A 27 de Setembro de 1957 iniciava-se a erupção dos vulcão dos Capelinhos, através de manifestações de emanações submarinas mostradas neste post, a 27 de Setembro de 1958 a mesma erupção completava UM ANO DE ACTIVIDADE... e continuava activa.
O Cone do vulcão dos Capelinhos semelhante a um campo de fumarolas
Todavia depois de ter sido um vulcão submarino, do tipo surtsiano, com explosões hidromagmáticas muito intensas, devido à entrada do mar na chaminé vulcânica. Depois de neste tipo de actividade ter emitido grande quantidade de cinzas e blocos que criaram um grande cone vulcânico e soterrou numerosos edifícios no Capelo.
Depois da chaminé ter deixado de estar em contacto com o mar e a actividade se ter transformado de essencialmente surtsiana, para passar a ser, sobretudo, estromboliana, não sem antes ter ocorrido a crise sísmica que destruiu a quase totalidade da Praia do Norte.
Um hornito nos capelinhos, um local por onde saiu antes um repuxo de lava
Após as várias escoadas de lava, sobretudo no verão de 1958, o vulcão passou a ter um enorme edifício, mas já sem grandes explosões, embora, por vezes surgissem algumas escoadas de lava num local ou outro, com repuxos de lava nocturnos que pareciam fogo de artifício.
O interior da cratera, cheia de fumo das suas fumarolas
Um ano depois do início da erupção, os Capelinhos era, sobretudo, um grande cone com numerosas fumarolas e ia perdendo a sua força do passado...
[fotos publicadas em: Machado, F. e Forjaz, V. H. (1968) "Actividade Vulcânica do Faial - 1957-67" Ed. Com. Reg. Turismo Distrito da Horta]
mesmo com toda a destruição causado pelo vulcão não me importava de viver no Faial nessa época e assistir á erupção dos capelinhos. E tenho sorte de ter visto ainda grande parte do vulcão...
ResponderEliminarAcredito e compreendo-te pois gostas de geologia e talvez, em especial, de vulcanologia. Lembro-me quando, numa situação de risco mal calculado, vi o Etna intensificar a sua actividade estromboliana e eu junto à cratera. Foi assustador, mas gostaria de repetir a situação pela paixão à causa. Mas lembra-te que muitos em 1957, nem paixão, nem conhecimento científico tinham para enfrentar aquele monstro que os aterrorizava intensamente. São formas de ser e de ver diferentes da nossa.
ResponderEliminarHá poucos meses, assisti na Casa dos Açores, em Lisboa, a um debate em que participou a Profª Raquel Soeiro de Brito, que, à época, acompanhou o fenómeno.
ResponderEliminarFoi excelente.
Mesmo que seja mais agradável recordar do que viver a circunstância, a Profª falava desses tempos com um entusiasmo, que dir-se-ia ter gostado, como cientista, de ter tido oportunidade de a viver.
ao josé quintela soares
ResponderEliminarPois, eu compreendo o entusiasmo dela e quando se vive com paixão contagia-se a audiência e a Prof. Raquel Soeiro de Brito deve ter conseguido isso
Costumo dizer que os vulcões são "monstros" com uma rara beleza.
ResponderEliminarConsoante as suas fases, brindam-nos com espéctaculos maravilhosos de luz, cor,som e exibem momentos de autêntico malabarismo com a projecção dos mais diversos materiais.
Isso que dizes nanda, é uma grande verdade.
ResponderEliminarà nanda e ao grifo
ResponderEliminare como monstros que são, são capazes das maiores agressões aterrorizantes, mas sempre belo...
Não existiram mortes com o vulcão certo?
ResponderEliminarPois os mais belos monstros são os vulcões! Os seu rugidos são musica! os seu socos caricias e quando fica vermelho de raiva, é o mais belo dos fogos de artificio!
impressionante as fotos. beijos, pedrita
ResponderEliminarao grifo
ResponderEliminarfelizmente nos Capelinhos não houve mortos, mas houve muita dor e miséria... e há monstros vulcânicos responsáveis pela morte de milhares de pessoas e existem erupções potenciais capazes de acabar com o sistema socio-económico do planeta actualmente em vigor. Esperemos apenas que tal não aconteça enquanto a humanidade não estiver preparada para tal.
à pedrita
só que anteriores mesmo ao meu nascimento e por isso não sou o receptor dos elogios.
O senhor por acaso é da Família do piloto Pedro (quase a certeza do 1º nome) Faria?
ResponderEliminarNão, não tenho um único familiar faria em portugal, todos residem no canadá ou EUA.
ResponderEliminarSim, mas este senhor morava cá na altura do vulcão dos capelinhos e o seu nome é mencionado num livro sobre o vulcão, era o piloto João Faria (provavelmente de um bote ou lancha baleeira).
ResponderEliminartambém não é... mas não faz mal, o que importa é cada ser humano individualmente e dar o melhor pelos outros, além disso, numa terra como esta, mais cedo ou tarde nos cruzaremos, aqui na ribeirinha, aí em pedro miguel, na cidade ou no ambiente onde trabalho e haveremos de falar de geologia, provavelmente emprestar-te-ei livros, por vezes me inglês e quiçá não te ofereça um livro a 23 ou 24 do próximo mês, nessa altura saberás o porquê da data.
ResponderEliminarok... estou ansioso por saber, surgiu-me curiosidade, foi lido numa aula por um professor de ciências e associei os nomes...
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