Situado num dos belos edifícios do complexo de imóveis construído pela Alemanha, no início do século XX, para controlo dos cabos de comunicação submarinos que uniam aquele país à América do Norte; o Conservatório Regional da Horta tem sido um dos responsáveis pelo aumento de qualidade na interpretação musical das filarmónicas do Faial, pelo aparecimento de reportórios cada vez tecnicamente mais exigentes em muitas das nossas bandas, pelo despertar da vocação musical em vários jovens e descoberta de talentos neste campo das artes.
Com um corpo de professores provenientes de vários países europeus, com predominância para o leste europeu e itália, além de alguns faialenses, este conservatório forma musicalmente jovens e adultos em domínios tão diversos como interpretação em instrumentos regionais, de orquestra, de filarmónica, piano e voz.
impressões de um geólogo amante de livros e música erudita que vive numa ilha vulcânica bela e cosmopolita
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terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Estruturas e Instituições Culturais no Faial 3 - O CONSERVATÓRIO REGIONAL DA HORTA
domingo, 27 de janeiro de 2008
TEATRO NA RIBEIRINHA
No passado, apesar da escassez de bens económicos, a Ribeirinha do Faial era rica em actividades culturais e o teatro era uma das formas mais queridas da população. No passado, muitos jovens ensaiavam ao longo de várias noites comédias cheias de crítica social e denúncia dos principais problemas que a comunidade sentia. Por vezes o suscesso alcançado era motivo para digressões do grupo pelas várias localidade da ilha e fonte de um intercâmbio saudável de pessoas.
Hoje, esta forma de expressão é cada vez mais rara, mas não morreu... integrado na "Semana Desportiva e Cultural da Ribeirinha 2008" (um projecto conjunto da iniciativa do Município com o INATEL e que percorre todas as freguesias do Faial), neste fim de semana, elementos de Centro de Convívio de Idosos, com alguns colaboradores mais jovens, levaram à cena uma obra original - "Um Funeral Anulado" - cujo guião foi escrito propositadamente para o momento e a versão final do texto fruto do trabalho desenvolvido pelos actores ao longo dos ensaios.
Hoje, esta forma de expressão é cada vez mais rara, mas não morreu... integrado na "Semana Desportiva e Cultural da Ribeirinha 2008" (um projecto conjunto da iniciativa do Município com o INATEL e que percorre todas as freguesias do Faial), neste fim de semana, elementos de Centro de Convívio de Idosos, com alguns colaboradores mais jovens, levaram à cena uma obra original - "Um Funeral Anulado" - cujo guião foi escrito propositadamente para o momento e a versão final do texto fruto do trabalho desenvolvido pelos actores ao longo dos ensaios.
Outro grupo, constituído por pessoas que lutam por manter vivas as tradições desta comunidade, apresentaram outro retrato crítico da sociedade actual, com a pequena peça "A Consulta", onde mostraram que o próprio povo reconhece muitos dos aspectos criticáveis desta sociedade que integra.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
O FAIAL CORTADO À FACA VI - A falha da Ribeira do Rato
Enquanto a sul da Pedro Miguel as lombas estão associadas a falhas geológicas que provocam uma vertente sul pouco inclinada e outra a norte muito abrupta, o que indica que as zonas a norte abateram em relação a sul, depois de se atravessar o "vale" desta freguesia, ocorre uma situação simétrica face à parte meridional da ilha.
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Na parte leste do Faial, onde se situam as lombas, a principal via que circunda o Faial, por vezes desenvolve-se quase na perpendicular à costa, sobretudo nas vertentes mais inclinadas onde se situam as falhas geológicas. Assim, estas implicaram uma mudança brusca nas direcções da Estrada Regional para contornar os degrau dos acidentes geológicos e de modo a se obterem declives mais adequados à circulação automóvel. Um elemento que mostra como a geologia a interfere com o ordenamento do território, mesmo que os homens não tenham consciência do facto.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Estruturas e Instituições Culturais no Faial 2 - O CINECLUBE DA HORTA
O Cineclube da Horta é uma consequência da evolução cultural no interior da sociedade faialense, procura não só satisfazer aqueles que não se limitam a ver a componente lúdica do cinema, embora não a exclua, como também ser uma instituição onde se discutem ideias e se mostram caminhos estéticos alternativos, além de promover a formação nas artes cinematográficas e o estabelecimento de intercâmbios com instituições locais e externas para desenvolver actividades culturais de qualidade.
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Entre as obras concorrentes, produzidas localmente e não só, existem vencedores de outros concursos de referência, mostrando a qualidade do que aqui de apresenta.
O último Faial Filmes Fest terminou em beleza com a exibição do filme histórico "O homem da câmara de filmar" de Dziga Vertov, com música ao vivo, tocada por professores do Conservatório de Angra do Heroísmo e composta pelo picoense Antero Ávila, mostrando como é possível os vários campos da cultura e ilhas desenvolverem projectos conjuntos.
Por tudo isto, numa instituição discreta, que só agora completa meia década e com um número limitado de sócios, é caso para se louvar a dinâmica deste Cineclube e dizer: Parabéns pelo Aniversário e pela Obra até hoje realizada!
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
RECITAL DE CANTO E PIANO - uma voz expressiva e bem acompanhada
Realizar um recital lírico completamente em português, iniciando com Marcos Portugal, passando por compositores pouco conhecidos do Brasil, prosseguindo com músicos nacionais, aventurando-se por arranjos do folclore açoriano e concluir com as trovas de Francisco Lacerda, não é fácil! Mas Sandra Medeiros conseguiu completamente o objectivo de cativar e encantar o público.
Quem tiver oportunidade de ouvir a voz de Sandra Medeiros, aproveite!
domingo, 20 de janeiro de 2008
NEVES DO PICO
Após uns dias de verdadeiro inverno, eis que a montanha do Pico se apresentou este fim-de-semana totalmente livre de núvens e com as primeiras neves bem visíveis de 2008, embora não muito extensas.
A montanha do Pico, um vulcão poligenético que ainda não evoluiu para formar uma caldeira, como a do Faial, é um autêntico farol do Triângulo, devido à sua altitude de 2351 m, e é sempre bonita de se ver em qualquer uma das três ilhas que compõe esta sub-região. Contudo, vê-la de manto branco e completamente exposta, o que não é muito frequente, atrai sempre o olhar, mesmo para aqueles que cá vivem permanentemente.
Resta saber se com as mudanças climáticas este cenário tenderá a desaparecer..., pelo seguro, fica o registo desta realidade no início do século XXI
sábado, 19 de janeiro de 2008
VULCÃO DOS CAPELINHOS - a Cratera há 50 anos
Tal descrito neste blog, desde o início da erupção dos Capelinhos, em Setembro de 1957, este vulcão apresentou períodos de elevada explosividade devido à entrada da água do mar no interior da chaminé vulcânica, que não só formou uma ilha, como a destruiu, a reconstruiu, emitiu escoadas de lava e, já no início de Janeiro de 1958, projectava grandes blocos de rocha que atingiam a ilha do Faial na zona do Farol.
Mesmo assim, havia quem se aventurasse a subir às encostas íngremes de cinza vulcânica da nova terra, espreitar para o interior da cratera e tirar a foto abaixo exposta!
Mesmo assim, havia quem se aventurasse a subir às encostas íngremes de cinza vulcânica da nova terra, espreitar para o interior da cratera e tirar a foto abaixo exposta!
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Graças a estes corajosos, ou talvez inconscientes do risco, pode-se ver o vapor a sair da cratera inundada de água, esta ao entrar na chaminé e ao encontrar magma, com elevadas temperaturas, gerava as importantes explosões típicas dos vulcões submarinos de pequena profundidade, actividade eruptiva descrita como do tipo Surstseyano = Surtsiano.
Esclarece-se que um vulcão em período eruptivo pode parecer calmo num dado momento e quase de repente iniciar uma explosão, embora mecanismos de vigilância permitam prever uma ocorrência deste tipo com alguma antecedência, o que dificilmente dará tempo para uma fuga atempada para uma distância segura. Dificuldade que eu próprio já senti e onde a sorte nos protegeu, o que sempre recordo com grande emoção, mas, noutros casos, o azar bateu mesmo à porta!
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
O FAIAL CORTADO À FACA V - Falha da Lomba dos Frades
Na Lomba da Espalamaca, referida no anterior post desta série (ver mapa) ao olhar para norte, vê-se, a partir da base da escarpa em degraus, um vale assimétrico no qual se instalou a freguesia da Praia do Almoxarife. O outro lado da vertente é largo, sobe suave e progressivamente para norte e culmina na crista da Lomba dos Frades, assinalada com um traço vermelho. (clique nas fotos se pretender a sua ampliação)
Todavia se prosseguirmos viagem, depois de subirmos a suave Lomba dos Frades, deparamo-nos com outro degrau abrupto para o lado norte, o que é resultado de mais uma importante falha geológica, a terceira desta série acidentes geológicos, paralelos e responsáveis pela formação destas lombas com forte inclinação da vertente norte mas mais suaves do lado sul. Na base desta última estrutura existe um outro vale largo, sem qualquer declive lateral específico e onde se instalou a freguesia de Pedro Miguel.
A partir da falha da Lomba dos Frades uma mudança significativa ocorre, mas isso fica para outros momentos, contudo essa modificação colocou, definitivamente, o nome de Pedro Miguel na geologia do Faial.
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Recital de Canto e Piano - novos elementos
Na sequência do post de ontem e após uma pesquisa na internet, eis algumas páginas relativas aos protagonistas do recital de Canto e Piano a realizar no próximo dia 19 no Teatro Faialense:
Sobre Sandra Medeiros, uma soprano açoriana
Sobre Francisco Sassetti
Face aos curricula, continuo cada vez mais a considerar que vale a pena aproveitar esta proposta musical.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
RECITAL DE CANTO E PIANO no Teatro Faialense
Na sequência de um pedido da Câmara Municipal da Horta e com muito gosto o faço, divulga-se neste espaço o Recital de Canto e Piano a realizar no Teatro Faialense, no próximo dia 19 de Janeiro, pelas 21:3o h.
Custo do bilhete de entrada: 5 euros.
Custo do bilhete de entrada: 5 euros.
Não conheço nem a soprano, nem o pianista, embora o nome de família deste último seja imensamente conhecido. Assim, se alguém tiver algum informação a dar sobre os mesmos, desde já se agradece.
O programa apenas fala de Canção em Português. Não sei se o jorgense Franciso Lacerda, de quem muito gosto, estará incluído no reportório ou algum compositor luso contemporâneo, como Fernando Lopes Graça, ou outro mais antigo fará parte do recital, mas certamente é uma oportunidade para se conhecer o que se faz ou se compôs no nosso País ao nível do canto lírico. Eu pelo menos conheço algumas canções que, apesar de mal divulgadas entre nós, são de grande interesse e beleza... fica aqui o convite.
Conheça a nossa cultura, aproveite e disfrute!
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
O FAIAL CORTADO À FACA IV- Falhas da Espalamaca e do Facho
Prosseguindo para norte nesta cobertura das falhas na metade oriental do Faial, depois da falha responsável pela Lomba do Cruz do Bravo, encontramos a Lomba da Espalamaca, a qual tem a particularidade da sua escarpa continuar inclinada para norte, mas ser composta por dois degraus, devido à existência de duas falhas geológicas na sua zona mais próxima da costa: a Falha do Facho, que forma o degrau inferior e de maior dimensões e a Falha da Espalamaca, na parte superior e com menor desnível. (clique nas fotos para as ampliar)
Na sua zona mais litoral, esta estrutura apresenta uma grande imponência na paisagem, e os dois degraus dão uma aparência de suavisar a inclinação para norte destas duas escarpas de falha sobrepostas. Junto ao litoral encontra-se a Praia do Almoxarife que dá o nome à freguesia mostrada na foto e já no mar situa-se a zona de desgaseificação submarina cujo vídeo de Marco Santos foi aqui mostrado em Agosto, já no extremo da foto vê-se parte da costa a ilha do Pico.
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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Estruturas e Instituições culturais no Faial 1 - O TEATRO FAIALENSE
Inaugurado em 1856, o Teatro Faialense foi durante mais de um século uma das principais infraestruturas particulares de apoio à cultura na ilha do Faial, tendo entrado em elevado estado de degradação durante a década de 1970, o que conduziu ao seu encerramento.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
O FAIAL CORTADO À FACA III - Falha da Cruz do Bravo ou dos Flamengos
Se na arriba costeira muitas das principais falhas do Faial não são muito evidentes, no interior da ilha, sobretudo na sua metade oriental, quer em mapa, quer na morfologia da paisagem, observa-se um conjunto de falhas paralelas, que vão desde a zona sul até à costa norte da ilha.
A mais meridional é na Feteira e não é muito evidente em fotografia...
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A falha da Cruz do Bravo é uma falha normal e inclinada para norte (ver tipo de movimentos de falha). Na foto é visível que a zona mais escarpada fica para a direita (norte na foto). O pormenor da inclinação é importante por reflectir a estrutura tectónica do Faial mais importante (tectónica em geologia está relacionado com estudo dos movimentos das falhas e das rochas).
Para quem não vê a falha desenha-se abaixo a sua escarpa com um conjunto de linhas paralelas vermelhas.
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sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
CAPELINHOS - a queda dos grandes blocos
Mantendo o compromisso de todos os meses relatar o que foi o vulcão dos Capelinhos nesse mês há 50 anos ao longo deste período das comemorações da erupção, retoma-se hoje a descrição da sua actividade no, com referência ao início de Janeiro de 1958.
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As camadas de lava basáltica formadas durante as primeiras manifestações estrombolianas a 16 de Dezembro de 1957 foram, no período perto da passagem de ano, de 1957 para 1958, totalmente destruídas por explosões.
Este material fragmentado deve ter sido a matéria prima que permitiu a queda de grandes blocos de rocha em torno do Farol da já então arriba fóssil do Costado da Nau, os quais se misturavam com outros fragmentos de lava ainda juvenil, mais ou menos incandescentes... o vulcão começou assim a mostrar a sua força e a ser um perigo para os mais afoitos espectadores.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA - que lugar para as Ciências da Terra?
Até meados do século passado sabe-se que a divulgação científica era considerada um trabalho menos nobre no campo das pessoas ligadas às ciências.
Depois o impacte de grandes obras de divulgação científica, em livros ou na televisão, de Richard Dawkins, Carl Sagan, Steve Hawking, David Attenborough e muitos outros, ou de denúnica de problemas ambientais, como "A Primavera Silenciosa" de Rachel Carson, mostraram a importância da divulgação do conhecimento científico, de uma forma acessível ao grande público, como meio para se valorizar a ciência, cativar novas gerações de investigadores, fundos para os projectos a implementar e catapultar o conhecimento e o progresso das sociedades.
Na minha opinião, em Portugal a Divulgação Científica nunca foi um instrumento valorizado e um dos campos onde mais se sente essa lacuna é nas Ciências da Terra.
Depois o impacte de grandes obras de divulgação científica, em livros ou na televisão, de Richard Dawkins, Carl Sagan, Steve Hawking, David Attenborough e muitos outros, ou de denúnica de problemas ambientais, como "A Primavera Silenciosa" de Rachel Carson, mostraram a importância da divulgação do conhecimento científico, de uma forma acessível ao grande público, como meio para se valorizar a ciência, cativar novas gerações de investigadores, fundos para os projectos a implementar e catapultar o conhecimento e o progresso das sociedades.
Na minha opinião, em Portugal a Divulgação Científica nunca foi um instrumento valorizado e um dos campos onde mais se sente essa lacuna é nas Ciências da Terra.
A título de exemplo e não de bairrismo, no trimestre que antecedeu ao presente Ano Internacional do Planeta Terra, a CBC, o canal de serviço público de rádio e televisão canadiano, apresentou, com grande pompa e divulgação nas duas línguas oficiais federais, uma série de cinco episódios, em horário nobre, sobre a Geologia do Canadá, com o nome "Geologic Journey" ou "Odyssée Géologique" para preparar o grande público para as comemorações a decorrer ao longo do presente ano.
Hoje a série está disponível em dvd e à venda em todas as principais lojas de produtos deste suporte audiovisual naquele país.
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As orlas Mezocenozóicas, a Zona Centro-Ibérica, a Faixa Piritosa Alentejana, o Vulcanismo das Ilhas, a Tectónica e Sismicidade em Território Nacional, entre outros assuntos, não dariam temas para séries televisivas de modo a dar a conhecer ao povo português as principais características do chão nacional?
No momento em que as Ciências da Terra parecem preteridas, face a outras matérias no ensino básico e secundário, a quem interessa este tipo de desconhecimento sobre o nosso País?
Quem olha os eventos da página nacional das comemorações do Ano do Planeta Terra, vê que a maioria dos acontecimentos já ocorrem nos anos normais e apenas a dinâmica de alguns núcleos de professores permite uma concentração de acções nalgumas regiões, como no caso de Leiria (parabéns!).
Na internet, a divulgação está sobretudo a cargo de alguns blogs pessoais e escolas. Não parecem existir páginas de instituições com conteúdo e diversidade tipo USGS, Smithsonian Institute ou outras típicas de países onde o conhecimento é a alavanca para o progresso nacional.
No momento em que as Ciências da Terra parecem preteridas, face a outras matérias no ensino básico e secundário, a quem interessa este tipo de desconhecimento sobre o nosso País?
Quem olha os eventos da página nacional das comemorações do Ano do Planeta Terra, vê que a maioria dos acontecimentos já ocorrem nos anos normais e apenas a dinâmica de alguns núcleos de professores permite uma concentração de acções nalgumas regiões, como no caso de Leiria (parabéns!).
Na internet, a divulgação está sobretudo a cargo de alguns blogs pessoais e escolas. Não parecem existir páginas de instituições com conteúdo e diversidade tipo USGS, Smithsonian Institute ou outras típicas de países onde o conhecimento é a alavanca para o progresso nacional.
A quem interessa esta falta de um sistema forte de divulgação científica em Portugal, com destaque para as Ciências da Terra?
Alguém dos profissionais ligados a este campo de saber está a fazer algo para mudar esta situação em Portugal?
Com esta lacuna alguém pode admirar-se com a pretensa desvalorização nacional dada às Ciências da Terra?
Dúvidas que talvez não terei resposta, mas que já não mais posso em consciência calar.
Com esta lacuna alguém pode admirar-se com a pretensa desvalorização nacional dada às Ciências da Terra?
Dúvidas que talvez não terei resposta, mas que já não mais posso em consciência calar.
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
PRESÉPIOS E RANCHOS DE NATAL NO FAIAL
No Faial, desde criança que os meus primeiros dias do ano eram passados a ver presépios tradicionais em casas particulares, muito deles disponíveis à população em geral, que visitava estes monumentos efémeros, percorrendo de rua em rua e, mais recentemente, de lugar em lugar, onde se retratava o nascimento do Menino Jesus e as tradições locais.
Hoje, os presépios estão cada vez mais raros. Existem concursos para a tradição se manter... mas o que não é feito por amor tende a desaparecer e estas obras de arte estão presentemente em vias de extinção e ninguém ainda aprendeu a cultivar, novamente, na população faialense a paixão pelo presépio. (clique nas fotos para as ampliar)
Entre os poucos que encontrei destaco o presépio situado na Estrada Regional, no lugar dos Espalhafatos, freguesia da Ribeirinha; onde, através de figuras animadas, estão presentes todos os ingredientes indispensáveis ao presépio: a cena da gruta, os pastores e os reis magos, bem como a maioria das artes, ofícios e folclore típico das nossas comunidades rurais, como curiosidade, também um vulcão activo e em erupção.
- os ranchos zabumbas (sei que o termo também existe no Continente) onde nos instrumentos musicais predominam a percursão com tambores, caixas, ferrinhos e castanholas; acompanhados de flauta (pífaro) e, mais recentemente, harmónicas; e
- os ranchos tunas, onde predominam as cordas com destaque para os bandolins e violas.