Ultrapassada a fronteira do nível do mar, tornam-se mais evidentes as forças que tendem a destruir os edifícios construídos pelos vulcões, já antes existiam e actuavam, mas os seus efeitos agora estão mais expostos aos nossos olhos.
Assim, as ilhas crescerão sempre que a actividade eruptiva for do tipo construtivo e emitir, de uma forma mais ou menos calma, lava ou piroclastos em maior quantidade do que aqueles materiais que estão a ser destruídos pelos Agentes de Geodinâmica Externa: o vento, as variações de temperatura, os vários estados físicos de água e os seres vivos, que por acção da gravidade estão conjunta, lenta e continuamente a desmantelar todas as montanhas da Terra.
Muitas vezes nem é preciso o ataque dos agentes de geodinâmica externa, são os próprios vulcões que nos seus momentos mais explosivos desenvolvem uma actividade do tipo destrutivo e em pouco tempo desfazem aquilo que durante milhares de anos construiram. Nestas fúrias eruptivas, as zonas mais altas dos cones vulcânicos são fragmentadas e toneladas de material espalhadas em volta, enquanto o cimo destas estruturas se abate e se criam caldeiras. As montanhas... as ilhas ficam então muito mais baixas.
Mas enquanto os vulcões estão adormecidos ou depois se extinguem, tanto os seres vivos com os químicos das raízes das plantas e outros compostos orgânicos dos animais, como os sais e gases dissolvidos na água e no ar que circula entre os grãos de rocha, modificam a composição dos minerais, dá-se então a Alteração das Rochas, cujos grãos ficam mais vulneráveis desagregam-se e são arrancados depois pelas plantas, animais, vento e águas; ocorre aquilo que se chama a Erosão das Rochas, que por acção da gravidade sofre o Transporte para zonas mais baixas.
A força da água nesta batalha é de tal forma intensa que escava vales profundos nos materiais alterados e erodidos e os transporta sempre para locais mais baixos e nas ilhas tende a depositá-los novamente no fundo do mar Sedimentação, precisamente de onde as ilhas vieram.
Mas o homem, que se julga muitas vezes um ser vivo à parte, é também consciente ou inconscientemente um destruidor dos edifícios vulcânicos, escava-os, desentranha os grãos das rochas antes protegidos e acelera a alteração, a erosão e o transporte de muitos materiais que irão sedimentar no mar. Embora também seja um dos poucos que tenta ir buscar areias e outros materiais das profundidades para proteger as suas ilhas, muitas vezes sem resultado, nalguns casos mesmo desastrosamente, mas ocasionalmente tem as suas vitórias!
Contudo o mar, esta imensidão de água que cerca qualquer ilha, nunca se dá por vencido. Não satisfeito por tudo o que conjuntamente a alteração, a erosão e o transporte trouxeram para o seu interior, rebaixando a terra emersa continuamente, vai com o seu cerco atacar todas as ilhas pela linha de costa, reduzindo-lhes progressivamente a suas áreas e criando estruturas tão características que ficam para um próximo post.