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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

DELTAS LÁVICOS COMO FAJÃS

Já referi aqui os dois principais modos de formação de fajãs: superfícies, relativamente aplanadas e pouco inclinadas, situadas na base dos escarpados de antigas linhas de costa.
Hoje as imagens pretendem exemplificar a origem das fajãs em resultado de escoadas de lava que caíram pela arriba costeira, à semelhança de cascatas que, se tiveram grande caudal, mesmo depois da queda, conseguem avançar pelo mar ao nível da costa: delta lávico.

Parede lateral de escoada lávica que desceu a arriba costeira até entrar no mar (Calheta de São Jorge).

Escoada lávica que após a queda pela arriba conseguiu avançar ligeiramente mar adentro, formando um pequeno delta lávico (Queimada, São Jorge).

Fajã formada pelo avanço da escoada de lava, delta lávico,  na base da antiga arriba costeira, agora arriba fóssil (Queimada).

Pequeno delta lávico, como fajã, na base de uma arriba costeira com grande desnível de altitude (Fajã da Ribeira da Areia, S. Jorge).

Uma bela fajã instalada  sobre um delta lávico (Fajã do Ouvidor, S. Jorge).

Nos Açores, devido às fajãs formadas de um delta lávico ainda serem juvenis, frequentemente, estas apresentam um recorte costeiro anguloso e irregular. Muitas vezes possuem uma "parede" de lava pouco espessa ou com disjunção colunar a entrar directamente na água, noutras casos observam-se estruturas de erosão marinha directamente sobre a lava como: grutas, arcos ou superfícies de abrasão. Raramente existem extensos e espessos depósitos de calhau rolado junto ao mar.

7 comentários:

  1. Poderá haver melhor exemplo do que este, fajãs em Saõ Jorge é o que não falta.
    Já agora, caro amigo, sabes se existe algum mapa com os trilhos antigos, de acesso a essas fajãs, digo isso porque o mencionaram no meu blog.

    Bom fim de semana.

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  2. ficam tão lindas nas fotos. estranho algo tão destrutivo qd acontece e depois formar essa paisagem belíssima. bejios, epdrita

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  3. ao lc
    uma amiga minha andou há uns anos atrás a trilhar todas as fajãs, julgo para que o grupo escrevesse um livro sobre estas e os seus caminhos, não sei se o projecto chegou ao fim, pois entretanto fiquei ocupado com a reconstrução do sismo de 1998. pelo que talvez seja o guia mencionado. este ano não falei sobre esse assunto com ela, embora nos tivéssemos visto e conversado sobre outros temas.

    à pedrita
    muitas das belas paisagens estão associadas a acontecimentos catastróficos mais ou menos rápidos: cadeias de montanhas, fajãs, cones vulcânicos como o pico e o monte fuji, a fertilidade das zonas vulcânicas e muitas das cataratas e grandes lagos associados.

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  4. obrigado pelas lindas paisagens e as informações partilhadas...

    Quanto ao teu comentário:

    Não, não nem sempre sorriu como uma criança inocente... como todos também sou moldado pela podre sociedade em alguns aspectos. Mas prezo por manter a minha mente livre de muita porcaria.

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  5. ao grifo
    não tens de agradecer, quanto à segunda parte, ainda bem, continua assim.

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  6. mais uma excelente incursão sobre a natureza dessas pérolas que são os Açores...

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  7. ao luís galego
    a incursão na natureza dos açores é um dos objectivos deste blog...

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