eruptivas conhecidas estão associadas e erupções explosivas do tipo pliniano e estimadas em
- Intensidade 12, 1.000.000.000.000 g(12 zeros!)/s, 1000 milhões kg/s; que corresponde aproximamente a 1 km cúbico de material por segundo a ser expelido pelo vulcão... assustador!
- Intensidade 12, 1.000.000.000.000 g(12 zeros!)/s, 1000 milhões kg/s; que corresponde aproximamente a 1 km cúbico de material por segundo a ser expelido pelo vulcão... assustador!
Um dos problemas associados a esta escala está no facto que, muitas vezes, é difícil calcular no momento a intensidade, sobretudo durante as grandes explosões, onde o perigo obriga a se estar a grande distância e os equipamentos podem ser destruídos pela erupção, sendo frequente estimar-se a intensidade posteriormente.
4 comentários:
Esta será, aparentemente, uma escala cientificamente mais rigorosa.
Sugestão para posts futuros: uma abordagem sobre algumas reportagens do National Geographic, um tanto ou quanto sensacionalistas (embora esta marca goze de bastante credibilidade), e que talvez por isso chamaram a atenção. Refiro-me à possibilidade de uma mega-erupção em Yellowstone, que hipoteticamente causaria maiores estragos climáticos num curto período (uma espécie de apocalipse)do que todas as emissões de carbono de causa humana desde sempre. Outra é o possível tsunami gigante, causado pelo desabamento do vulcão Cumbre Vieja, na ilha de la Palma, Canárias, que hipoteticamente (uma vez mais) varreria o Atlântico causando enorme devastação na costa Leste dos EUA (e pelo caminho não se desviaria dos Açores, embora estes não sejam referidos ...).
ao maugastamanhas
É uma escala quase exclusivamente utilizada no seio dos vulcanólogos, uma forma mais simples de comparar erupções nos documentos, mas pouco usada na linguagem corrente.
O que chamou de mega-erupção é, por norma, designado por supervulcão e estes não são cenários sensacionalistas. felizmente são de baixa probabilidade de ocorrência e com períodos de retorno médio na ordem de várias centenas de milhares de anos de intervalo.
Depois de ler "The revenge of Gaia", sobre mutações climáticas, deverei dedicar-me a um livro mais científico só sobre super-vulcões e daí talvez resultem post. qualquer forma, os topos das 3 escalas que falarei nesta série são típicos de super-vulcões.
Mega-tsunamis também existem, embora o caso de Cumbre Vieja seja uma hipótese que levanta algumas dúvidas de gerar um fenómenos tão catastrófico.
Impressionante as fotos. E, como sempre, uma aula de geologia.
Denise
aos incansáveis
divulgar geologia em português é um dos objectivos deste blog. obrigado
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