Mesmo sem solo, a vegetação coloniza estas pedras e em quase todos os espaços onde alguma irregularidade da superfície possibilitou a fixação de uma semente... germinou uma planta!
Um sinal claro da força da vida que cobre este planeta!impressões de um geólogo amante de livros e música erudita que vive numa ilha vulcânica bela e cosmopolita
Mesmo sem solo, a vegetação coloniza estas pedras e em quase todos os espaços onde alguma irregularidade da superfície possibilitou a fixação de uma semente... germinou uma planta!
Um sinal claro da força da vida que cobre este planeta!
Um relato sobre a erupção ao longo dos seus vários meses de actividade, com numerosas fotos (muitas delas publicadas neste blog) e as primeiras imagens a cores do evento. Foi o primeiro livro de vulcanologia que li, era ainda criança, confesso que nem tudo percebi então, mas descobri o que queria ser quando adulto, mesmo sem conhecer o significado pleno da palavra geólogo, e nunca mais mudei de opinião.




No início foram as culturas as mais afectadas ao ficarem cobertas deste material, mas com o tempo a capacidade de homem em limpar as cinzas que obstruiam os caminhos, se acumulavam nos telhados e em torno das casas foi sendo vencida pela progressiva e intensa queda de mais cinza e não restou a muitos senão abandonar o seu lar e vê-lo continuamente a ser engolido por aquela chuva negra e asfixiante.
Sou um pouco desajeitado nestas coisas de campanhas, de prémios e nomeações no seio da blogosfera, mas como a nomeação vem de um blog que gosto muito e de um amigo meu desde a faculdade, vou fazer parte da recomendação, julgo que não vou cumprir à risca, mas fica a intenção. Assim nomeio, quer pela amizade do blogger ou pelo interesse do conteúdo do tema dos blog ou as duas coisas em simultâneo, embora fiquem outros que também são importantes, os seguintes blog:
(clique nas imagens para as ampliar)
Nos Açores as dunas são raras, pois precisam de uma alimentação significativa de areia, um regime de ventos persistente e intenso proveniente da fonte, bem como uma zona aplanada para onde as areias possam prosseguir e depositar-se.
O vulcão submarino do Monte da Guia, próximo da Horta, formou uma zona pouco profunda entre a ilha e o cone submarino, o que permitiu a formação de um corredor estreito de areias que uniu as duas partes - istmo - situação que originou a mítica baía de Porto Pim, talvez a mais abrigada dos Açores, onde a areia se acumula na praia do mesmo nome, tudo isto enquanto o vale entre o monte Queimado do Faial e o da Guia funciona como um corredor de vento, situação ideal para que este istmo permita a instalação do sistema de dunas da foto acima.As dunas tendem a deslocar-se pela acção do vento, mas a vegetação reduz este movimento. Parte desta foi plantada neste local com esse objectivo, embora o local seja o habitat natural de uma espécie rara nos Açores.
Os locais onde a vegetação está bem desenvolvida coincidem com as zonas onde as dunas estão melhor fixadas e por isso são mais altas...
mas a força do vento e o pisoteio das pessoas que passam fazem com que haja locais onde a vegetação não consegue estabelecer-se, o que origina corredores preferenciais para o transporte de areias e depressões.

Nesta imagem verifica-se que o bordo norte da cratera estava ainda em contacto com o mar e, num período de acalmia da erupção, as águas introduziram-se no interior desta e precipitaram-se para dentro de uma depressão, onde deveria situar-se uma das bocas deste vulcão, o que gerou um remoinho testemunhado pelos traços elípticos dos materiais em suspensão na água e um círculo escuro gerado na zona central.
Um mapa da península construída pelo vulcão à época da fotografia acima, o traço a vermelho indica grosseiramente o topo da linha de costa do Faial antes da erupção, os pontos A e B, a verde, indicam respectivamente a cratera da imagem e o local de implantação do farol. (clique nesta imagem para a ampliar)
A zona de lagunas, altamente afectada durante a erupção do vulcão dos Capelinhos, onde fissuras e explosões reduziram drasticamente o volume de água armazenado. Este espaço forma ainda o ecossistema de um coberto vegetal muito próprio e com um colorido que se destaca da envolvente. (clique na foto para a ampliar)
As peredes nordeste da Caldeira, com cicatrizes resultantes de escorregamentos ocorridos durante o sismo de 9 de Julho de 1998, em primeiro plano o depósito de enxurradas dos materiais movimentados na mesma data em torno do Altar.
Um cone basáltico no interior da Caldeira, mostrando a eventual ligação da falha do Complexo Vulcânico do Capelo a esta estrutura geológica do Complexo Vulcânico dos Cedros. (clique na foto para a ampliar)
O bordo sudeste da Caldeira, onde se encontra o Cabeço Gordo, a elevação mais alta do Faial (1043 m) encimada por várias antenas de telecomunicações.
O grupo A NAIFA está mais maduro, sente-se cada vez mais à vontade no palco, embora tenham uma presença quase minimalista, estão ali para interpretar a sua música, é nisso que apostam e, diga-se, é um objectivo que estão a ganhar.

Na foto acima é bem evidente uma estrutura que parece descer pela arriba costeira e que corresponde, em grande parte, à cascata de uma escoada lávica, como que "fossilizada".