9 de julho de 1998, cerca das 5h20 da manhã 20 segundos bastaram para destruir praticamente na totalidade a freguesia da Ribeirinha, aquilo que se pode dizer, varrer do mapa uma terra...
O socorro da proteção civil dentro das limitações de uma terra com os acessos cortados, foi rápido e eficiente, os alimentos, as tendas e os primeiros socorros chegaram cedo aos sinistrados, foi o momento em que o agir humanitariamente se sobrepôs aos interesses políticos... depois a palavra de ordem foi sensivelmente: não façam nada que nós (governantes) fazemos tudo e ainda podem perder apoios.
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Catorze anos depois, a grande maioria dos sinistrados está realojada, houve o aproveitar para resolver determinadas questões de segurança e sociais: o reordenamento do território com abandono de zonas de maior risco, melhor qualidade construtiva, dimensionamento adequado das habitações ao tamanho do agregado familiar, mas subsistem ainda pessoas sem casa a viver em pré-fabricados, os imóveis coletivos públicos continuam todos em ruínas e a gritarem que nunca se deve numa catástrofe desmobilizar as capacidades das pessoas, pois esse desperdício não só sai caro de financiar, como dificulta a resolução dos casos não individuais.
Dedicado a todos, que arregaçaram as mangas, correram os riscos e foram em frente...