Perdida no meio das várias antenas de televisão e de telecomunicações móveis do Alto dos Espalhafatos, situada na Lomba da Ribeirinha, de uma forma discreta e com uma excelente vista para toda a freguesia, além de estender os seus horizontes para as ilhas da Graciosa, S. Jorge e do Pico (consegue-se descobrir o Pico a espreitar na foto), encontra-se a única estação integrada na rede nacional de medição contínua qualidade do ar dos Açores.
Esta estação mede em contínuo a concentração de óxidos de azoto, ozono, dióxido de enxofre e poeiras, a baixa altitude e em zonas afastadas de grandes centros urbanos. Transmite a cada 3 horas os dados para centros de controlo. Os resultados ficam acessíveis na página da Agência Portuguesa do Ambiente e permitem avaliar a qualidade do ar, estimar a sua evolução no tempo e ser integrados noutras redes da Europa e do Mundo.
Assim, neste cantinho do Faial, avaliam-se os efeitos na zona central do Atlântico Norte de toda a poluição atmosférica do planeta. Uma última curiosidade... por cá os valores indicam que o nosso ar ainda é bom, uma situação cada vez mais rara na Terra.
9 comentários:
Ainda bem, e esperemos que se mantenha bom, durante muitos anos.
Meu Mestre, tenho perfeita consciência da importância desta estação e de todas as outras, na vigilância do nosso precioso e vital ar. A possibilidade de vida tal como a conhece-mos...
Não consigo lembrar-me da razão mas, esta Estação é muito familiar...FMRS
olá georusoe!
felizmente já se fala um pouco no ambiente, embora seja insuficiente, a poluição atmosférica, retira-nos qualidade de vida e muitos continuam a não dar conta disso.
pelos vistos por aí ainda se tem hipótese de respirar a magia da natureza.
o nosso planeta necessita da ajuda de todos, por muito pequena que seja.
abraço cinéfilo
paula e rui lima
ao Fernando
Eu depois explico-lhe a familiaridade da estação com os devido pormenores ;)
Ao rui e ao lc
Não sei por quanto tempo, apenas sei que se cá as concentrações vierem a ser más, por algum motivo que não seja algum evento local, muitos outros locais estarão mesmo inabitáveis... mas de qualquer forma serve de referência sobre os movimentos dos poluentes na troposfera e para tomada de consciência global da problemaática ambiental
O ar, o mar, as paisagens, as aves, os peixes...um Paraíso ainda não estragado.
Graças a Deus não temos indústria que provoque poluição atmosférica, é só por isso que não temos ar poluído.
Queria alertar para o facto de continuar a existir, nomeadamente em escolas, coberturas com amianto – substância cancerígena que circular no ar do interior dos recintos. Continuando a ser desmancha prazeres nestas questões, tenho pena que a qualidade da água potável de muitos municípios não cumpra os padrões europeus. Será, ainda, verdade que as pilhas, termómetros e outros metais pesados continuam a ser enterrados nas nossas lixeiras transvertidas de aterros? Ou que a reciclagem é apenas para turista ver. Penso que se não discutirmos estes assuntos eles nunca mais se resolvem e o ambiente continuar-se-á a degradar dia após dia, com a nossa conivência.
Ao basalto negro
No que se refere ao amianto no telhado das escolas, embora desconheça se os mesmos libertam poeiras de asbestos, mas se tiver a certeza que sim, deve denunciar com urgência a situação, é efectivamente um cangerígeno muito activo no sistema respiratório e se for em crianças e jovens o risco fica maior. Sei que em sistemas de ventilação e de isolamento eles libertam poeiras. No telhado desconheço.
Existem nos Açores ainda erros na gestão de resíduos, mas com ajuda de todos - os preocupados com o ambiente - chegaremos a bom porto. Cuidado é com os ecoterroristas que, mesmo bem intencionados, podem fazer mais danos a esta causa, daí ter colocado o "Estado do Medo" na lista dos meus livros, foi apenas um alerta do modo como eles nos desacreditam.
ao José Quintela
Mas cabe a todos nós manter esta natureza limpa
Bem, referia-me ao facto de o fibrocimento usado nas telhas dos pré fabricados de muitas escolas, conter na sua composição amianto, que é uma substância potencialmente nociva para a saúde. Julgo que isto é do conhecimento público. Relativamente ao state of fear, não sou adepto. O que não deixo é de denunciar um estado de letargia que pode levar a que os santuários ecológicos que ainda temos possam desaparecer a breve prazo. É preciso reconhecer que os ecossistemas das ilhas são muito mais frágeis que os das grandes extensões continentais.
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