Nesta ilha, épocas houve em que a falta de dinheiro não impedia a construção, preservação e recuperação de imóveis dos espaços públicos e o nosso património estava bem conservado. Estas tarefas eram então desempenhadas em regime de voluntariado e por iniciativa das próprias pessoas que residiam nas nossas comunidades... Depois as iniciativas colectivas foram sendo abafadas pelo comodismo e este alimentado por dinheiro público das entidades. Estas últimas, muitas vezes para assegurar a manutenção dos cargos dos seus titulares de uma forma relativamente fácil, passaram a assumir as tarefas que o espírito de colectividade e de cooperação antes existente desenvolvia. Criando regimes de pagamento desnecessários para os serviços ao bem-comum e à colectividade.
O regime de voluntariado para as causas entrou em crise e está em extinção, mas importa mostrar exemplos em que ainda perduram, para ver se volta a reproduzir-se e a instalar-se na nossas colectividades de forma a que o marasmo em que muitos hoje vegetam termine e os frutos do dinamismo social regressem.
A fase final de reabilitação do Império Central da Ribeirinha foi disso um exemplo.
2 comentários:
Assim é que é! Muitos parabéns à gente da Ribeirinha! E já agora, que o espírito colectivo perdure e se alastre.
Muito bem um exemplo a seguir...
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