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segunda-feira, 6 de outubro de 2008

HORTA: ARQUITECTURA CONTEMPORÂNEA: Assembleia Legislativa Regional dos Açores

Estando a decorrer a campanha eleitoral para as eleições legislativas regionais dos Açores, opto por marcar este período apresentando o edifício sede da Assembleia Legislativa Regional dos Açores (ALRA), um marco na arquitectura civil contemporânea na cidade da Horta.

O imóvel em causa, construído na década de 1980, foi classificado como Imóvel de Interesse Público, pelo Decreto Legislativo Regional n.º 17/92/A, de 13 de Outubro e, como é frequente em projectos contemporâneos arrojados, a aceitação popular da sua arquitectura não é unânime. 
Trata-se de um edifício de planta rectangular, de 4 pisos, dividido parcialmente em dois corpos que se unem sob uma cúpula semi-esférica, situado num terreno inclinado, com várias componentes semi-enterradas, precedido de um pátio interior envolvido por galerias, com vários espaços ajardinados no nível superior e um anfiteatro na zona traseira do edíficios.

Frequentemente criticado por ser um edifício pouco aberto para o exterior e de  linhas muito rectilíneas, este imóvel, apesar da sua volumetria, não agride a sua envolvência e quando observado à distância integra-se na estrutura e malha urbana, sem gerar qualquer agressão paisagística.

No seu interior, além dos gabinetes de trabalhos, sala de plenário, passos-perdidos, espaços de reunião e conferências, bar e zonas de estacionamento, existem ainda numerosas obras-de-arte de autores açorianos, distribuídas por espaços acessíveis ao público. O imóvel está aberto a visitantes que, inclusive, por vezes, podem ser acompanhados por elemento habilitado para apresentar as obras-de-arte ali situadas.

Para saber mais e ver outras fotos deste magnífico imóvel, consulte a página do inventário do património do Faial e sobre o seu funcionamento a página oficial da ALRA.

15 comentários:

Unknown disse...

mesmo a propósito...

Lc disse...

Ainda não tive o prazer de lá entrar, quanto às obras de arte (lol), por vezes elegemos cada uma, Santo Deus, tem alguns cá da terra que é de bradar ao ceús...

Carlos Faria disse...

jcarlos
claro que foi a propósito ;-)

lc
pois recomendo-te que lá entres, o espaço está aberto a visitas e tem mesmo uma curadora para as artes, de quem sou amigo.
quanto à eleição de obras de arte, lembra-te que elas são formas de expressão livre dos seus autores, uns são génios, outros não, uns produzem trabalhos apenas para agradar o observador, outros para chocar, há todas as situações intermédias, frequentemente os que ficam na história não foram aceites e admirados no seu tempo. Vê a quantidade de músicos, escritores, pintores, arquitectos e outras formas de expressão cujos génios reconhecidos hoje são de esquecidos e rejeitados no seu tempo.
No passado muitas vezes confundia-se arte com perícia de imitar a natureza com uma dada técnica, hoje veio a fotografia, o gravador, etc. e a arte, como sempre, procurou outros caminhos além da perícia da imitação, nem sempre fáceis de trilhar pelos homens do seu tempo, mas o fundamental é que se dê uma oportunidade a quem quer trilhar esses caminhos e o inverso foi sempre uma arma de ditadores. Prefiro um artista que me desagrade a um censor.

Pedrita disse...

nós tivemos eleições municipais ontem. agora vamos para o segundo turno definir a prefeitura. beijos, pedrita

Carlos Faria disse...

o nosso sistema municipal eleitoral é diferente, só existe uma volta (turno) e o presidente da câmara (prefeito) é o primeiro da lista mais votada, sendo os restantes membros eleitos pelas proporções definidas pelo método de hondt. a eleições que teremos a 19 aqui nos açores são apenas para a região, seriam como eleições estaduais aí, embora também existam diferenças.

Maria Silva disse...

Sinceramente...Há qualquer coisa qe parece falhar . Será o enquadramento? Será o exterior?

Carlos Faria disse...

à nanda
O que parece falhar é, sobretudo, o resultado do choque do edifício não seguir as regras estéticas e arquitectónicas a que nós nos habituámos: fachadas com janelas, portas varandas, balcões, empenas, elementos decorativos etc. o que produz um certo incómodo. na arquitectura, como noutras formas de arte, raramente o arrojo e a diferença são aceites pelos contemporâneos da obras. Claro, uma pessoa não tem necessariamente de gostar de todas as obras de arte, mesmo que lhe seja reconhecida a qualidade. Eu sou daqueles que gosta deste imóvel, mas não tenho o direito de impor isso... mas visitá-lo também ajuda.

Maria Silva disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maria Silva disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carlos Faria disse...

também concordo que há coisas por aí que deixam muito a desejar...

Os Incansáveis disse...

Bem, as linhas arquitetônicas podem ser bonitas, mas será que não dá para colocar um "verdinho" aí? E não vale pintar o prédio de verde! Eu acho que o que falta são plantas mesmo. Só tem cimento?
Denise

Carlos Faria disse...

a os incansáveis
estão errados, a cobertura das galerias de gabinetes a envolvente superior e lateral são jardins, aliás, na primeira foto vêem-se jardins à esquerda e sobre o rosa defronte da estradas observam-se as copas dos arbustos que se encontram com os relvados (gramado?) sobre o imóvel.

Os Incansáveis disse...

Que bom! Eu não gosto de projetos que não contemplem jardins.

Maria Silva disse...

Olá!

Já fiz tontice! Como o comentário estava repetido, tentei eliminar. Só que, foram-se os dois.

Peço desculpa

Será que há alguma hipótese de recuperação?

Carlos Faria disse...

à nanda
que eu saiba não há, mas eu sei a ideia, como você também e quando falamos também as coisas não ficam escritas... portanto foi como mais um diálogo que se evaporou...