Tal como já referido anteriormente, desde da crise sísmica da noite de 12/13 de Maio de 1958 o erupção dos Capelinhos, deixou de ser surtsiana e passou a ser essencialmente subaérea e do tipo estromboliano, devido à menor quantidade de água do mar a entrar dentro da chaminé vulcânica.
Neste período, além de repuxos de lava e de várias explosões, que conduziram à construção na zona central do cone de cinzas vulcâncias de um outro cone de escórias vulcânicas (bagacina e bombas vulcânicas), ocorreram também várias escoadas de lava, sendo de salientar as ocorridas a partir do dia 23 de Agosto.
ainda existem sinais dessa fase na zona do vulcão? vou lá e nunca sei o que é do vulcão de á 50 anos e o que é do anterior, por causa da erosão...
ResponderEliminarAcho que vai de ter de fechar a passagem para o cimo vulcão ou fazer outro trilho fui lá este verão com os escuteiros e o vigilante da natureza e ele disse para não nos chegar-mos para o lado esquerdo (quando se sobe) que podia desabar... o que este inverno vai fazer?
Sabe-se a que velocidade nos afastamos da câmara magmática por ano?
ao grifo
ResponderEliminar1. existem de facto sinais, quando desces junto à corda para ir ao vulcão encontras um pouco à tua esquerda uma camada de lava que quase serve de topo à actual linha de costa e iniciada por uma estrutura como um prato invertido que foi por onde esta escoada saíu em agosto.
2. depois de passares a linha de costa onde se encontra o farol, do antigo vulcão (costado da nau) vê-se apenas do lado sul o antigo ilhéu mais elevado dos capelinhos, em forma de ogiva vertical e que já se encontra na base totalmente cercado de mar e no topo ainda unido ao edifício construído pela erupção dos capelinhos... tudo o resto que se vê é novo.
3. Eu não estou a gerir a área do vulcão para saber seguramente o que pretendem fazer, sei que irão surgir regras de controlo de subida mais apertadas no futuro (tem mesmo de ser)quanto à zona que dissestes existir risco é provável que em breve sofra algum colapso devido à erosão do mar na base da arriba costeira escarpada em formação.
4. o vulcão dos capelinhos não tem câmara magmática, é um vulcão monogenético associado a uma grande falha geológica que começa na caldeira e atravessa toda a zona central do eixo capelo/praia do norte e entra no mar e por onde esporadicamente ascende magma vindo de grande profundidade sem ter ficado armazenado numa camara magmática, como acontece sob a caldeira (vulcão poligenético). Para mais pormenores vê a série de post de julho de 2007 "três vulcões... três tipos de erupções"
Li numa revista do N. Geographic que o faial se ia movendo sobre a câmara magmática e que era por isso que os cones vulcânicos iam em linha recta dês da caldeira até aos Capelinhos...
ResponderEliminarQue na verdade todos os cones eram o mesmo vulcão que entrou em erupção em sítios diferentes... por isso perguntei...
não sei o conteúdo exacto do artigo em causa, pois não o devo ter lido, mas o que descreves é o modelo de um hotspot (ponto quente) que explica o vulcanismo longe dos limites das placas e muito evidente no havai. O ponto mantém-se em profundidade e o fundo oceânico desloca-se como um tapede rolante e assim vão-se formando novas ilhas, enquanto nas mais antigas o vulcanismo extingue-se até elas mesmo serem erodidas.
ResponderEliminarNos açores discute-se a existência de um ponto quente... é possível, mas não seguro, também existem outros modelos, mas mesmo a existir, haveria sempre a interferência com o vulcanismo limite de placa. qualquer forma não se aplicaria especificamente ao faial, até porque existem vulcões activos em 6 ilhas dos açores ao mesmo tempo e a alguma distância, contrariamente ao havai, cabo verde onde o vulcanismo só existe n1 ilha e nas restantes logicamente extinguiu-se. Lembra-te que o faial/pico é o conjunto mais próxima do rifte...