Flamengos Visto da Espalamaca há poucos anos atrás
A freguesia dos Flamengos partilha com a Ribeirinha algumas características comuns, ambas desenvolvem-se no fundo de um vale não exposto ao mar, as duas tiveram o seu núcleo inicial junto a nascentes situadas na ribeira, aqui a Fonte das Bicas tal como o Valado, ambas parecem ter resultado de uma decisão de afastamento ao mar como protecção dos ataques de piratas e as duas (mesmo com geologias diferentes) têm sido fortemente afectadas pelas mesmas crise sísmicas ao longo da história da ilha.
Apesar de tudo, as duas freguesias são muito distintas, os Flamengos cresceu na proximidade geográfica e com estreitas relações laborais e sociais à Horta. Embora com uma identidade própria e um sector agrícola forte, esta comunidade nunca deixou de ser também uma periferia do maior burgo da ilha. Fruto da sua dimensão populacional a povoação sustenta uma dinâmica socioeconómica e cultural grande (mais de 1500 habitantes). É a única comunidade da ilha sem ligações ao oceano. Contrariamente, a Ribeirinha sempre foi predominantemente rurall, distanciada da sede concelhia, com um acesso ao mar e uma reduzida população que se reparte por dois locais, contudo sempre assegurou uma dinâmica vida cultural.
Flamengos observado de avião na aproximação ao aeroporto da Horta, Monte Carneiro em primeiro plano
As lombas e os cones vulcânicos que a bordejam permitem a existência em torno dos Flamengos de vários miradouros de grande valor paisagístico, onde se vislumbra um povoamento alinhado ao longo de ruas que convergem para um núcleo intensamente urbanizado e acom uma pujante construção civil recente característica da proximidade à cidade, embora à dimensão da Horta.
nossa, que bonito, acho q nunca tinha visto um vale com tão poucas curvas. beijos, pedrita
ResponderEliminarà pedrita
ResponderEliminarisso por que os vales que conhece se relacionam com rios e este com falhas geológicas que tendem a ser rectas.
Muito curiosa essa comparação entre Flamengos e Ribeirinha (sua terra de residência)
ResponderEliminarÉ extremamente interessante.
Faço essas observações mas mais alargadas e nesta caso abrangendo Salão (terra natal) - Pedro Miguel (residência 1982-1987) e Flamengos (residência actual)
Com boa observação encontram-se muitas semelhanças e contrastes deveras interessantes.
Bom post sem dúvida.
ao periquito
ResponderEliminarSou observador e gosto de analisar o que vejo... por isso este post tem muito a ver com a minha forma de ser. Obrigado
Interessante como as construções são bem espalhadas. Aquelas em linha estão em cima de falhas?
ResponderEliminarDenise
os relevos alongados à direita e esquerda da foto estão relacionados com falhas
ResponderEliminarO crescimento urbanístico dos Flamengos tem sido, de facto, bastante acelerado nos últimos anos, sobretudo depois da destruição causada pelo sismo, que esventrou a freguesia pelo meio. Hoje, quase podemos dizer que existem dois Flamengos: um novo, de arquitectura moderna, gentes de fora e verdadeiro subúrbio da Horta, e um Flamengos mais antigo, onde subsistem alguns traços arquitectónicos, gentes de sempre e até os costumes e tradições. É assim que hoje vejo a freguesia de quase todas as minhas raízes familiares, também elas esventradas ao meio.
ResponderEliminarconcordo que naquela freguesia coabitam dois Flamengos: um mais tradicional e com raizes na freguesia e outro que apenas reside, sobretudo ligado à Horta.
ResponderEliminarPeço por favor a quem conheça a Claudia sofia botelho que me contacte. pois sou amiga de infância e estou a tentar localizá-la há 10 anos. agradeço a ajuda. a ultima informação que tive é que residia em Flamengos.
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