Outra forma de expressão carnavalesca é a
Dança de Carnaval, uma misto de representação teatral e de dança, típico dos Açores e com expoente máximo na ilha Terceira, onde existem dois tipos diferentes, embora ambos ligeiramente diferentes da do Faial.
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No Faial, a Dança de Carnaval apresenta-se no chão, nunca em palco, começam por um cortejo de pares a desfilar para o lugar da representação, muitas vezes em plena rua, ao longo desta entrada cantam versos de apresentação da localidade da sua proveniência e realçam alguns dos atributos da sua freguesia e ilha. Podem envergar arcos ou não nesta fase.
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Segue-se uma representação, na generalidade alegre e cómica,
enredo. No qual fazem uma sátira social de uma situação local ou uma crítica aos costumes actuais, algumas personagens da dança assumem os papeis principais e os restantes pares, por norma em quadra, expõem julgamentos populares da situação, no fim surge um final feliz e uma lição moral.
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A dança prossegue por norma com um de dois tipos de modas; os
cardaços, apresentada na foto acima
, ou a
dança de maços. Para qualquer uma delas existem composições específicas tradicionais e que se enraizam no passado de cada localidade. A coreografia dos cardaços, comum em muitas regiões da Europa, pouco varia, mas é acompanhada por cantares. A dança dos maços (uma espécie de martelo de pedreiro em madeira e pintado de cores vivas), por norma é mais ritmada, nem sempre cantada e permite maior diversidade coreográfica. Quando criança, na Ribeirinha os maços eram praticamente omnipresentes em todas as Danças de Carnaval.
Uma última moda completa a dança, uma marcha sempre cantada, com arcos ou não, onde os marchantes se despendem dos presentes e por vezes salientam a mensagem do enredo.
2 comentários:
As tradições, sem excepção, devem manter-se, e é salutar que sejam os jovens a fazê-lo.
Infelizmente, o carnaval nos Açores deixou de ser festejado em muitos locais em que antigamente era "Rei".
ao josé quintela soares
mas estão a ser revitalizadas em muitos locais do Faial, precisamente pelos mais novos, não só ao nível do carnaval, como noutros casos e ainda bem.
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