Casa natal de Manuel de Arriaga (Horta) - Primeiro Presidente da República portuguesa eleito
Ruínas
Como sois tristes, casas derrocadas,
Com vegetais daninhos por mobílias,
Esquecidas de todos, desoladas,
Sem o vivo bulício das famílias!
Enquanto os transeuntes vos encaram
Como cousas inertes e banais,
Com que amarga saudade vós cismais
Nos que em remotos dias vos amaram!
No vosso seio, 'squeletos carcomidos,
Como um velho doente e olvidado,
Geme asilada a alma do Passado,
Mas raros são os que ouvem seus gemidos.
(poeta da ilha das Flores, Açores)
gostei :)
ResponderEliminarainda bem... ;-)
ResponderEliminarComo é possível?
ResponderEliminarSerá certamente propiedade particular, mas nestes casos, o Estado, ou o Governo Regional, não deveria ter uma palavra?
Nao sabia que o nosso Primeiro Presidente da República Portuguesa era natural da Horta.
ResponderEliminarQuanto ao poeta Roberto Mesquita nunca ouvi falar dele.
Fiz uma hiperligacao deste post.
O Kundera, segundo um historiador, está inocente. Foi um outro estudante. É muito perigosa uma acusacao falsa. Fica sempre um amargo na boca.
ao josé augusto soares
ResponderEliminaraté à pouco tempo o proprietário era um particular, a igreja católica... como lhe chegou às mãos, não sei. Se tentou especulação imobiliária também não sei, mas que é culpada da situação em que deixou o imóvel, julgo que não preciso de expressar opinião.
Relativamente ao estado ou à região, palavras têm tido ao longo dos anos... acções e vontade é que não.
ematejoca
sim Manuel de Arriaga era faialense de uma das famílias históricas e nobres cá da ilha.
roberto de mesquita foi um poeta simbolista florentino séc XIX - XX, que "chorou" a prisão que lhe era a ilha e outros problemas, existe um livro de poemas editado "almas cativas", julgo que postumamente, mas em termos de literatura açoriana é um poeta incontornável.
Ora Viva a República!. Arriaga era ele também um poeta (mais poeta que político - especialmente na I República).
ResponderEliminarPoderia a imagem ilustrativa deste poema ser, entre outras,
esta
ao tarrasso
ResponderEliminarpoder, podia e não foram seleccionadas imagens do farol da minha terra pelo facto de eu ser sentimentalmente parte interessada na sua recuperação, de já ter escrito publicamente sobre a necessidade da sua recuperação e não gostaria de tornar este blog numa extensão das minhas intervenções públicas nos ocs. Ao nível do poema, julgo que a casa em questão se enquadra muito bem e tem um significado muito mais vasto em todo o país. Mas o homenageado do post é Roberto de Mesquita.
Meses, senão anos, tenho levado à espera do assento interior necessário à arrumação das minhas ideas, sôbre êste amigo póstumo, que nos próprios Açores ninguém conhece nem louva. Porque êle exprimiu em parte uma coisa que todo o ilhéu gostaria de dar antes da morte: a angústia e doçura de ser sòzinho no mar.
ResponderEliminarVitorino Nemésio à memória de Roberto Mesquita
Obrigada, por me dar a conhecer este poeta.
à ematejoca
ResponderEliminarnão tem que agradecer, é minha obrigação divulgar o que os açores têm de bom nas várias partes. na poesia, Roberto de Mesquita é uma dessas pérolas perdidas na gaveta da ignorância e do esquecimento que é obrigatório dar a conhecer.
Este é o poema às casas açorianas, em geral.
ResponderEliminarà ana rita
ResponderEliminartrês itens presidiram a este post:
- Divulgar o poeta açoriano e não muito conhecido;
- alertar para o problema de algum património importante por motivos históricos e em ruína;
- as cicatrizes que encontro na minha freguesia do sismo de 1998, que me torturam com memórias associadas a esses imóveis.
Este imóvel pertence à diocese de Angra!! Mas o Governo Regional pretende adquirir o imóvel e fazer dele a "CASA DE MANUEL DE ARRIAGA", declarações de 2005!! HEHE
ResponderEliminarSão os sismos, são os que emigraram e abandonaram as casas, são todas as outras causas, este é o retrato das nossas ilhas.
ResponderEliminarRoberto de Mesquita é um dos meus poetas, no outro blog, referêncio a sua obra "Almas Cativas".
ResponderEliminarQuanto ao Património edificado do Faial é necessário e urgente a Igreja e o Governo Regional, acabo de ser eleito, chegarem a um entendimento, senão...muito se perdeu e o resto desaparecerá.
belo poema. beijos, pedrita
ResponderEliminarao faialense
ResponderEliminarsem comentário...
à ana rita
este pode ser UM dos retratos das nossas ilhas, mas não único, também existem bons exemplos como a recuperação do palacete de santana no faial, mas os retratos que dissestes são reais.
à nanda
concordo plenamente
à pedrita
sim, gosto muito do poema e por isso o seleccionei
Ainda me lembro de quando estas ruínas não o eram e a diocese lhe dava bom uso. Foi aí que tive alguns dos meus últimos encontros de jovens antes de vir estudar para Lisboa. Mas entretanto muita chuva caiu e o sismo fez o resto.
ResponderEliminarSe não me falha a memória, o Governo já adquiriu as ditas ruínas e prometeu instalar aí uma casa-museu (ou qualquer coisa do género) em homenagem a Manuel de Arriaga. Mas do dizer ao fazer... vai uma distância maior do que a que me separa das ilhas...
Talvez por ocasião do centenário da primeira República, em 2010, se chegue lá. Afinal, a esperança é a última a morrer.
Quanto aos versos de Roberto Mesquita, não podiam ser mais bem escolhidos!
à lb
ResponderEliminardesde as memórias, até ao presente e os desejos para o futuro estamos totalmente de acordo. quanto ao poeta continuo a considerar um dos bons poetas destas ilhas.
geocrusoe sem comentário???
ResponderEliminarao faialense
ResponderEliminarcomentário para quê? a primeira parte é informativa e bem datada... o hehe julgo que não precisa ;-)
Este imóvel pertence à diocese de Angra, mas o Governo Regional pretende adquirir o imóvel e fazer dele a "CASA DE MANUEL DE ARRIAGA", declarações de 2005.
ResponderEliminarRealmente tem razão. :) Aqui fica então o meu novo comentário.